INTERNACIONAL
O Inter de 1995 não é nenhuma máquina como o rolo compressor de Falcão & Cia. dos anos 70. Mas o torcedor pode esperar bem mais do que garra de um ataque formado por Caíco, Leandro e Mazinho Loyola.
Baixinho, habilidoso, temperamental e abusado, ele nem pensa em ajudar a defesa. Em compensação, é capaz de pegar uma bola no meio-campo, enfileirar a zaga adversária e fazer o golaço. Romário? Não, o personagem em questão atende pelo nome de Caíco e é a maior esperança do Internacional para este Campeonato Brasileiro. Assim como o craque do Flamengo, Caíco joga no time da polêmica. Costuma ser alvo de críticas por não ajudar o meio-campo e exagerar no individualismo. Técnicos já tentaram injetar solidariedade no seu futebol, mas ele não abre mão do estilo moleque. Sabe também que, nesta equipe do Inter, há espaço para o talento. Afinal Caíco jogará no ataque ao lado do ciscador Mazinho Loyola e do habilidoso centroavante Leandro. O problema colorado parece ser do meio para trás, onde os únicos destaques são o goleiro argentino Goycochea e o zagueiro Argel. “O Inter vai surpreender muita gente e este Campeonato será o meu grande momento”, aposta Caíco.
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MEXE-MEXE
Em time que está perdendo se mexe o tempo todo. Esta é a máxima que tem norteado a cartolagem colorada. Desde 1993, o Internacional montou cinco times diferentes. Disputou oito campeonatos, conquistando apenas o título gaúcho de 1994. Da formação de 1993, restou apenas um para o Brasileiro: o volante Élson.
Fonte: GUIA do Campeonato Brasileiro 1995. Revista Placar, n. 11068, ago. 1995, p. 52-53.
CAMPEONATO BRASILEIRO 1995 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 2 X 2 CRICIÚMA
Data: 27/08/1995
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Público: 14.362 (9.659 pagantes).
Renda: R$ 68.436,00
Juiz: Getúlio Barbosa Souza Júnior, auxiliado por Marcos Augusto dos Santos e Luiz Antônio Pereira da Silva.
Cartões: Jonílson, Élson, Leandro Machado (I) Nei, Luiz Carlos Oliveira e Giovane (C).
Gols: Paulo da Pinta 23’/1 (C); Válber 20’/2 (I); Válber 38’/2 (I); Wilson 45’/2 (C).
INTERNACIONAL: Goycochea; César Prates, Argel, Jonílson e Vinícius; Élson, Marcelo Rosa (Wagner Aquino) e Nando (Caíco); Mazinho Loyola (Zé Alcino), Leandro Machado e Válber. Técnico: Abel Braga.
CRICIÚMA: Sadi; Gílson, Wilson, Alexandre Lopes e Fábio Santos; Bolé, Paulo da Pinta, Luiz Carlos Oliveira e Nei (Giovane); Wanderley (Sílvio Criciúma) e Eliel (Rudinei). Técnico: Luiz Gonzaga Miglioli.
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Caíco fora o destaque do Internacional no Guia do Campeonato Brasileiro 1995. Fonte: Placar (SP) |
Canal: Edu Cesar