INTERNACIONAL X PALESTRA ITÁLIA
O jogo de hoje no estádio palestrino — Preliminar — Os quadros
Realizar-se-á hoje, ou melhor, deverá estar sendo realizado, no campo do Palestra Itália o encontro pebolístico entre as equipes do Internacional de Porto Alegre, vencedora do Combinado Athletico-Palestra-Britânia, e o atual vanguardeiro da tabela, do nosso campeonato: O Palestra Itália.
Em conversa com o embaixador gaúcho, conseguimos saber que a representação gaúcha entrará em campo com a seguinte constituição.
Penha, será o arqueiro.
Luiz e Risada backs. Este último que atuou contra o Combinado no centro médio, entregará a Mabília a sua posição, e retornará ao seu antigo posto.
Alfredo, que no primeiro encontro não pôde tomar parte em virtude de achar-se contundido, volverá ao gramado.
A linha dianteira será a mesma que atuou contra o combinado, isto é será a seguinte:
Javel — Venenoso — Tupan — Marroni e Marreco.
O Palestra, está treinado e seus elementos estão cheios de fé na vitória.
Sua defesa está atuando bem. Mansur, Anjolilo são os seus inegáveis esteios.
Com a inclusão de Vani, que foi um presente de Natal ao Palestra, a sua vanguarda modificará muito.
Farão a preliminar os clubes Athletico e Ferroviario.
Deverá tambem ser esta uma interessante partida pois existem nos dois quadros combatentes elementos de valor.
Fonte: Correio do Paraná (PR), 22/12/1932, ano 1932, n. 181, p. 5. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/171395/1250. Acesso em: 11 dez. 2024
O IMPORTANTE PRÉLIO FUTEBOLÍSTICO INTERESTADUAL DE HOJE
Disputando sua segunda partida nesta capital, o Internacional de Porto Alegre enfrentará o Palestra Itália — Os quadros — Os juízes — [...] — Outras notas
Hoje, à tarde, no magnífico estádio palestrino, será realizada a segunda exibição dos valorosos futebolistas gaúchos pertencentes ao S. C. Internacional de P. Alegre.
Desta vez os “colorados” gaúchos terão pela frente não um combinado — heterogêneo, mas um “onze” onde todas as suas linhas, quer defensivas ou atacantes, se entendem regularmente.
E de se crer, também, que o quadro visitante, mais descansado e melhor aclimatado, ofereça uma exibição superior em técnica a que nos proporcionou em seu “debut” em nossa metrópole.
No prélio de hoje o quadro “internacionalista”, apresentará algo modificado.
Atuará de centro médio o excelente futebolista Mabilia que actuou de médio direito, indo para seu logar Alfredo, que é o efetivo da posição, passando Risada para o seu verdadeiro
lugar que é a zaga ao lado de Miro.
Assim organizada sua defesa, os “internacionalistas" esperam
uma perfeita homogeneidade defensiva.
O ataque, ao que parece, sofrerá pequena alteração, indo para o centro, provavelmente, o consagrado astro Luiz Luz, que tanto joga de zagueiro como de centroavante!
Quanto ao “onze” palestrino, conta o mesmo com uma defesa bastante forte e homogênea, onde todos os seus componentes são elementos de destacado valor.
Mansur, Anjolilo, Andretta, Emílio, Dulla e Athayde formam uma verdadeira muralha.
Entretanto, o ataque não está na mesma plana, nem sequer se aproxima da eficiência da defesa.
Na linha dianteira só existe um homem: Waldomiro.
Vani, que regressou de São Paulo, segundo estamos informados, não integrará a ofensiva palestrina.
Enfim, o futebol é um esporte onde a lógica, na maioria das vezes, falha.
Pode ser que os atacantes se entendam as mil maravilhas e a defesa se atrapalhe toda.
**
Os quadros que se defrontarão hoje, entrarão em campo, provavelmente com as seguintes organizações:
INTERNACIONAL — Penha, Miro, Risada, Alfredo, Mabília, Garnizé, Javel, Venenoso, Luiz Luz ou Tupan, Marroni e Marreco.
PALESTRA — Mansur, Anjolino, Andretta, Emilio, Dulla, Athayde, Waldomiro, Cortese, Guarino, Wilson e Canhoto,
**
Os futebolistas gaúchos realizaram, anteontem, pela manhã, um excelente exercício.
Todos os elementos estão dispostos e esperam realizar hoje uma melhor exibição do futebol que se pratica na terra do Minuano.
Fonte: O Dia (PR), 22/12/1932, ano 1932, n. 2743, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/092932/23508. Acesso em: 09 dez. 2024.
AMISTOSO - PALESTRA ITÁLIA-PR 1 X 6 INTERNACIONAL
Data: 22/12/1932
Local: Palestra Itália - Curitiba (PR)
Juiz: Ary Lima
Gols: Dante Marroni?'/1 (I); Venenoso 28'/1 (I); Javel 2'/2 (I); Tupan ?'/2 (I); Marreco 18'/2 (I); Risada, contra 21'/2 (P); Marreco ?'/2 (I).
PALESTRA ITÁLIA-PR: Mansur; Anjolillo e Tatu; Andretta, Emílio e Athayde; Waldemiro, Corteze, Dula, Canhoto (Mathias) e Wilson.
INTERNACIONAL: Penha; Miro Vasques e Luiz Luz; Alfredo (Mabília), Risada e Garnizé; Javel, Venenoso, Tupan (Mancuso), Dante Marroni e Marreco. Técnico: Jean Ryff.
O GRANDE EMBATE FUTEBOLÍSTICO INTERESTADUAL DE ONTEM
O S. C. Internacional , de P. Alegre, derrotou o Palestra Itália, local, pela elevada contagem de 6 x 1 — Atuação dos contendores — O juiz — A preliminar — Outras notas
Realizou-se, ontem, à tarde, no esplêndido estádio palestrino, consoante vinha sendo aguardado, o importante prélio futebolístico entre o S. C. Internacional, de Porto Alegre, e o quadro representativo do Palestra Itália, Iocal.
O embate, em apreço, teve um desfecho lógico e insofismável. Venceu o conjunto que melhor se conduziu e fez já a vitória.
Nos primeiros instantes, os nossos torcedores, diante da atuação algo elogiável da turma palestrina, tiveram esperanças de um resultado honroso para as cores do clube de Anjolino.
Entretanto, essas esperanças, desde logo, desapareceram, pois o “onze” visitante, confirmando plenamente as nossas apreciações anteriores, iniciou uma atuação coordenada e desnorteante, obtendo acentuada superioridade nas ações colectivas.
Veio o primeiro ponto e após o segundo e daí para a frente os “colorados” passaram a comandar a peleja, embora esta, às vezes, parecesse equilibrada.
Os palestrinos desorientaram-se e nada mais fizeram do que atuar, desordenadamente, na ânsia de evitar que a contagem aumentasse, o que em parte conseguiram!
Em consequência dessa diversidade de atuar, a pugna de ontem não oferece margem a uma torcida eletrizante e sensacional.
De um lado, um quadro perfeitamente senhor da situação, e do outro um conjunto valente, porém, pobre de recursos que o colocassem na mesma plana do adversário.
Realmente, os “palestrinos”, se possuíssem uma vanguarda como aquella que possuíam até bem pouco tempo, com Gabardinho, Vani, Patesco, ou mesmo se tivesse solicitado o concurso de alguns dos mais destacados dianteiros de nossa capital, fato que em nada diminuiria no conceito de nossos esportistas, talvez lograssem um fim mais condizente com o justo renome do nosso futebol e mais dignificante para as gloriosas tradições do valoroso campeão de 1924-1926.
Assim como fizeram, exibindo frente a um clube fortíssimo como é o vice-campeão dos pampas, uma linha de ataque medíocre e desarticulada, não nos pareceu deliberação ditada pela boa política.
O egoísmo impatriótico do grêmio da Praça Zacarias sofreu, na tarde fria de ontem, um duro castigo do qual todos os esportistas paranaenses guardarão indelével lembrança.
Enfim, não divaguemos, fugindo ao assunto principal deste introito.
A partida disputada pelos alviverdes locais e alvirrubros da metropole gaúcha caracterizou-se pela incontestável superioridade dos últimos, como bem atesta o resultado verificado.
Seis a um diz melhor do que qualquer comentário. Acresce, ainda, uma circunstância: o único ponto dos “periquitos” não foi obra de jogada consciente e calculada, mas produto de uma infelicidade de Risada, que — ao rebater o couro — aninhou-o em suas próprias redes.
As oportunidades que se lhes ofereceram, principalmente no início e no final do jogo, os palestrinos não as aproveitaram em vista da imperícia de seus avantes.
***
A atuação do quadro local, embora valente e heroica, foi péssima, principalmente no ataque onde nenhum homem, nem mesmo Waldomiro, logrou se destacar.
Aliás, o fracasso do magnífico ponta direita é justificado pela ineficiência de seu companheiro de ala que foi o pior de todos.
Sem uma linha de frente que controlasse a bola e realizasse avançadas homogêneas e seguras, a defesa que, a princípio, se mostrou intransponível, foi cedendo terreno até baquear por seis vezes.
Seus melhores homens foram Tatú, Anjolino e Dulla, principalmente os dois primeiros.
Emílio, enquanto esteve em luta, ocupando o posto de centro médio, foi o melhor elemento do bando local. Não atinamos com o motivo de sua substituição!
Foi um erro de palmatória a sua retirada da cancha, tanto mais que não estava “pregueado” nem fracassando.
Da atuação do quadro gaúcho, bem pouco temos a acrescentar sobre o que dissemos em nossa apreciação anterior.
Confirmou, em toda linha, a fama de que velo precedido.
É o melhor clube do futebol que tem pisado nossa terra.
Possui uma linha dianteira que se entendem às mil maravilhas e onde Marroni, apesar de ser meia esquerda, é o verdadeiro “condottieri”, pois ele é quem organiza as avançadas e obriga com seus passes precisos e curtos, seus companheiros a um constante trabalho. Interessante é o menos entusiasmado dos cinco e, no entanto, o mais produtivo.
Tupan também é um elemento de valor. Ainda não nos mostrou toda a sua mestria, isso devido estar machucado é vir atuando com muita precaução.
Venenoso, Javel e Marreco, completam o perigoso quinteto, cada um mais esforçado e eficiente.
Na linha média, embora figure no centro o consagrado zagueiro Risada, é excelente e tem nítida compreensão de seus deveres, pois sabe fazer ligação entre a retaguarda e a vanguarda, evitando os chutes a esmo.
O trio final, constituído por Penha, Miro e Luiz Luz, é formidável. Os dois zagueiros são esplêndidos. Colocação ótima, entradas oportunas e rebatidas firmes, ao par de uma técnica admirável, são os seus principais característicos.
***
Agradou sobremaneira a todos que compareceram ontem ao estádio palestrino o proceder disciplinado e cavalheiresco dos contendores em campo.
Nenhum deslize, nenhum gesto censurável.
Como nos é grato registrar o fato.
A própria torcida que, nestes últimos tempos, se tem mostrado, mercê de alguns indivíduos sem critério, hostil a todas as embaixadas que aqui temos recebido, portou-se com educação e comedimento em suas manifestações.
Oxalá possamos registar a mesma atitude no próximo embate.
***
Antes de ser iniciado o prélio. O Palestra Itália, num gesto muito gentil e simpático, ofereceu à embaixada do S. C. Internacional, no centro do campo, um lindo cartão em prata com inscrições.
Falou nessa ocasião um dos paredros palestrinos, tendo o chefe da embaixada visitante agradecido.
***
Dirigiu o embate de ontem, especialmente convidado pela embaixada visitante, o sr. Ary Lima, juiz oficial da máxima entidade e pertencente ao Clube Athletico Paranaense.
Sua atuação, embora com pequenos descuidos, foi criteriosa e imparcial.
S.S. teve o prazer de ver respeitadas todas as suas decisões.
A PRINCIPAL
Reunidos no centro do Gramado, os dois quadros trocam gentilezas e a seguir se alinham para a peleja.
A's 17,80 Tupan dá início ao prélio, movimentando o couro que se perde pela linha lateral.
Risada estica o couro e Anjolino rebate, de modo que Tupan se apodera e arremata para Mansur praticar sua primeira catada.
Miro defende. Athayde proporciona magnífica oportunidade a Corteze para abrir a contagem, mas este não aproveita. Venenoso atira alto e a seguir registra-se falta de Athayde, sem consequências.
Dula estende a Wilson que perde para Alfredo.
O mesmo Dula, recebendo bom passe de Anjolino, atira, passando de lado. Emílio põe na área e Luiz evita Canhoto quando este preparava o arremate. Anjolino
falha duas vezes mas Tatu acorre.
Waldemiro e Corteze trocam passes e Luiz evita com boa tirada. Risada passa a Javel, que adianta o couro, sendo devolvido por Anjolino. Insistem os atacantes gaúchos, mas a defesa local afasta o perigo.
Emílio está jogando proveitosamente. Andretta arrebata a bola de Garnizé. Toque de Risada, cobrado por Dula, é bem encaixado por Penha. Nova carga dos palestrinos. Dula atira perigosamente. Penha defende, deixando escapar para Canhoto emendar, passando pela linha de fundo. Wilson desperdiça bela oportunidade.
Ótima combinação dos internacionalistas morre nos pés de Anjolino. O Palestra carrega pela direita e Luiz despeja. Garnizé evita bem a Corteze e serve Marroni, que perde para Emílio. Athayde chuta e Penha cata. Corteze manda fora. Wilson perde boa bola que lhe foi endereçada por Emílio.
Falta de Venenoso em Athayde. Miro defende com firmeza. Tupan e Marroni vão até a área palestrina, onde Emílio age com presteza. Marreco estende a Tupan. Este chuta, passando a um palmo. Waldemiro coloca na área. Miro fura, mas Luiz está atento e afasta.
Há toque contra os visitantes. Dula cobra com extrema violência passando por cima da baliza. Tatu pratica magnífica defesa de cabeça quando o cerco ao arco de Mansur se tornava ameaçador. Tupan chuta e Tatu cabeceia. Agora é Andretta que faz o mesmo em consequência a tiro de Risada.
Emílio envia a Dula que estende a Canhoto. Este “bica” violento e Penha defende.
Escalada dos gaúchos. Tatu escanteia para Javel cobrar e Risada manda forte. Mansur des
via a novo canto que desta vez não produz resultado. Waldemiro centra e Emílio impulsiona o couro. Wilson atira demasiado alto. Marroni escapa e passa para Tatu devolver.
Javel centra. Marreco entra junto a Anjolino atrapalhando-o e dá ensejo a Marreco apoderar-se da pelota e após uma finta, consignar o PRIMEIRO PONTO DA TARDE.
Os gaúchos “costuram” muito bem e Venenoso, impedido, prejudica o ataque.
Mansur, em momento de grave perigo consegue defender seu posto. Nova investida dos gaúchos e às 17,58 Venenoso assinala o SEGUNDO PONTO DOS SEUS.
Bola ao centro. Dula avança e de fora da área alveja fortemente mas o couro viaja alto. Novo arremesso de Dula com o mesmo destino.
Os visitantes combinam desde a defesa. Tupan arremata e Mansur defende. Penha pega uma bola de longe.
Garnizé dá a Marroni, para Emílio desfazer com oportuna entrada. Corteze retrocede e nada faz.
Luiz escanteia. Waldemiro bate o tiro de quina, que é defendido pelo mesmo Luiz. Emílio, que vinha agindo bem, deixa o gramado, passando Dula para o centro da linha média. Ary vai para centroavante.
Wilson bate um tiro de canto que não dá resultado. Ary serve a Corteze, que arremata para Penha defender facilmente.
Javel leva a efeito fulminante escapada e se desfaz do couro em favor de Venenoso, que arremata fora. Canhoto manda ao arco e Penha encaixa.
Venenoso, ao tentar chutar, comente toque, não produzindo resultado ao ser cobrada a falta.
Wilson e Canhoto fazem boa combinação e este finaliza para Penha praticar boa pegada. Alfredo faz matemático passe a Marreco, não sendo aproveitado.
Marreco bate falta de Anjolino para Andretta defender de cabeça. Luiz faz falta em Ary fora da área. Dula bate contra parede, nada conseguindo.
Athayde conduz a pelota e atira para Penha defender. São levados a efeito diversos ataques mal arrematados pelos dois bandos.
Garnizé evita avançada de Ary. Marreco atira fracamente para Mansur pegar. Wilson avança resoluto mas a zaga visitante não lhe permite finalizar o lance. O bom jogo de cabeça da defensiva internacionalista anula todas as tentativas dos atacantes palestrinos.
A primeira fase da luta termina com a contagem de 2x0 favorável aos gaúchos.
Iniciado o segundo tempo, Athayde faz falta, Miro cobra e Javel coloca-se em impedimento.
Marreco avança, vence um adversário e chuta. A bola atravessa a arca e Javel não tem a menor dificuldade de aninhar, CONSIGNANDO O TERCEIRO PONTO, ao segundo minuto de jogo.
Não haviam cessado os aplausos quando Javel cobra um tiro de canto. Tupan, com fulminante cabeçada, envia a pelota no canto oposto deixando Mansur sem a menor chance. Estava assinalado o QUARTO TENTO.
Falta de Alfredo em Canhoto. Canhoto dá em boas condições a Wilson, que não aproveita. Waldemiro centra e Dula emenda alto. Marreco quase! faz ponto, mas Tatu intervém a tempo.
O Palestra tem um bom período de ataque mas encontra pela frente uma defesa difícil de transpor.
Descem os gaúchos e Marroni atira por cima da trave.
O Palestra ataca infrutiferamente, pois Luiz e Miro, secundados por Risada não lhe dão oportunidade.
Risada defende um tiro de canto batido por Waldemiro. Canhoto faz falta. Dula avança desde o centro do campo e atira, mas a esfera passa alto. Canhoto deixa o gramado, entrando Mathias para a ponta esquerda e Wilson se desloca para a meia.
Andretta tira de Venenoso as portas do arco. Uma série de passes curtos e Tupan arremata, para Anjolino rebater. Tatu vem trabalhando com destaque, especialmente nas bolas de cabeça.
Mathias manda tiro fraco que Penha encaixa. As escaladas dos gaúchos são rápidas e desconcertantes. Canto de Anjolino batido por Javel, o mesmo zagueiro local afasta de cabeça. O perigo não passa, porém, Mansur é chamado a intervir. Tupan calça Dula. Não há nada.
Anjolino e Andretta são envolvidos pela combinação de Marroni e Venenoso. A bola vai ter a Marreco que, incontinente, aninha PELA QUINTA VEZ, às 18,46.
Andretta cobra falta de Garnizé. A bola vai a Dula que estende para a direita, Waldemiro que centra a Mathias. Este arremata e Risada, tentando desviar a trajetória da pelota, faz com que a mesma vá ao fundo das suas próprias redes. Assim foi conquistado o PRIMEIRO E ÚNICO TENTO dos locais às 18,49.
Carregam os palestrinos pela esquerda e Wilson machuca Alfredo, que deixa a cancha, entrando para seu lugar Mabilia. Os palestrinos insistem nos ataques e Luiz se emprega ativamente, Risada defende.
Javel recebe de Mabília e desce veloz, atirando ao lado. A combinação dos médios visitantes com o quinteto, desnortea a defensiva palestrina.
Corteze perde uma bola esplendidamente passada por Waldemiro. Mathias cobra canto de Mabilia e Penha, num belo salto, segura. Tupan é substituído por Mancuso.
Marroni atira fora. Faltam 10 minutos para terminar a luta que vai decaindo. Mathias dá violento tiro que o guardião “colorado” defende difficilmente.
O quadro do Palestra está todo na frente. Marreco coloca-se quase na linha do centro, em seu campo e a bola lhe é enviada da defesa. O ponta esquerda desce célere, e com indefensável arremesso VENCE PELA SEXTA VEZ a perícia de Mansur.
Os jogadores visitantes atacam à vontade. Anjolino toca involuntariamente na área mas o juiz não assinala, muito justamente. Bonito tiro de Waldemiro passa rente a trave. Ary arremata e vai fora.
Ary engana Risada, mas não consegue finalizar com presteza. Descem os gaúchos e a trave devolve. Risada cobra falta de Athayde e Mansur encaixa. Enfim, Corteze faz ótimo passe que não é aproveitado por Wilson.
Faltam dois minutos. Ary corta para Mathias que centra, Luiz amortece e dá a Penha para devolver.
O guardião gaúcho faz mais uma defesa e termina o grande prélio com a merecida vitória dos visitantes pela contagem de 6x1.
Os quadros
Ao pisarem o gramado, os dois bandos tinham a organização abaixo, passando a seguir pelas modificações acima anotadas:
INTERNACIONAL — Penha, Miro e Luiz; Alfredo, Risada e Garnizé; Javel, Venenoso, Tupan, Marroni e Marreco.
PALESTRA — Mansur, Anjolino e Tatu; Andreta, Emilio e Athayde; Waldemiro, Corteze, Dula, Canhoto e Wilson.
A PRELIMINAR
Como prova preliminar, jogaram os quadros secundários do Palestra Itália e do Clube Athletico Paranaense, que tiveram a seu cargo a missão de entreter a assistência enquanto esta esperava o embate interestadual.
Venceu o conjunto que demonstrou durante os 90 minutos de jogo estar mais treinado.
Quando findou a partida, o marcador acusava a contagem seguinte:
Palestra 8x2.
Fonte: O Dia (PR), 23/12/1932, ano 1932, n. 2744, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/092932/23516. Acesso em: 11 dez. 2024.
NOVOS LOUROS SÃO CONQUISTADOS EM NOSSA CAPITAL PELO QUADRO GAÚCHO
O INTERNACIONAL ABATE POR ELEVADO SCORE O PALESTRA ITÁLIA, ATUAL LÍDER DA TABELA CURITIBANA
Apresentando uma técnica mais apreciável que no primeiro jogo, os gaúchos não encontraram obstáculos que lhes impedissem de mais uma vez ver vencedora a sua camisa sanguínea.
Deste jogo, nada poderia esperar o Palestra, pois iria enfrentar um quadro possantíssimo e possuidor de elementos ótimos, como o Internacional.
Uma pequena apreciação, passamos a fazer, sobre os vencedores:
PENHA — Nas poucas vezes que foi chamado a intervir, saiu-se bem.
MIRO — Esteve bom. Muito oportuno, forma com Luiz uma barreira pouco transponível.
LUIZ — Esteve mais firme que no primeiro jogo. O seu jogo nos agradou muito.
ALFREDO — Jogou bem.
RISADA — É um center-half de valor, seu jogo também foi melhor que o feito contra o Combinado. Foi o autor do único ponto palestrino.
GARNIZÉ — Fez o que podia fazer, segurou bem a ala direita palestrina que pouco fez.
JAVEL — VENENOSO — TUPAN — MARRONI E MARRECO, é a constituição da linha dianteira do Internacional, desta não podemos destacar nenhum, pois todos jogaram bem, cooperando para a vitória de seu clube.
OS GOLS
Tupan, recebendo centro de Javel, passa incontinente a Marroni que, sem perda de tempo, manda a pelota às redes de Mansur.
Venenoso, recebendo passe de Marreco, com fraco shoot, consegue burlar a vigilância de Mansur. Marreco escapa e centra, Javel entrando consigna o 3º ponto a favor de seu clube.
Athayde comete corner. Javel bate e Tupan, de cabeça, marca, no canto esquerdo, o 4º gol do Internacional.
Marreco, em combinação, vai até frente ao gol palestrino. Marreco, arrematando, assinala o 5º gol gaúcho.
Mathias dá forte shoot a gol. Risada, tentando desviar, aninha com o joelho a bola nas redes guarnecidas por Penha.
Marreco, recebendo passe de Marroni, escapa e, com forte, tiro conquista o 6º e último gol da tarde.
INTERNACIONAL:
Penha; Luiz — Miro; Alfredo (Mabília) Risada; Garnizé; Javel, Venenoso, Tupan, Marroni e Marreco.
PALESTRA:
Mansur; Anjolilo — Tatu; Andreta, Emílio, Athayde; Waldomiro, Corteze, Dulla, Canhoto e Wilson.
Sorteado o “toss”, este é favorável ao Palestra.
Às 5,30 a bola é movimentada por Tupan. Anjolilo é chamado a intervir. Ataca o Internacional. Venenoso shoota fraco, para Mansur defender. Ataca o Palestra. Athayde centra e Corteze “fura”, perdendo boa oportunidade de abrir o score. Foul de Canhoto. Miro bate e Athayde salva. Ataca o Palestra e Dula põe fora. Atacam os Palestrinos e Luiz, de cabeça, salva. Rechaça o Internacional. Anjolilo fura e Tupan, de longe shoota fora.
Ataca o Internacional e o Anjolilo salva. Marreco perde. Foul de Risada. Dulla bate, Penha defende. Canhoto, entrando, perde ótima oportunidade de abrir o score. Ataca o Palestra e Garnizé afasta. Volta a pelota ao gramado do Internacional e Luiz salva. Foul de Miro. Waldomiro bate, Dulla, escorando de cabeça, manda a bola alto. Foul de Venenoso em Athayde.
Este bate e Miro, de cabeça, estende a Tupan, este passa a Javel, que perde para Emílio. Tupan shoota forte, a bola vai fora. Ataca o Palestra. Waldomiro, que passa a bola entre as pernas de Luiz, Risada oportunamente salva. Hands de Risada, perto da área. Dulla bate e a bola vai fora. Marroni dá a Tupan, que emendando, manda a pelota fora. Ataca o Internacional. Rizada centra e Tatu defende. Ataca o Palestra, Dulla serve a Canhoto, que shoota forte para Penha defender. Corner de Tatu. Javel bate e Risada shoota. Mansur defendendo, comete corner. Marreco bate e Risada, escorando de cabeça, manda fora. Ataca o Palestra. Canhoto serve a Wilson que shoota fora.
Ataca o Internacional. Javel centra, Tupan recebe e dá a Marroni, que às 17,54 marca o 1º gol do Internacional.
Sai o Palestra, que perde. Insistindo os gaúchos no ataque. Venenoso prejudica boa avançada gaúcha, estando impedido.
Ataca o Internacional. Tupan centra a Marreco que, incontinente, dá a Venenoso, que com shoot fraco marca, às 17,56, o 2º GOL GAÚCHO.
Saem os nossos. Dulla, de longe, shoota fora. Waldomiro centra e Miro defende. Dulla shoota forte de longe e a bola vai fora.
Ataca o Internacional. Tupan shoota para Mansur defender. Corner de Luiz. Waldomiro bate e Risada defende. Emílio sai dando lugar a Ary. Dulla passa para center-half. Ataca o Palestra e Corteze shoota forte para Penha defender. Javel corre célere e centra a Venenoso, que arremata fora. Foul de Corteze. Luiz bate e Anjolilo, de cabeça, defende. Hands de Venenoso. Anjolilo bate e vai o Palestra ao ataque. Canhoto, de longe, shoota para Penha defender. Corner contra o Palestra. Foul de Luiz em Ary perto da área. Dulla bate e a bola vai fora. Athayde shoota para Risada, de cabeça, defender. Tupan dá a Javel, que shoota para Mansur defender de soco. Hands de Andretta. Garnizé, batendo, entrega a Marroni, que devolve a Marreco. Este shoota é Mansur defende.
Foul de Alfredo. Termina o 1º tempo com o score de 2 x 0 favorável aos gaúchos.
2º TEMPO
Saem os gaúchos às 18,30. Atacam os gaúchos e Javel, em off-side, prejudica o ataque do Internacional. Ataca o Internacional. Marreco apodera-se da bola e centra. Javel, entrando, marca às 18,31 o 3º gol gaúcho. Saem os palestrinos. Corner contra de Athayde. Javel bate e Tupan, de cabeça, marca às 18,32 o 4º gol gaúcho.
Saem os nossos. Atacam os palestrinos. Dulla de longe,
põe fora. Ataca o Internacional. Marreco escapa e shoota para Marroni defender. Dulla dá a Wilson, este centra e Luiz defende de cabeça. Javel dribla Anjolilo e centra. Marroni, emendando, manda fora. Ataca o Palestra. Waldomiro centra e Luiz atira-se de cabeça. Ataca o Internacional. Marreco dá a Venenoso, que shoota fora. Corner de Miro. Wilson bate e Risada, de cabeça, defende. Foul de Canhoto. Luiz centra a Penha, que devolve a pelota ao centro do campo. Dulla apodera-se da bola, carrega e shoota fora. Mathias entra no lugar de Canhoto. Foul de Mathias. Miro bate. Atacam os gaúchos e Dulla põe fora. Mathias escapa e passa por Alfredo. Luiz entrando apodera-se da pelota.
A bola vai a Tupan, que shoota alto. Hands de Dulla. Miro bate e Tatu, de cabeça, defende. Wilson entrega a Mathias, que shoota fora. Corner de Anjolilo. Javel bate e Anjolilo defende. Atacam os palestrinos. Mathias centra e Miro, de cabeça, defende. Corner de Garnizé. Waldomiro bate e Wilson, de cabeça, manda a gol. Luiz defende. Ataca o Internacional. Risada dá a Marreco, este passa a Tupan que, incontinente, devolve a Marreco, que consigna às 18,50 o 5º gol do Internacional.
Saem os nossos. Foul de Garnizé. Andretta bate, e a bola vai a Mathias que shoota. Risada, tentando defender, aninha a pelota nas redes de Penha às 18,52,
Saem os gaúchos, que atacam. Anjolilo salva. Foul de Wilson em Alfredo. Mabília substitui Alfredo. Miro cobra a falta de Athayde, que põe fora. Ataca o Palestra e é consignado. Foul de Mabília em Mathias. Este bate e Luiz, de cabeça, defende. Javel centra a Venenoso, este põe fora, Continua o Internacional no ataque. Tupan dá a Marreco, que shoota. A bola passa raspando a trave. Waldomiro shoota e Penha concede corner. Mathias bate e Penha defende. Tupan sai, dando logar a Mancuso
Atacam os gaúchos. Marreco dá a Marroni, que shoota fôra, Atacam os Palestrinos. Mathias desfere violentíssimo shoot, que Penha defende. Marreco recebe passe de Mancuso e escapa, marcando às 19,06.
Os gaúchos saem os nossos que perdem. Continuam os gaúchos no ataque. Corner contra o Palestra. Marreco bate e Anjolilo defende. Waldomiro, de longe, shoota forte. A bola passa raspando a trave. Atacam os gaúchos, a bola vai à trave e Mansur defende. Foul de Andretta em Anjolilo. Risada bate e Mansur defende. Atacam os Palestrinos. Waldomiro dá e Wilson shoota fora. Foul de Luiz em Corteze. Waldomiro bate e Penha defende.
Fonte: Correio do Paraná (PR), 23/12/1932, ano 1932, n. 182, p. 5. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/171395/1258. Acesso em: 11 dez. 2024.
O "INTERNACIONAL" CONQUISTA SUA SEGUNDA VITÓRIA EM CAMPOS PARANAENSES
Derrotando com regular facilidade o Palestra Itália pelo largo score de 6 a 1
O PRÓPRIO PALESTRA EM PARTE AJUDOU O ADVERSÁRIO COM INFELIZ MODIFICAÇÃO NO "ONZE"
O Internacional consagrou-se definitivamente no conceito do público
Grande foi a assistência que anteontem acorreu ao campo do Palestra Itália, onde presenciou a segunda exibição do quadro do S. C. Internacional, um dos melhores quadros gaúchos, frente desta vez ao Palestra Itália F. C., vice-campeão paranaense.
A batalha que travaram estes dois conjuntos foi muito boa, apesar de não se terem registrado jogadas de emoção que agradam sempre ao público, motivo pelo qual a assistência não foi entusiasta.
COMO O PALESTRA AJUDOU O ADVERSÁRIO A VENCÊ-LO
O quadro palestrino, algo pretensioso, desprezou o concurso de um de seus amadores ainda registrado, e que, durante muito tempo, que defendeu o conjunto alvi-verde, o fez sempre com muito brilho, honrando as tradições de glórias do grêmio da Praça Zacharias — o grande, o valoroso, o estupendo Vani!
Considerando ainda que a sua linha se achava um tanto enfraquecida, contando com alguns elementos que não estavam à altura da turma e muito menos para enfrentar uma defesa de tão grande valor como a do quadro que ora nos visita, mesmo assim, o Palestra não quis convidar elementos de outros quadros para reforçá-la. Por que?
O Athletico derrotou o Corinthians, de S. Paulo, em 1930. É uma das glórias que jamais se apagarão. No entanto, estando Borba doente, o rubro-negro solicitou o concurso de Pizzatto, e isto absoIutamente não lhe diminui o valor da vitória.
E porque o Palestra, assim não agiu ao ver sua linha fraca para vencer o Internacional é que julgamos-o algo pretensioso.
Aliás, o Internacional conta com uma barreira quase intransponível na zaga e que, no entretanto, pertence ao S. C. Cruzeiro, outro team porto alegrense — Luiz Luz.
O quadro entrou em campo com Emílio de centro médio e Dulla de centroavante. O lugar de Emílio era ocupado por Andretta e o deste por Tatu. Assim constituído, o Palestra fez equilibrada uma boa parte da peleja, tendo Emílio, apesar de ser estreante na posição, agido admiravelmente.
E quando ele melhor trabalhava... bum! Fora de campo para dar o lugar a Dulla e, deste a Ary. E o efeito desta infeliz modificação não se fez esperar...
Melhor do que esta modificação, o Palestra, por certo, deve ter agora encontrado, mas… é muito tarde.
xxx
No início da peleja, o Palestra teve boa atuação, pondo em perigo, por vezes, a cidadela de Penha, defendendo-se bem dos ataques do adversário. Depois passou a ceder terreno aos “colorados”.
Os gaúchos ameaçam o arco alviverde com perigosas cargas, defendendo-se bem Mansur e Anjolilo.
Depois a bola rolou dos pés de Tupan para os de Javel, deste para os de Venenoso e depois para os de Marroni, de onde partiu com destino às redes guardadas por Mansur. Com cargas assim combinadas e mais ou menos impetuosas, veio logo o segundo gol. A seguir, a modificação do Palestra e outros quatro gols que valeram ao Internacional uma bela vitória.
O quadro gaúcho, que não havia agradado, quando a sua apresentação revelou ontem o seu verdadeiro valor, e como já dissemos, é um quadro capaz de feitos surpreendentes ante os mais sérios antagonistas.
Ontem esteve admirável.
A equipe do Palestra em nossas canchas já teve atuação muito mais destacada. Anteontem não jogou tão bem como tem jogado para se manter à frente da tabela do campeonato curitibano deste ano.
Sua defesa jogou bem e na linha de médios destacou-se Dulla. A linha atacante nada fez, puxada por ary, que ainda não pode enfrentar uma defesa de atletas e conhecedora perfeita dos segredos do "association".
O Palestra, melhor do que ninguém, antes de desanimar, sabe o que tem a fazer para evitar fracassos como o de anteontem, do que, aliás, nem mesmo os melhores do mundo muitas vezes escapam.
O ÁRBITRO
Conduziu-se muito bem o árbitro da peleja entre palestrinos e internacionalistas. Foi ele o Sr. Ary Lima, da C. A. P.
BELO GESTO
Antes do início do jogo o Palestra ofereceu ao quadro “colorado”, um lindo cartão de prata com inscrições, como recordação do amistoso encontro.
COMO SE DESENROLOU A PARTIDA
Às 5,30 horas os quadros gaúcho os paranaenses alinham-se assim em campo.
Internacional — Penha; Luiz Luz e Miro; Alfredo, Risada e Garnizé; Javel, Tupan, Venenoso, Marroni e Marreco.
Palestra — Mansur; Anjolilo e Tatu; Andretta, Dulla e Athayde; Waldomiro, Corteze, Dulla, Canhoto e Wilson.
— Movimenta-se a bola e os “colorados” carregam para Anjolilo afastar.
Wilson escapa e perde para Miro.
Athayde atira e Corteze frente ao arco adversário perde boa oportunidade de marcar gol.
Dulla passa bem à Wilson que perde para Alfredo. Dulla põe fora.
Anjolilo “fura” e Tupan atira fora. Waldomiro e Corteze avançam em boa “costura” e o primeiro passa a Dulla, que manda a bola fora.
Falta de Risada em Dulla fora da área. Dulla cobra com forte tiro rasteiro no canto direito de gol internacionalista. Penha mergulha, e ao aparar a bola, deixa-a escapar. Canhoto entra e chuta novamente para a bola bater na perna do keeper colorado e voltar ao campo para Garnizé afastar e Athayde atira fora.
Dulla chuta e Penha defende. Tupan, ao receber um passe de Marreco, atira rente à trave do gol palestrino.
Emílio passa a Dulla e este a Canhoto que chuta forte para Penha defender.
Risada atira e Mansur manda a bola por cima da trave. Cobrado o tiro de canto, Mansur deixa o retângulo, salvando Anjolilo difícil situação.
Os colorados carregam e Tupan passa a Javel, e este a Venenoso, que serve Marroni, para este, com violento tiro no canto direito do arco alviverde conquistar, às 17,54, o 1º gol “colorado”.
Nova carga. Marreco recebe passe de Tupan e centra a Venenoso, que coloca a bola no canto direito do gol palestrino, marcando às 17,56, o 2º gol gaúcho.
Dulla avança e atira fora. Mansur defende tiro de Tupan. Dulla ocupa a posição de centro-médio em lugar de Emílio, que vinha sendo o melhor elemento do quadro e o seu lugar é ocupado por Ary. Boa carga alviverde termina com defesa de Penha de um chute de Canhoto.
Dulla salva uma situação crítica da defesa alviverde.
Falta de Alfredo próximo à area. Dulla vai cobrar, mas... o tempo “chega”.
Internacional — 2
Palestra — 0.
2º TEMPO
A segunda parte da luta tem início às 18,30, e um minuto depois Javel assinala o 3º tento do Internacional.
Dada a saída, os colorados avançam e Javel chuta. A bola bate em Athayde e vai a corner, que cobrado resulta no 4º ponto gaúcho conquistado de cabeça por Tupan, às 18,32. A linha internacionalista carrega e Javel centra para Marroni, que atira por cima da trave.
Wilson substitui Canhoto e Mathias ocupa a ponta esquerda.
Às 18,50 os internacionalistas avançam e Marreco, com regular facilidade, marca o 5º gol “colorado”.
Dada a saída, os palestrinos vão ao campo adversário onde Garnizé comete falta. Andretta cobra passando a Mathias e este despeja forte tiro enviesado ao gol de Penha, a bola bate na perna de Risada e visita pela primeira e única vez as redes internacionalistas, registrando o 1º gol palestrino.
Mabília substitui Alfredo e Mancuso substitui Tupan. A quina atacante palestrina assedia o retângulo de Penha, mas não consegue vazá-lo.
Penha faz bela defesa de um possante tiro de canto de Mathias.
Marreco recebe passe de Mancuso e escapa livre e próximo ao arco de Mansur com violento tiro conquista às 18,50 o 6º gol gaúcho.
Mabília atira e Tatu salva de cabeça.
A linha do Internacional fecha sobre o arco alviverde e Mancuso atira de um metro de distância. A bola ricocheteia no poste esquerdo e volta ao campo para Mansur parar. Falta de Andretta em Venenoso, Risada bate e Mansur defende.
Ary passa a Mathias, este centra e Luiz volta a bola a Penha.
Assédio palestrino sobre o arco colorado.
Javel, off-side, dentro da área atira. A bola vai à trave superior e volta ao campo para Marreco apanhar.
Aqui terminou a peleja quando o marcador apontava:
Internacional — 6
Palestra — 1.
Fonte: Diário da Tarde (PR), 24/12/1932, ano 1932, n. 11352, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/800074/39171. Acesso em: 12 dez. 2024.