01/05/1931 - Amistoso - Internacional 2 x 1 Cruzeiro

CRUZEIRO VERSUS INTERNACIONAL
Aproveitando o feriado nacional de de 1º de maio, os dirigentes do Cruzeiro e Internacional, acordara realizar uma partida amistosa nesse dia.
Fonte: A Federação (RS), 27/04/1931, ano 1931, n. 098, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/68955. Acesso em: 01 nov. 2024.

INTERNACIONAL X CRUZEIRO
Na próxima sexta-feira, feriado nacional, realizar-se-á um encontro amistoso entre as valorosas esquadras acima.
É a primeira vez no corrente ano que se realiza um encontro entre os teams desses dois clubes.
Nos meios desportivos reina interesse para o referido embate.
Fonte: A Federação (RS), 29/04/1931, ano 1931, n. 100, p. 5. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/68968. Acesso em: 01 nov. 2024.

INTERNACIONAL X CRUZEIRO
No Estádio dos Eucaliptos encontrar-se-ão, amanhã, pela primeira vez no corrente ano, em jogo amistoso, os fortes teams do Internacional e Cruzeiro.
Essa partida está despertando grande interesse e arrastará, certamente, ao local, uma grande assistência.
Fonte: A Federação (RS), 30/04/1931, ano 1931, n. 101, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/68977. Acesso em: 01 nov. 2024.

AMISTOSO - INTERNACIONAL 2 X 1 CRUZEIRO-RS
Data: 01/05/1931
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Henrique Maia Faillace
Gols: Mancuso 3’/2 (I); Gabriel ?’/2 (C); Mancuso 15’/2 (I).
INTERNACIONAL: Penha; Miro Vasquese Risada; Ryff, Felix Magno e Moreno; Nenê, Donaldo Ross, Mancuso, Honório e Marreco.
CRUZEIRO-RS: Chico; Cauduro e Espir; Fagundes, Nestor e Souza; Chato, Bojuga, Gabriel, Germano e Toco.
Obs.: jogo encerrado aos 15 minutos do segundo tempo, pois os jogadores do Cruzeiro abandonaram o gramado em protesto pela validação do segundo gol do Internacional.

O 2º GOL DO INTERNACIONAL DEU CAUSA PARA O TEAM DO CRUZEIRO ABANDONAR O CAMPO
Entre os dirigentes do S. C. Internacional:e S. C. Cruzeiro foi acordado a disputa de uma taça, em dois, jogos, ficando esse troféu em poder daquele que vencesse por duas vezes consecutivas.
A primelia dessas partidas foi fixada para 1º de maio e a segunda marcada para 14 de julho próximo, aniversário do Cruzeiro.
Infelizmente, o primeiro embate, realizado ontem, no Estádio dos Eucaliptos, teve um desfecho bastante desagrádavel, pois alguns jogadores do Cruzeiro, não se conformando com a validade do 2º gol do Internacional, abandonaram o campo, nos 15 minutos da segunda fase da partida.
Embora o capitão cruzeirista empregasse esforços para que aqueles voltassem ao gramado, nada conseguiu, pois os mesmos se mostravam irredutíveis.
Foi um ato pouco recomendável para um team de responsabilidade como o do Cruzeiro essa atitude.
A disciplina deve pairar acima de qualquer paixão pessoal.
O árbitro pode errar e isso é comum entre nós, porém, existem recursos legais que se podem invocar a fim de derimir questões surgidas no campo.
O que é preciso evitar de qualquer modo, é o nefasto costume dos teams abandonarem o campo, antes de findo um embate.
Os responsáveis por esses fatos devem saber que põem em jogo, com atitudes pouco refletidas, o bom nome de um clube, transgredindo comezinhas regras de disciplina e num menosprezo flagrante para o público que acorre nos nossos campos de desportos para assistir uma partida de foot-ball.
Agora, principalmente, que voltou a reinar a paz no mundo desportivo, as paixões devem se acalmar, a fim de se completar a obra há pouco iniciada.
Estamos certos que fatos como esses não se reproduzirão.
São os nossos votos e os de todos aquele que sentem a necessidade da elevação do foot-ball.
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Findo o embate dos teams secundários, do qual saiu vencedor a turma do Cruzeiro por 4 a 3, o público esperou meia hora, com uma paciência de Job, o início da partida principal. Afinal, começaram a aparecer alguns jogadores e, após, o juiz, o player uruguaio Henrique.
Ambas as esquadras se apresentaram desfalcadas. O Cruzeiro com a falta de Fagundes e Chico, jogando em seus lugares Jorge e Natálio, e o Internncional sem Javel, Ribeiro e Risada, entrando Mancuso, Alfredo e Álvaro.
No primeiro período, os colorados tiveram a primazia dos ataques, porém, não puderam tirar partido da situação, não só pelo esforço da defesa do Cruzeiro, como pelo mau remate dos seus dianteiros.
Os cruzeirislas, por vezes, puseram em cheque o gol contrário, em fortes escapadas. Bojuga era o condutor de todas elas.
A primeira fase terminou sem que nenhum dos contendores conseguisse abrir a contagem.
Aos 3 minutos do segundo tempo, Mancuso, escorando um centro da esquerda, marcou o primeiro ponto do Internacional.
Minutos depois, Gabriel, aproveitando uma confusão na porta do gol de Penha, empata a partida.
O empate se equilibra um pouco, havendo boas cargas de lado a lado.
Aos 5 minutos, o juiz marca um foul do Cruzeiro junto à area.
Magno cobra e a bola vai de encontro à trave superior. Mancuso atira de cabeça e a manda à rede do Cruzeiro.
O juiz consigna o ponto e os cruzeiristas protestam alegando off-side.
O árbitro mantém a sua decisão, e alguns jogadores abandonam o campo. Iniciam-se demarches para o prosseguimento da partida, mas nada se consegue, devido à atitude de alguns jogadores.
É nossa opinião que o gol nas condições em que foi feito, era legítimo. Se algum player estava fora de jogo, da posição em que nos encontrávamos, não nos foi dado observar.
Segundo alguns, Ross, na ocasião, se encontrava off-side.
O técnico argentino, sr. Gues, que assistia o embate, confirma a validade do ponto, achando-o conquistado dentro das regras.
Fonte: A Federação (RS), 02/05/1931, ano 1931, n. 102, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/68985. Acesso em: 01 nov. 2024.

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