Este emenda o passe, de que resulta mais um gol para os visitantes.
O jogo continuava com seus lances interessantes, dando ensejo a que se apreciassem os perigosos ataques de Castilla e Maisonave, magistralmente rebatidos por Silva.
Já se fazia noite e faltavam somente 15 minutos para terminar o match quando, enviada por Castilla, Maisonave fica senhor da bola.
Aproveita a ocasião, marcando o último gol do dia.
Momentos depois é batido um free-kick junto à area de pênalti do scratch, obrigando Magariños a uma brilhante defesa.
É atirada pelos locais uma corner infrutífera, foi a bola no centro do campo, ouvindo-se, então, o apito do referee dando por terminado o sensacional encontro com o score abaixo:
Muito bem andou o capitão uruguaio nas várias modificações por que fez passar o quadro sob seu comando.
Os visitantes atuaram anteontem, admiravelmente, mostrando que estavam eles no firme propósito e tirar a revanche, conseguida com brilhantismo.
Magariños, Artigas e Pereira de nada deixaram a desejar na defesa da fortaleza uruguaia.
Allen, que foi escalado para marcar o forward da extrema contrária, desempenhou-se cabalmente da missão de que o incumbiram atuando, também do mesmo modo, seu companheiro Lavalleja.
Bértola foi um excelente pivot da linha média, onde trabalhou com energia excessiva, pois, mais duma vez, foi punido com free-kicks por prender, ilegalmente, os contrários.
A ala esquerda formada por Altamirano e Maisonave contribuiu eficazmente para a vitória do scratch visitante, com suas preciosas combinações e centradas.
Castilla, a quem nos referimos, especialmente, por ocasião do encontro de domingo, é incontestavelmante a primeira figura do quadro da Federación Deportiva de Uruguay.
É perito na prática do dribling, burlando com maestria os adversários e pretendem obstar suas avançadas rápidas e perigosas.
Pereira I e Beheregaray secundaram-no criteriosamente; e foram os três que, com belas combinações, provocaram os prodígios de Silva.
Os uruguaios jogaram muito bem, mas, ainda assim, não os vimos agir com a necessária coesão que seria de esperar dum Scrateh representativo da Federación Deportiva del Uruguay.
As linhas de defesa e ataque operaram combinadamente, com muita coesão, empregando passes curtos e rasteiros, bem como aproveitando os inúmeros recursos de que seus players são conhecedores do jogo do association.
O team do Internacional andou, anteontem, de mão dada com a infelicidade.
Antes de qualquer apreciação, é justo salientar a impecável atuação de Silva, cujas extraordinárias defesas arrancaram, da multidão, longas e entusiásticas ovações.
O conhecido back Simão não atuou como o hemos apreciado noutras pugnas.
Esteve algumas vezes indeciso, devido talvez à sua responsabilidade de capitão e receoso de seu companheiro da esquerda, o qual, apesar de ser um elemento de 2º team, esforçou-se valorosamente.
Da linha média destacou-se Ribas, que apresantou seu jogo de sempre, firme e enérgico, interceptando, continuamente, os ataques dos adversarios.
O quinteto da vanguarda, marcados Vares e Túllio, não fez quase nada, exceptuando Ostwaldo, que por vezes pôs Magariños em apuros.
Mas não vimos a linha de forwards do Internacional fazer as belas combinações de que usa com tanto acerto, parecendo-nos que muito influiu para isso o visível abatimento em que se encontrava Bendionda.
E foi assim que os uruguaios, agindo quinta-feira com rara felicidade, conseguiram derrotar a equipe do Internacional, que pareceu haver esquecido os seus conhecimentos do association para enfrentar o scrateh representante da Federación Deporetiva del Uruguay.