Citação #04

O informativo A Fundação do dia 12 de abril de 1909 noticiou a fundação do Sport Club Internacional.

"FOOT-BALL 
Fundou-se mais uma sociedade de foot-ball. sob o nome de Sport Club Internacional, da qual foi aclamado presidente honorário o nosso amigo Graciliano Ortiz. 
A diretoria ficou assim composta:
João Leopoldo Sepevin, para presidente; Pantaleão Gonçalves de Oliveira, para vice presidente; Legenave das Chagas Pereira, para 1º secretário; Manoel Lopes da Costa, para 2º secretário; Antônio Coivo, para 1º thesoureiro; Waldemar Fachél, para 2º thesoureiro; José Poppe, para captain; Henrique Poppe Leão, para orador; João Luiz de Andrades Vasconcellos, Irineu dos Santos, Luiz Madeira Poppe Leão e Alcides P. Ortiz, para a comissão de campo. 
Um grupo de distinctos sportsmans acaba de fundar, nesta capital, mais um club, que cultivará esmeradamente o aprasível sport inglez - foot ball
A nova sociedade, que já conta com valiosos elementos, jogará, domingo próximo, o primeiro match-training
Mais tarde, será feita a inauguração official, sendo realisados, por esta occasião, grandes festejos".
Texto retirado do jornal A Federação, do dia 12 de abril de 1909, p. 4.

Roberto Carlos

ROBERTO CARLOS
(atacante)

Nome completo: Roberto Carlos Jorge
Data de nascimento: 7/5/1965
Local: Ibiraci (MG)

CARREIRA:
1982-1986 - Comercial-SP
1986 - Botafogo-RJ
1987 - Comercial-SP
1988 - América-SP
1988 - Catanduvense
1989 - América-SP
1989 - Internacional
1990 - América-SP
1990-1994 - Nacional-POR
1994-1996 - Gil Vicente-POR
1996-1997 - Coritiba
1997-1998 - Francana
1998 - Vila Nova
1999-2002 - América-SP
2003 - Francana

Roberto Carlos começou a carreira no Comercial, de Ribeirão Preto, depois de ser recusado no maior clube da cidade: o Botafogo. Se tornou profissional do em 1982 e defendeu o Comercial até 1986. No mesmo ano, foi emprestado ao Botafogo do Rio de Janeiro, mas o time carioca não teve uma boa campanha no Campeonato Brasileiro.

Retornou ao Comercial em 87 e se transferiu para o América-SP de São José do Rio Preto em 1988. Foi emprestado ao Catanduvense, onde foi vice-campeão da divisão de acesso, perdendo a final para o mítico time do Bragantino. Retornou ao América no ano seguinte e foi emprestado ao Internacional no segundo semestre de 1989.

No Inter, começou como titular jogando improvisado na ponta-direita, mas sua função era de goleador. Perdeu espaço com a saída do técnico Paulo César Carpegiani e com uma lesão no joelho. Tomou o caminho de volta ao América e, em seguida, foi se aventurar no futebol português.

De 1990 a 1996, Roberto Carlos atuou em Portugal. Foi para o Nacional da Ilha da Madeira a pedido do técnico Jair Picerni. Depois de quatro temporadas no Nacional, jogou mais duas no Gil Vicente. Retornou ao Brasil no segundo semestre de 96 para defender o Coritiba no Campeonato Brasileiro. Ficou no Couto Pereira até a metade de 97.

Em 97, ajudou a Francana a chegar às quartas-de-final da Série C do Brasileirão e se ofereceu para jogar no América-SP, mas não teve seu chamado aceito. Ironicamente, Roberto Carlos marcou cinco gols nos dois confrontos entre os clubes pela Série A2 de 1998. O América confiou no centroavante e o contratou em 99, ano em que foi protagonista do título da segunda divisão do Campeonato Paulista.

Jogou por mais três anos no América-SP e encerrou a carreira em 2003, defendendo a Francana.

Pós-jogo - Internacional 1 x 0 Sport (Campeonato Brasileiro 2016 - 1º turno)

Texto publicado por mim na página Fala Muito FC:

Não foi aquela vitória de encher os olhos, mas foi uma vitória para dar tranquilidade ao torcedor. O Internacional teve chances de golear o Sport, mas a inoperância do ataque impediu o time de arrasar os pernambucanos. E, como sempre, uma defesa sólida, compactada e bem protegida pelos volantes. Entretanto, do meio para frente, acaba saindo jogadas burocráticas, com raros lampejos dos atacantes Andrigo, Vitinho e Eduardo Sasha.
Andrigo teve participação fundamental no gol da vitória.
(Foto: Internacional/divulgação)
Os 3 pontos conquistados no Gigante da Beira-Rio passam diretamente pelo técnico Argel e pela alteração feita ainda no primeiro tempo, sacando o volante Anselmo e lançando o meia Gustavo Ferrareis, dando mobilidade maior ao time. O 1 a 0 foi um resultado justíssimo, pois o Sport pouco pôde fazer a não ser adiantar a sua marcação em alguns períodos do jogo, mas sem oferecer riscos à meta colorada. O Inter se aproveitou e, em grande jogada tramada pelo lado esquerdo, o lateral Renê mandou contra o próprio patrimônio após cruzamento de Artur.

Vamos à avaliação individual de cada jogador colorado:
Danilo Fernandes: o goleiro não teve trabalho algum durante todo o jogo.
William: mostrando cada vez mais potencial nas arrancadas, mas ainda precisa melhorar seu jogo defensivo e diminuir a afobação.
Paulão: justificando sua posição de capitão, foi muito bem nos desarmes. Porém, é um dos jogadores mais irregulares do time colorado.
Ernando: zagueiro frio, não deixou o ataque do Sport povoar pelo lado esquerdo. Continua invicto na temporada.
Artur: excelente apoiador e jogador racional. Fez o cruzamento perfeito para o gol do Internacional.
Fernando Bob: é o cão-de-guarda, típico camisa 5. Ao longo da temporada vem justificando sua contratação.
Fabinho: um dos jogadores que mais surpreende. Junto de William, tramou grandes jogadas pelo lado direito, mas peca na parte defensiva ocasionalmente.
Anselmo: foi bom na estreia, mas muito abaixo do esperado ontem. Saiu ainda no primeiro tempo.
Andrigo: co-autor do gol, ao dividir a bola com o lateral do Sport. Já deixou de ser revelação e virou incontestável. 
Eduardo Sasha: movimentou-se bastante e perdeu um gol incrível, com todo mérito ao zagueiro.
Vitinho: com velocidade, arrancada e dribles excelente, Vitinho precisa deixar de ser fominha. Mesmo assim, é um dos maiores valores do time no momento.
Gustavo Ferrareis: alteração pontual de Argel, entrou para abastecer o ataque. Deu certo. E ainda tem muito a oferecer.
Nilton: voltou bem ao time depois de longo tempo parado. Ao que tudo indica, está próximo de ir para o futebol japonês.
Aylon: pouco participativo enquanto esteve em campo. Merece mais oportunidades no time titular.

O próximo embate do Internacional será na mítica Vila Belmiro, onde o Internacional saiu vitorioso apenas uma vez em sua história. Foi em 2014, com dois gols de Aránguiz na vitória por 2 a 1.

CAMPEONATO BRASILEIRO 2016
1º TURNO
INTERNACIONAL 1 X 0 SPORT
Data: 26/5/2016
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Público: 28.751
Renda: R$ 891.140,00
Juiz: Igor Junio Benevuto, auxiliado por Eduardo Gonçalves da Cruz e Marconi Helbert Vieira.
Gol: Renê, contra 12'/2 (I).
INTERNACIONAL: Danilo Fernandes; William, Paulão, Ernando e Artur; Fernando Bob, Fabinho, Anselmo (Gustavo Ferrareis), Andrigo (Nílton) e Eduardo Sasha; Vitinho (Aylon). Técnico: Argel.
SPORT: Magrão; Samuel Xavier, Henríquez, Durval e Renê; Serginho (Luiz Antonio), Rithely, Gabriel Xavier, Éverton Felipe (Reinaldo Lenis) e Diego Souza; Vinícius Araújo (Túlio de Melo). Técnico: Oswaldo de Oliveira.

Pós-jogo - São Paulo 1 x 2 Internacional (Campeonato Brasileiro 2016 - 1º Turno)

Texto publicado por mim na página Fala Muito FC:

Vitória maiúscula. Difícil encontrar algum outro termo para definir a grandiosa vitória colorada ontem, no Morumbi. Ao melhor estilo Sobis (dadas as devidas proporções), Sasha liquidou o tricolor paulista e marcou os dois gols na vitória colorada por 2 a 1.
Vitinho e Eduardo Sasha festejam o gol da vitória
em São Paulo. Foto: Internacional (divulgação).
Danilo Fernandes mostrou a que veio. Fez defesas sensacionais quando exigido e justificou a sua contratação, com status de um dos melhores goleiros do Campeonato Brasileiro do ano passado.

Os laterais, principalmente William (que jogador!), mostraram segurança e bom apoio, tanto defensiva quanto ofensivamente. A zaga... Bom, é um terror. Principalmente em se tratando de Paulão. Muito efetivo no ataque, mas na defesa é um deus-nos-acuda. E uma curiosidade sobre Ernando: é o único jogador invicto na temporada. Na única derrota colorada no ano, o companheiro de Paulão era Jackson.

O trio de volantes mostrou desentrosamento com a entrada de Anselmo. Fernando Bob quase entregou o ouro no primeiro tempo. Fabinho é excelente no suporte defensivo, mas retém demais a bola. Anselmo foi discreto, mas nada mal pra uma estreia.

Em compensação, o trio de ataque, com Andrigo e Vitinho nas pontas e Eduardo Sasha centralizado tem sido um dos maiores acertos de Argel. A prova foi a jogada do primeiro gol, no contra-ataque fulminante, desestabilizando a defesa são-paulina.

O gol de empate veio em um dos maiores dramas colorados nos últimos tempos: a bola aérea. Em cobrança de falta, Lugano sobe mais que a defesa e deixa Danilo Fernandes sem reação.

A vitória foi construída após a expulsão injusta de Alex, que teve as travas de Paulo Henrique Ganso cravadas em seu peito, reclamou e foi mandado pro chuveiro mais cedo. William arrancou do meio de campo pelo lado esquerdo e deixou Bruno para trás. Chegou na linha de fundo, tirou o zagueiro da jogada e encontrou Sasha livre. O carrasco não perdoou e mandou pro fundo da rede do goleiro Dênis.

Final de jogo: São Paulo 1 x 2 Internacional. O Inter encerrou o jejum de dois anos sem vencer o São Paulo e, de quebra, elevou a auto-estima do torcedor. E vale salientar a atuação de Nílton, que ficou longo tempo parado e vai dar uma "boa" dor de cabeça para Argel escalar o time nos próximos jogos.

CAMPEONATO BRASILEIRO 2016
1º TURNO
SÃO PAULO 1 X 2 INTERNACIONAL
Data: 22/5/2016
Local: Morumbi - São Paulo (SP)
Juiz: Pericles Bassols Pegado Cortez, auxiliado por Emerson Augusto de Carvalho e Guilherme Dias Camilo.
Cartões: Lugano, Hudson, Wesley, Calleri (S); Ernando, Artur, Anselmo, Fernando Bob, Alex e Eduardo Sasha (I).
Expulsão: Alex (I).
Gols: Eduardo Sasha 36'/1 (I); Lugano 41'/2 (S); Eduardo Sasha 43'/2 (I).
SÃO PAULO: Dênis; Bruno, Maicon, Lugano e Matheus Reis; Hudson, Wesley (Rogério), Paulo Henrique Ganso, Kelvin (Lucas Fernandes) e Centurión (Alan Kardec); Calleri. Técnico: Edgardo Bauza.
INTERNACIONAL: Danilo Fernandes; William, Paulão, Ernando e Artur; Fernando Bob, Anselmo (Nílton) e Fabinho; Andrigo (Alex), Eduardo Sasha e Vitinho (Bruno Baio). Técnico: Argel Fucks.

Internacional 1 x 1 Cruzeiro (Campeonato Brasileiro 2000)

Hoje é aniversário do grande Oséas, o bom baiano. E nós não poderíamos recordar sua passagem pelo Beira-Rio. Não... Não estamos falando do ano de 2004, mas um duelo em que ele vestiu azul e marcou pelo Internacional. Ta confuso? Relaxa, vamos te explicar.

Nas quartas-de-final da Copa João Havelange, o Internacional enfrentaria o Cruzeiro, campeão da Copa do Brasil daquele ano e dono de um timaço, com Clebão, Sorín, Ricardinho, Jackson Coelho e Oséas. E o "bom baiano", como era conhecido o centrovante cruzeirense foi protagonista desse encontro.

Não se sabe se foi pelo faro de gol, afobação ou trapalhada (confiamos que foram as três coisas) que fizeram Oséas abrir o placar... Só que para o Internacional. Aos 28 minutos do primeiro tempo, Dênis lança na área cruzeirense e Oséas sobe mais do que todo mundo e marca contra a própria meta. Internacional 1 a 0. Três minutos mais tarde, o mesmo Oséas ajudou o Cruzeiro a se recuperar do prejuízo e lançou um chute forte, no canto do goleiro Hiran.

Já que o duelo de volta fez a coloradagem chorar, vale a pena rir dessa lambança de Oséas no jogo de ida. Vamos conferir: