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29/09/1940 - Citadino 1940 - 3º turno - Internacional 5 x 1 Cruzeiro-RS

BEM PREPARADOS, INTERNACIONAL E CRUZEIRO INICIARÃO AMANHÃ O TURNO NEUTRO DA AMGEA
Os dois tradicionais contendores ultimaram os preparativos para o clássico n. 2 da cidade, que será no estádio da Timbaúva — Alfredo Cezaro reaparecerá com o apito
A semana passa com rapidez, para culminar num domingo com futebol. Mas futebol do bom, ao menos sob o aspecto emocional, o que tanto agrada o grande público. Não terão uma partida sem emoção e sem interesse, como aconteceu domingo passado, quando dois times do interior se exibiram nesta capital.
A torcida quer ter "frissons", quer que os nervos vibrem. O "Intercruz" é o jogo ambicionado. Representa o clássico número dois da cidade, pela intensa rivalidade dos azuis com os colorados e por ser a partida com mais renda depois do GRE-NAL.
A acirrada rivalidade entre os disputantes de domingo se acentua cada vez mais. É no atletismo e no futebol. No "association" é coisa velha, quase passadíssimo...
Amanhã, na Timbaúva, o Campeonato da Cidade terá um de seus capítulos mais interessantes. Com três pontos a menos, o bando de Espir, o veterano zagueiro alvi-azul, pretende tudo envidar para diminuir a diferença e desfrutar uma posição mais lisongeira e que lhe ofereça possibilidades de ambicionar o título máximo na cidade, no ano do bicentenário.
A animação e expectativa são descomunais.
O ESTADO DA EQUIPE CRUZEIRISTA
Luiz Alberto Coronel, o gerente da "Vila Assunção", cuidava de diversas plantas e atendia alguns interessados, no prédio da Predial Agrícola, quando o interrompemos para saber das condições do XI cruzeirista, que lutaria no "tapete verde" com o líder da tabela.
Atencioso o cavalheiro, o técnico do Cruzeiro disse:
"O Cruzeiro ainda é sério candidato ao bastão de líder da cidade. Atravessamos uma fase de intenso trabalho. O nosso clube parece que não perderá nenhum defensor na presente temporada. Estimulados com o pormenor, o quadro tem treinado com afinco, sem nenhuma deserção. Preocupa-me apenas com o estado físico de Vinício, o dinâmico e enérgico médio esquerdo. Treinou levemente e se ressentiu um pouco. Se não estiver ao estado que desejo, o substituirei por Osvaldo Só. [...] Havendo adversidade ainda, utilizarei Osvaldo Só no lugar de Plá".
Atalhamos, em síntese, o quadro poderia ser assim organizado: Marne — Espir — Marazita — Ferrari — Rafini — Vinício (Só) — Eurípedes — Vílson — Ordovás — Rui — Plá (Só).
— "Realmente é assim que pretendo lutar com o tradicional e valente adversário".
O "ROLO COMPRESSOR"
Há indisfarçável ansiedade para se rever a equipe de Hoche de Almeida Barros. Faz muito tempo que os colorados não se exibem em público. A 18 de agosto eles empataram, num prélio acidentadíssimo, de triste memória para Virgílio Fedrighi, com o São José.
Agora, reaparecerão frente ao "fantasma" do Cruzeiro.
Cavedino e Dilorenzi se esmeraram no preparo do conjunto. Os treinos se multiplicaram e domingo veremos o estado do time. Com exceção de Marques, Magno e Carlitos, todos os titulares que vinham atuando estarão na Timbaúva.
O quadro é o seguinte:
Júlio — Risada — Alfeu — Gaspar — Assis — Pedrinho — Tesourinha — Russo — Toreli — Castillo — Rui.
São imensuráveis as esperanças da família colorada no triunfo. Nenhum "diabo rubro" admite a hipótese do revés. Trata-se de um dos maiores passos para o campeonato citadino, depois vem o Grêmio (pouco considerado pelo desmantelamento da famosa intermediária).
ALFREDO CESARO, NA ARBITRAGEM
Cessou a aprensão dos membros dos dois clubes, com a decisão de Alfredo Cesaro de voltar a empunhar o apito. De "coquinhas" fará sua reentrée, na Timbaúva. 
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 198, 28 set. 1940, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/2833. Acesso em: 16 jun. 2025.

NOTURNOS ÀS QUARTAS-FEIRAS
Determinou a Amgea a realização de dois jogos semanais
Em primeira mão, o DIÁRIO DE NOTICIAS, publicou que o campeonato de futebol da cidade ia ser acelerado, atendendo a um ofício da FRGD, para poder realizar na época aprazada o certame estadual.
Ontem, consoante se antecipou, os presidentes dos clubes da série principal da "metropolitana" se reuniram, na AMGEA.
Pouco depois das 15 horas, Telêmaco Frazão de Lima, do Grêmio, major Fernandes Bessouchet do Cruzeiro, Hoche de Almeida Barros, do Internacional, Edmundo Lamb, do São Jose e Álvaro Silveira, do Força e Luz, com a presença do mandatário da entidade local, Cícero Soares, passaram a discutir a melhor fórmula de atender a solicitação da FRGD.
Após várias sugestões resolveram firmar o seguinte acordo:
"Aos vinte e oito dias do mês de setembro de 1940 reúnem-se na sede da AMGEA os presidentes dos clubes abaixo assinados: Hoche de Almeida Barros, Telêmaco Frazão de Lima, Álvaro Silveira, Fernando Bessouchet e Salvador Vignas, com a presença do presidente da mesma entidade, Cícero Soares, e acordam acelerar o campeonato da cidade, em  obediência ao pedido da FRGD, marcando o seguinte "carnet" para as partidas do turno neutro:
Setembro, 29: Internacional X Cruzeiro (diurna)
Outubro, 6: Força e Luz X São José (diurna)
Outubro, 13: Grêmio X Internacional (diurna)
Outubro, 16: Cruzeiro X Força e Luz (noturna)
Outubro, 20: São José X Grêmio (diurna)
Outubro, 23: Internacional X Força e Luz (noturna)
Outubro, 27: Grêmio X Cruzeiro (diurna)
Outubro, 30: São José X Internacional (noturna)
Novembro, 1°: Força e Luz X Grêmio (diurna)
Novembro, 3: Cruzeiro X São José (diurna)
Na hipótese de chuva, nos três primeiros jogos, estes ficarão transferidos para o domingo seguinte. Depois do prélio Grêmio X Internacional, as partidas serão adiadas na sequência do "carnet". Por estarem conformes, assinam: (seguem-Se as assinaturas)". As
partidas durante a semana, caso chover, ficarão adiadas para o dia seguinte, até sexta-feira e chovendo ainda neste dia o prélio ficará para domingo, adiantando-se as demais partidas, sempre na ordem do "carnet".
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 199, 29 set. 1940, p. 15. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/2850. Acesso em: 16 jun. 2025.

O ÚLTIMO INTERCRUZ DESTE ANO MARCARÁ O INÍCIO DO TURNO NEUTRO DA AMGEA
Para o prélio desta tarde, na Timbaúva, está voltada a atenção dos desportistas locais — Alfredo Cezaro dirigirá o choque das equipes principais
Polariza a atenção pública o sensacional match de futebol do Internacional e Cruzeiro, que marcará o início do turno neutro da AMGEA. É a última rodada, a derradeira possibilidade para os clubes colocados (Internacional, Grêmio e Cruzeiro) se habilitarem ao cetro de campeões do ano comemorativo ao Bicentenário da cidade.
A importância do título cresce de vulto. Nenhum dos três candidatos pretende ser relegado para o plano secundário. Hoje, caberá ao Internacional e ao Cruzeiro se combaterem dentro do terreno desportivo. Será, indiscutivelmente, um prélio de proporções emocionantes.
Afora a tradicional rivalidade, colorados e alvi-azuis preparam-se com muito cuidado, fazendo prever um choque de grande envergadura.
O equilíbrio dos bandos degladiantes acentua-se pelo simples retrospecto dos últimos encontros que ambos sustentaram. Ainda no returno o escore se equilibrou em quatro tentos. E logo mais?
Hoje, Internacional e Cruzeiro, salvo um empate no final do certame, jogarão pela vez derradeira. A "cartada" é decisiva. Se o Internacional perder, oferecerá extraordinário "handicap" aos tricolores e colocará o Cruzeiro na "brecha" do campeonato. Um triunfo constituirá para o time de Espir o maior passo para o cetro de 1940 e a derrota alijará definitivamente o clube do major Fernando Bessouchet.
Caso os colorados cederem, não ficarão desalojados, pois contarão ainda um ponto a mais que o Cruzeiro, atualmente com oito.
Todas as perspectivas só aumentam o interesse pelo Intercruz, a ser oferecido na Timbaúva.
O "ROLO COMPRESSOR" EM FORMA
Carlos Dilorenzi, num encontro casual, informou-nos que o time do Internacional se apresentará sem Carlitos e sem Magno, conforme ontem publicamos. Afirma-se que estes dois elementos ainda não estão em condições físicas satisfatórias. Assis será o flanco esquerdo.
A ofensiva rubra contará com Tesourinha, Russinho, Toreli, Castillo e Rui.
OS CRUZEIRISTAS ANIMADOS
Vinício tem andado ressentido de um pé. Reminicências de uma partida varzeana. Treinou quinta-feira leve, retirando-se em seguida. Vinício tudo envidará para formar ao lado de seus companheiros e cooperar dentro de suas forças.
O perdão de Válter Plá permitirá a inclusão do veloz atacante, desde que não sinta a lesão que sofreu de Espir, no último ensaio. São estes os dois pontos incertos da equipe cruzeirista. Apesar dos ligeiros contratempos, o moral da turma de Ordovás é elevadíssimo. Será tradição...
O que garantem é que o Internacional não passará facilmente pelo XI alvi-azul. A confiança é imensa nas hostes cruzeiristas.
ALFREDO CESARO REINICIARÁ NA ARBITRAGEM
Outro atrativo que prorpocionará o embate a ter lugar no Caminho do Meio sera a "reentrée" de Alfredo Cesaro, o conceituado juiz "Zequinha". Cesaro, conforme adiantamos, apitará todas as partidas do turno neutro, com excecão dos compromissos do seu clube.
Ontem, na AMGEA os presidentes assinaram um documento comprometendo-se a aceitar este árbitro nos próximos prélios.
A PRELIMINAR
Os segundos quadros, na presente temporada, deram "letra". Qause todas as preliminares despertaram interesse. As justas foram renhidas e atraentes, Hoje, Internacional e Cruzeiro darão um bom espetáculo com as suas equipes secundárias. O triunfo para o Cruzeiro significará o campeonato desta categoria, enquanto o Internactonal ainda lutará pelo segundo posto.
AUTORIDADES
A Amgea escalou as seguintes autoridades: representante: Antônio Barcelos, 1º secretário; representante do Departamento Técnico: Emílio Belo; juiz para o 2º quadro: Joaquim R. Almeida; bandeirinhas: primeiros quadros: Antônio Martins e Guilherme Sroka e segundos: Caetano Schifini e Antônio Simoni.
NOTA DOS CONTENDORES
S. C. Internacional — Para o match de hoje, início do turno neutro, no campo do Grêmio Sportivo Força e Luz, foram tomadas pelo S. C. Internacional as seguintes deliberações, na parte que lhe diz respeito:
[...] Portões — a cargo dos tesoureiros do Internacional e Cruzeiro, auxiliados pelos demais diretores por eles designados.
Jogadores — Os diretores de campo do Internacional convocam os seguintes jogadores, para estarem às 12,30 horas em ponto, no campo do Internacional, a fim de seguirem fardados para a Timbaúva: Danilo — Cebinho — Viafore — Tedesco — Clóvis — Olmiro — Ari — Gaspar — Catalini — Oliveira — Otívio — Baixinho e Rui.
Às 14,30 horas, no mesmo local os seguintes: Carlitos — Júlio — Marcelo — Risada — Magno — Pedrinho — Assis — Álvaro — Alfeu — Tesourinha Tesourinha — Russinho — Rui — Toreli e Castillo.
E. C. CRUZEIRO — Para o encontro de hoje com o S. C Internacional, a direção técnica do "alvi- azul" pede por nosso intermédio o comparecimento dos jogadores abaixo, no estádio da Timbaúva.
Às 13 horas: Ari — Veronese — Jorge — Coelho — Bruno —  Viesser — Só — Saladuro — Janguito — Cláudio — Capa — Hélio — Flávio — Paulo e Zezé.
OS QUADROS
INTERNACIONAL: Júlio — Álvaro — Risada — Alfeu — Assis — Pedrinho — Tesourinha — Russo — Toreli — Castillo — Rui.
CRUZEIRO: Plá — Rui — Ordovás — Vílson — Eurípedes — Vinício — Rafini — Ferrari — Marazita — Espir — Marne.
Árbitro: Alfredo Cesaro. Horário: 13,30 horas. Campo: Timbaúva.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 199, 29 set. 1940, p. 15. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/2850. Acesso em: 16 jun. 2025.

CITADINO 1940 - 3º TURNO - INTERNACIONAL 5 X 1 CRUZEIRO-RS
Data: 29/09/1940
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Renda: 10:940$000
Juiz: Alfredo Cesaro, auxiliado por Antônio Martins e Guilherme Sroka.
Expulsão: Venício (C).
Gols: Álvaro, pênalti 26’/1 (I); Castillo 44’/1 (I); Carlitos 6’/2 (I); Ordovaz 11’/2 (C); Castillo ?’/2 (I); Carlitos 23’/2 (I).
INTERNACIONAL: Marcelo; Álvaro e Risada; Alfeu, Felix Magno e Assis; Tesourinha, Russinho, Carlitos, Ruy Motorzinho e Castillo. Técnico: Orlando Cavedini.
CRUZEIRO-RS: Marne; Espir e Marazita; Ferrari, Rafini e Venício; Cascão, Wilson, Ordovás, Rui Souza e Piá. Técnico: Luiz Alberto Coronel.
Obs.: o jogador Vinício saiu de campo preso por manifestar gestos “indecorosos” à torcida colorada, que o vaiou ao retornar ao gramado para o segundo tempo. A manifestação dos negativa dos colorados se deu pela violência com que o jogador atuou no primeiro tempo.

ESCORE INESPERADO
NUM ENCONTRO CHEIO DE SURPRESAS O CRUZEIRO E LUDIBRIADO NA SUA EXPECTATIVA, SENDO FRAGOROSAMENTE DERROTADO PELOS RUBROS [...]
No Estádio da Timbaúva foi iniciado, anteontem, o turno neutro do campeonato de futebol da Amgea com o jogo entre as equipes do Internacional e Cruzeiro.
O cotejo entre rubros e alvi-azuis foi pontilhado de incidentes e vencido pelo Internacional por 5 a 1.
Os colorados iniciaram muito bem o cotejo, enquanto os cruzeiristas se mostravam "amaranhados", principalmente na intermediária, onde o "pivot" Rafini falhava a todo instante. Vinício, impotente para "amarrar" a ala Russinho e Tesourinha, apelava para as jogadas viris. O médio-direito Ferrari era o único que se salvava da derrocada total e exercia severa vigilância sobre Rui e Castillo, sendo que este último reapareceu em ótima forma na ofensiva do "rolo compressor".
O trio defensivo dos pupilos de Luiz Alberto Coronel, se defendia regularmente, enquanto o arqueiro Marne, demonstrava ter alguma coisa de anormal, uma vez que não agia com aquela sua habitual seguridade, que lhe valeu tantos elogios quando integrou com grande sucesso o nosso último selecionado.
Dado essa anormalidade na defensiva do Cruzeiro e o bom desempenho desenvolvido pelo "onze" da rua Silveiro, não houve muita surpresa quando o Internacional, encerrou a primeira fase com dois tentos, contra nenhum dos alvi-azuis. Os rubros nesse período ainda tiveram dois tentos anulados pelo árbitro e, diga-se de passagem que foram muito bem invalidados.
O público sabedor da rivalidade existente entre cruzeiristas e colorados, nao duvidava de uma reação dos rapazes do clube do major Bessouchet. Assim, que o grande número de assistentes que lotava quase literalmente o estádio da Timbaúva, aproveitava o intervalo de 10 minutos, para discutir a provável reação do Cruzeiro na segunda etapa.
Findo o descanso o cronometrista apita e os quadros começam a se colocarem em campo. Quando surgiu o médio-canhoto Vinício, a torcida colorada começou a vaiar o mesmo pelo jogo bruto que desenvolveu na primeira fase. O médio alvi-azul vira-se para a "concentração" da torcida do Internacional e faz um gesto indecoroso para a mesma, tendo o delegado dr. Renato Souza, que estava de serviço no local, "controlado" a atitude de Vinício, incontinente, aquela autoridade mandou um inspetor prender o faltoso em flagrante.
O Cruzeiro protesta e o jogo fica paralizado por 30 minutos, tendo Russinho, capitão dos colorados também protestado por essa anormalidade.
Esse "estado de coisas" terminou com a efetivação da prisão e o Cruzeiro ficou somente com dez homens para disputar o segundo tempo. Cascão baixou para a linha média, ficando a dianteira com 4 elementos.
O Internacional se aproveitou desse fator e passaram a envolver os rapazes do Cruzeiro, num verdadeiro "martírio", já que conduziam as jogadas como queriam. O cronômetro acusava 6m e os colorados se distanciavam com um gol de autoria de Carlitos. Ordovás, com uma precisa emenda, desconta fazendo um bonito tento.
Daí para diante o Internacional aproveitou-se do "prego" que se apoderou da equipe cruzeirista e as conquistas se sucederam. Na segunda fase mais dois tentos anulou o árbitro Alfredo Cesaro, um de Carlitos e outro de Tesourinha, entendemos que este último tento foi legal, uma vez que Carlitos, que era quem estava impedido, ficou "quietinho" no fundo das malhas e Tesourinha, apontou com precisão.
A HISTÓRIA DOS 6 TENTOS
Aos 5m da fase inicial, Carlitos estende para Tesoura, que acerta e o juiz anula o tento por impedimento do ponteiro. Quatro minutos depois (9) os colorados tem mais um gol anulado. Carlitos atinge as malhas de Marne e o árbitro anula por impedimento de Castillo.
Somente aos 26m é que surge o primeiro gol "oficial". Carlitos infiltra-se na defesa cruzeirista e Espir entra forte no "center", tendo o juiz consignado o pênalti, que Álvaro converte na primeira conquista colorada. Aos 44m o Internacional faz o "marcador" funcionar pela segunda Vez. Magno passa a Rui, que estende muito bem a Castillo, este ajeita o "balão" e fulmina Marne. Mais algumas cargas e termina o primeiro período.
Como já dissemos, o Cruzeiro na segunda etapa jogou somente com 10 homens e, como não poderia deixar de ser, foi uma presa fácil para os rubros. Aos 51m Alfeu carrega o couro e dá a Carlitos, que aponta com precisão, 3 a 0. Nesse lance o zagueiro Espir falhou lamentavelmente. Cinco minutos depois (56) carrega o Cruzeiro e Wilson centra para Alfeu cabecear e Ordovás, que vinha na corrida, emenda para as malhas de Marcelo, 3 a 1. Foi um bonito tento. Desce o Internacional e Magno passa a Rui, que estende para Castillo, o ponteiro "despeja" e era o 4º gol dos colorados. Daí para diante os cruzeiristas se entregaram completamente.
Aos 68m surge o quinto tento do Internacional. Castillo centra alto e Tesourinha emenda com facilidade. Carlitos consigna mais um gol que o árbitro anula por ter o "center" feito toque.
Daí para diante o jogo passou e não mais interessar os próprios jogadores em campo.
Juiz: Alfredo Cesaro — Bom.
Renda: 10:940$000
Quadros: — Internacional: Marcelo — Álvaro e Risada — Alfeu — Magno e Assis — Tesoura — Russinho — Carlitos — Rui e Castillo.
Cruzeiro: — Marne — Espir e Marazita — Ferrari (Cascão) — Rafini (Ferrari) e Vinício (Cascão e Rafini) — Cascão (ninguém) — Wilson — Ordovás (Rui) — Rui (Ordovás) e Plá.
Índices: — Técnico: Dois para o Internacional e zero para o Cruzeiro. Disciplinar: Cinco para os colorados e dois para os alvi-azuis, em vista de falta de Vinício.
Os melhores: — Magno — Castillo — Tesourinha — Ferrari — Risada — Rui Souza — Alfeu — e Wilson.
O jogo preliminar entre os quadros secundários terminou com a fácil vitória do Cruzeiro por 5 gols a 2. Com esse resultado o Cruzeiro se distanciou sete pontos do segundo colocado na tabela que é o S. José. Esta pode se dizer assegurado aos alvi-azuis o título de campeão dos 2ºs quadros.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 201, 01 out. 1940, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/2865. Acesso em: 16 jun. 2025.

23/06/1940 - Citadino 1940 - 2º turno - Cruzeiro-RS 2 x 2 Internacional

FRENTE AO ESPANTALHO DE SEMPRE — O CRUZEIRO — ESPERA O INTERNACIONAL SAIR COM A VITÓRIA
Pelo estádio dos Eucaliptos vão intensos e rigorosos os preparativos — Ainda ontem mais um vigiado ensaio foi realizado, à luz dos refletores
Cruzeiro e Internacional, iniciando o segundo turno da série principal da Amgea, defrontar-se-ão domingo, no Estádio da Timbaúva. Como acontece, desde muitos anos, esse encontro é aguardado com grande interesse e expectativa. Os cruzeiristas têm sido o maior espantalho dos colorados e estes afirmam que temem muito mais os alvi-azuis do que os seus tradicionais rivais, os tricolores. No corrente ano o único ponto que os internacionalistas perderam na tabela foi para os cruzeiristas, quando iniciando o atual certame empataram com estes por 4 a 4.
Os pupilos de Carlos Dilorenzi fizeram, ontem, com êxito o último ensaio, que agradou bastante. Todos os titulares estavam à postos e após um exercício individual fizeram proveitoso treino de conjunto. Rui, o inteligente entre-ala esquerda, apesar de ressentido de um tornozelo, fez um ligeiro treino, sendo bem provável que integre domingo o "rolo compressor" que assim apresentar-se-á intacto.
Os cruzeiristas depois do revés de domingo fizeram dois ensaios de conjunto e hoje sob a direção de Dirceu Gay da Cunha, o competente técnico de atletismo, farão na Timbaúva exercícios de educação física.
A luta, pois, de domingo promete ser sensacional, devendo afluir uma grande assistência ao estádio do Força e Luz.
OS JUÍZES
Tendo solicitado demissão o juiz Luciano Jaques, sorteado para dirigir o jogo dos segundos quadros, hoje à noite, deverá ser procedido o sorteio de um novo árbitro [...].
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 100, 21 jun. 1940, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/1723. Acesso em: 09 jun. 2025.

O INTERNACIONAL TUDO FARÁ PARA SE MANTER NA LIDERANÇA DO CAMPEONATO DA CIDADE
O Cruzeiro, como sempre, constituirá, hoje, na Timbaúva, um forte obstáculo aos rubros
A FORMAÇÃO DOS QUADROS
CRUZEIRO
MARNE
ESPIR — MARAZITA
ALNO — RAFINI — DILORENZI
VINÍCIUS — RUI — ORDOVÁS — VERONESI — PLÁ
CAMPO: TIMBAÚVA — JUIZ: OSVALDO BRANDÃO
TESOURINHA — RUSSINHO — MARQUES — RUI — CARLITOS
PEDRINHO — MAGNO — ASSIS
ALFEU — RISADA
JÚLIO
INTERNACIONAL
Preços: 4$ e 3$
Iniciando o returno do campeonato da série A da Amgea encontrar-se-ão, hoje, no estádio da Timbaúva, os quadros do Cruzeiro e do Internacional, dois tradicionais rivais.
Como sempre acontece quando medem forças alvi-azuis e colorado, esse embate vem sendo aguardado com grande expectativa e desusado interesse. Os cruzeiristas depois do revés de domingo último frente  aos santos, anseiam por uma reabilitação, o que só conseguirão abatendo o seu leal adversário. Uma derrota para os alvi-azuis na rodada de amanhã importa na sua desclassificação no atual certame amgeano. Por esse motivo essa partida é de vital importância para o clube do major Fernando Besonchet.
Os colorados, que ponteiam a tabela do campeonato, apenas com um ponto perdido, casualmente no jogo do turno contra o seu mesmo adversário de amanhã, espera vencer os cruzeiristas e assim fazer ruir por terra a quase lenda de que o Cruzeiro é o fantasma dos rubros.
JUIZ
Para dirigir o jogo dos quadros principais foi escolhido de comum acordo com o desportista Osvaldo Brandão, médio do quadro principal do Força e Luz. Arbitrará o jogo dos quadros secundários o desportista Armando Luizelli, do Força e Luz. Representará a Amgea nesse encontro o desportista Arnaldo Barata, 1º secretário da entidade citadina [...].
23/06/1940 - Diário de Notícias (RS), ano 1940, n. 102, p. 12 - http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/1745

CITADINO 1940 - 2º TURNO - CRUZEIRO-RS 2 X 2 INTERNACIONAL
Data: 23/06/1940
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Renda: 11:470$000
Juiz: Osvaldo Brandão
Gols: Ordovás [2] (C); Marques e Russinho (I).
CRUZEIRO-RS: Marne; Espir e Marazita; Ferrari, Rafini e Vinício; Klodo, Rico, Ordovás, Rui Souza e Piá. Técnico: Nestor Pinho.
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Risada; Assis, Felix Magno e Pedrinho; Tesourinha, Russinho, Marques, Ruy Motorzinho e Carlitos.Técnico: Orlando Cavedini.

"A retaguarda dos rubros nos seus últimos preparativos.
Os colorados preparam-se convenientemente para o
encontro de domingo, contra o Cruzeiro, que consideram
o seu adversário mais perigoso. Os técnicos Delorenzi
e Cavedini não descuraram o ensaio de seus pupilos
para o jogo-fantasma de domingo, na Timbaúva. Após
o proveitoso ensaio de ontem, a defesa colorada “posa”
para a nossa objetiva. Vemos no “cliché”, da esquerda
para a direita, Pedrinho, Magno, Assis, Alfeu, Risada
e Júlio, que constituem a muralha dos rubros.
Fonte: Diário de Notícias (RS)
"O quinteto a quem será confiada a tarefa de "achar as
redes. O “rolo compressor” está bem ajustado para o
embate de domingo, na Timbaúva. Todo o quinteto ostenta
ótima forma e espera, no prélio contra os cruzeiristas, fazer
funcionar sem cessar a sua “artilharia”, correspondendo,
assim, ao apelo de um colorado “enragé”, que disse que
a resposta dos rubros à decisão do T. J., julgando legal
a inscrição de Plá pelo Cruzeiro, seria gols e muitos gols.
No "cliché” vemos, da esquerda para a direita: Carlitos,
Rui, Marques, Russinho e Tesourinha".
Fonte: Diário de Notícias (RS)

14/04/1940 - Citadino 1940 - 1º turno - Internacional 4 x 4 Cruzeiro-RS

SERÁ DISPUTADA, HOJE, A PRIMEIRA RODADA DO CAMPEONATO DA AMGEA DO CORRENTE ANO
O segundo clássico da cidade entre o Internacional e o Cruzeiro será disputado no Estádio dos Eucaliptos e no campo da rua Larga medirão forças os universitários e ferroviários 
Nota: O texto da matéria se encontra quase todo ilegível no arquivo digitalizado da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 038, 14 abr. 1940, p. 14. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093726_02/1048. Acesso em: 03 jun. 2025.

CITADINO 1940 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 4 X 4 CRUZEIRO-RS
Data: 14/04/1940
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Valdomiro Vasques
Gols: Rui Souza 12’/1 (C); Ruy Motorzinho 40’/1 (I); Russinho ?’/2 (I); Rui Souza 20’/2 (C); Marques 27’/2 (I); Espir, contra 31’/2 (I); Rui Souza ?’/2 (C); Plá ?’/2 (C).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Risada; Peres, Assis e Pedrinho; Tesourinha, Russinho, Marques, Ruy Motorzinho e Carlitos. Técnico: Orlando Cavedini.
CRUZEIRO-RS: Veronese; Espir e Marazita; De Lorenzi, Rafini e Dalpozolo; Klodo, Janguito, Ordovás, Rui Souza e Plá. Técnico: Nestor Pinho.

"QUADRO DO CRUZEIRO".
Fonte: Diário de Notícias (RS)
"QUADRO DO INTERNACIONAL".
Fonte: Diário de Notícias (RS)

SERÁ CASTIGADO!
Alves ausentou-se da capital, não se apresentando para enfrentar os rubros
REAGINDO COM DENODO NOS ÚLTIMOS MINUTOS, O CRUZEIRO EMPATA COM O INTERNACIONAL: 4X4
O primeiro cotejo oficial do campeonato da cidade, controlado pela "metropolitana", surpreendeu no público, bastante numeroso, que afluiu à rua Silveiro não so pelo amplo e imprevisto escore acusado pelo placar, como pela variedade de observacões que proporcionou.
Temos, em primeiro plano, a contagem gigantesca, de oito gols, divididos irmamente... A impressão inicial desta avalanche de conquistas poderia dizer algo a favor das duas ofensivas. Mas, o
exame rápido e superficial contíinuo, falso conceito. As duas vanguardas não desenvolveram ações que lhe valessem meritos destacados ou mesmo modestos. Ao contrário, o desempenho dos dez dianteiros não convenceu em conjunto e deixou larga margem para a crítica, tanto no trabalho coletivo como no individual. Entendimento e hamonia ausentaram-se da pugna do "Intercruz", deixando lugar a muito ardor e combatividade, sobretudo no período inicial. Raríssimos os lances premeditados, inteligentes, colocando em movimento o time inteiro, ou a menos um de seus setores. As arrancadas abundaram, registrando-se, espaçosamente, os pontos, todos decorrentes de falhas, vícios e claudicações deste e daquele bando. Parece que, apenas, uma ou duas tramas táticas surgiram no decorrer dos dois meios-tempos, assim mesmo carecemos de sentido prático. As considerações sobem muito pouco de valor, na apreciação do trabalho particularizado. Dois elementos fazem jus ao destaque, na ofensiva. Também aqui a distribuição é equitativa: Rui no Cruzeiro, e Russinho, no Internacional. Ambos demonstraram invulgar energia e acentuada combatividade, batalhando até os instantes derradeiros. Os demais componentes das linhas de ataque provocaram pálida impressão, embora se anunciavam poderosas, cheias de habilidades infiltradoras e donas de compreennão em alguns setores. Em síntese, as duas linhas pecaram pela falta de articulacão. O descalabro não se limitou tão somente às vanguardas: as intermediárias, tal como antecipamos em sucessivos comentários, decepcionaram. A do Cruzeiro veio confirmar, "in totum", o que comentamos, dizendo que era inconsistente e estava fadada a preocupar a torcida. De fato, a trinca de médios ofereceu mais baixos de que altos.
A estreia de Rafini desagradou. As parcas qualidades antevistas, não o credenciam ainda para uma equipe superior. Talvez venha a melhorar e perca aquela lentidão irritante (excesso de calma ou raciocínio retardado?) e prejudicial ao quadro. Necessita de maior celeridade e decisão nos passes. Os dois laterais, fracos, estiveram em nível superior. Apesar de muito descuidados na marcação. O "terceto vertebral" dos vermelhos teve comparativamonte um labor mais saliente que os adversários. Aí reside a razão dos ataques redobrados e frequentes dos "diabos rubros", em maior número que os dos azuis, cuja ofensiva, desmanteladíssima em Janguito e Ordovás, não entusiasmou.
Realmente, os colorados atacaram em maior escala que os azuis. Veronesi, entretanto, e alguman vezes Marazita, frustou os melhores momentoa, praticando defesas sensacionais. Num lance, o poste esquerdo funcionou e Espir alijou em definitivo o perigo.
Panorama semelhante teve o reduto colorado, em menor intensidade. Alfeu sobressaiu-se em dois ou três instantes de grande perigo, remendando os erros do arqueiro, numa tarde tenebrosa... Júlio evidenciou-se como ponto vulnerável do XI rubro. Praticou intervenções inúteis, prejudiciais e comprometedoras. As mãos estiveram frouxas e indecisas, como naquele lance aproveitado por Rui, um verdadeiro presente...
O "clássico" número dois do nosso futebol agradou, em linhas gerais aos torcedores pela movimentacão. Decepcionou, é exato, aos "hinchas" locals que se viram despojados da vitória, delineada como certa e líquida, em face da vantagem de dois gols. Surgiu, porém, a reação fulminante que neutralizou a diferença, estabelecendo honroso equilíbrio para o Cruzeiro. O desencantamento dos colorados foi manifesto e justificado.
A luta se desenvolveu acirrada, desde os primeiros minutos. O Internacional tem a primazia do ataque, respondendo logo o adversário. Um bom centro de Klodo apremiou Júlio que afobou e largou o couro. Rui, que avançou, atingiu as redes em cheio, abrindo a contagem (12'). As ações rubras aumentam, salientando-de então, a figura do jovem guardião cruzeirista — Veronesi — arremesos de grande potência, desferidos por Cariltos (2 vezes) e Tesourinha (21').
A pressão dos comandados de Russinho recrudesce. Espir e Dilorenzi redobram atividade. No trigésimo nono minuto Carlitos finaliza muito bem e Veronesi  defende, mandando a escanteio. O "winger" canhoto bate com acerto. Confusão! Rui chuta, o arqueiro devolve fracamente para o mesmo atacante colorado conseguir o empate (10'). Klodo, ponta direlta alvi-azul, obriga Júlio à expetacular tirada. Um escanteio de Marazita, não surte efeito. Investe Plá e a defesa rubra inutiliza, terminando a etapa primária.
Um tremendo cochilo da zaga azul no começo do período derradeiro mudou, por completo, a feição do prélio. Reiniciada a partida, os "diabos rubros" invadiram os domínios das "flechas azuis". Russinho progride, ante a inércia dos zagueiros. Veronesi abandona as redes, pretendendo atropelar o "perigo louro". O forward inimigo age com celeridade, decisão e extraordinária presença de espírito, apontando com violência no canto direito, num chute rasteiro. Veronesi, em único recurso, [...] inutilmente a perna. "Frango"? Para muitos [...], para nós justifica-se a atitude do arqueiro, pois acompanhamos com atenção o lance. Rsuso estava quase sobre o risco da área dos 14 metros e bem distanciado de Marazita e ainda mais longe de Espir. Se Veronesi permanecesse embaixo da goleira seria também batido, irremediavelmente. O que não sofre dúvidas é que a conquista de Russinho ocasionou determinada dose de confusão e abatimento nas hostes azuis, por alguns minutos. Os fouls se repetiram com frequência e os esforços dos "espantalhos" dos colorados eram dispersíveis. Passado o nervosismo, a tranquilidade volta a reinar entre os cruzeiristas que obrigam Alfeu brilhar. Revezam-se as cargas. Assis apoia muito mais que Rafini. O "eixo" uruguaiano melhorou bastante, embora não primasse em desarmar o inimigo.
Quando decorriam 20 minutos do período complementar, Plá foge e expele ajustado centro. Janguito cabeceia e Júlio falha lamentavelmente, para Rui decretar por empate (3x2). Algumas fases esparsas e a contagem pende a favor do "rolo compressor". Dal Pozolo cede corner, cobrado por Carlitos. Marques, desmarcado, com comodidade aloja, de cabeça, a "redonda" nas redes (67'). A seguir, uma escapada irregular de Carlitos (comete toque sem ser punido) chegou a dar a impressao de nova vantagem, se houvesse calma de parte do mignon atacante que desperdiçou.
Uma situação difícil para Júlio fixou o 31º minuto, após uma saída em falso em que veio a cair. Alfeu, com o gol aberto evitou o trajeto do chute de Plá. Instantes após [...] o marcador evolui graças a um lance infeliz do veterano e consagrado Espir, que cabeceou para dentro das malhas, acossado por Marques (4x2).
O tempo se esgota com rapidez e alguns jogadores se esmeram na "cera". Tudo fazia crer no triunfo dos rubros. O Cruzeiro demonstrava pouca coesão e infiltração. Insistiu no tempo final pela esquerda, onde Plá pouco aprovava. Finalmente, veio o "milagre" dos 85 aos 90 minutos. Tesoura comete falta, que batida redunda em intervenção de Júlio. Ataca, outra vez, o Cruzeiro e Alfeu toca o couro com a mão. Plá executa o tiro livre e Rui cabeceia em lindo estilo, no ângulo superior direito (4x3). Carlitos atira pelo lado, em boa oportunidade. Interrompem o cotejo por um minuto para Veronesi ser atendido. Uma falta de Perez em Dilorenzi provoca uma excursão do flanco esquerdo. Plá centra, Janguito cabeceia e Júlio brilha. Voltam ao ataque os azuis pela direita. Klodo chuta, por elevação, e Plá cabeceia na boca da meta, assinalando o honroso empate, quase sobre a hora. A bola não chega a ir ao centro, pois o cronometrista anuncia o término do encontro.
OS QUADROS
Internacional — Júlio; Alfeu e Risada; Perez, Assis e Pedro; Tesoura, Russinho, Marques, Rui e Carlitos.
Cruzeiro: Veronesi; Espir e Marazita; Dilorenzi, Rafini e Dal Pozolo; Klodo, Janguito (Ordovás), Ordovás (Janguito), Rui e Plá.
Renda: 4:570$000. Árbitro: Valdomiro Vasques — bom.
Índices: técnico — zero para os dois; disciplinar: 4 para ambos, em virtude do excesso de faltas.
Os melhores: Rui (Cruzeiro), Russinho, Veronesi, Alfeu, Marazita, Risada e Assis.
A PRELIMINAR
Louvável a medida da direção técnica do Cruzeiro colocando a maioria dos reservas na equipe secundária.
A superioridade foi flagrante. Venceram os visitantes por 4x1, dando um "passeio" no quadro colorado. Formou assim o Cruzeiro: Ary; Burger, Jorge e [...], Só, Almo e Vinício, Saladura, Paulo, Cláudio, Capaverde e Caveirinha.
O árbitro Luciano Jacks constituiu um triste espetáculo, alheio às jogadas bruscas e menor energia.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 039, 16 abr. 1940, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093726_02/1062. Acesso em: 03 jun. 2025.

O INTERNACIONAL PROTESTOU A INCLUSÃO DE PLÁ
O E. C. Cruzeiro, por intermédio de Espir, contraprotestou alegando ser legal a inscrição daquele jogador
O panorama desportivo e social no campo do Sport Club Internacional foi muito apreciado, na tarde mormacenta de domingo. Os jogadores que se movimentaram, cheios de entusiasmo e ardor, no "tapete verde" contrastaram com a temperatura insuportável.
O embate transcorreu sem o menor incidente, durante os 90 minutos, não se verificando o menor atrito dentro do "field".
A única nota destoante foi o protesto, lavrado por Russinho, antes do início do cotejo no boletim da partida. O representante Augusto Teixeira, solicitado pelo capitão colorado, forneceu a súmula, onde se consignou a reclamação pela inclusão de Válter Plá.
O assunto mereceu ampla divulgação do DIÁRIO DE NOTÍCIAS, que assinalou mais um furo desportivo, de forma que não necessitamos comentar largamente o caso.
Plá obteve seu cancelamento pelo Rio Grandense, da cidade de Rio Grande, antes do dia 7 do corrente, data inicial do Intercruz, transferido devido ao mau tempo. Aliás, a AMGEA possui comunicação por escrito, da Federação Rio Grandense de Desportos esclarecendo suficientemente a situação de Válter Plá. Mesmo assim, o Internacional protestou antes do prélio ser iniciado, tendo o Cruzeiro, por intermédio de Espir, contra-protestado.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 039, 16 abr. 1940, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093726_02/1062. Acesso em: 03 jun. 2025.

12/01/1940 - Citadino 1939 - 2º turno - Internacional 1 x 3 Cruzeiro-RS

"O SEGUNDO CLÁSSICO DA CIDADE"
Empolga o próximo cotejo entre o Internacional e Cruzeiro
O "segundo clássico" da cidade reveste-se de excepcional importância. Internacional e Cruzeiro farão uma rodada sensacional sexta-feira à noite nos "Eucaliptos" para a apuração do futuro adversário dos tricolores em "melhor de três", segundo manda a fórmula Fraga, caso o Grêmio não sagrar-se vencedor do returno. Julgamos uma empresa muito difícil para os pupilos de Telêmaco Frazão de Lima neutralizarem a perda dos dois pontos que sofreram frente ao "rolo compressor". No nosso "soccer" acontecem coisas inauditas, não duvidamos que os rubros topem com qualquer percalço e se vejam envoltos novamente com o adversário de todos os tempos.
O Cruzeiro especializou-se em "desencarrilhar" os líderes. Além de ser um inimigo acirrado, o Cruzeiro defenderá a sua própria posição no returno. Inaugurando a última rodada, os azuis entrarão em campo revestidos de grande fé e acentuadan esperanças. Animados com as novas posibilidades, os defensores da jaqueta azul e branca querem demonstrar a pujança de seu XI e obter uma vitória líquida dentro da cancha, sacudindo "guingne" que os persegue.
O "Intercruz" promete reverstir-se de contornos emocionantes, sexta-feira à noite, à rua Silveiro, bairro do Menino Deus.
Horário: 19,15 e 21,15 com 15 minutos de tolerância.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 255, 10 jan. 1940, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/80. Acesso em: 31 mai. 2025.

HÁ INTERESSE PELA REALIZAÇÃO, AMANHÃ, DO “SEGUNDO CLÁSSICO”
Os pontos fortes e fracos dos contendores
O noturno oferece para o Cruzeiro novos horizontes. Contra o Internacional será a primeira vez que os azuis disputarão nessa segunda fase. Repetir-se-ão aqueles ajustados 2x1? Talvez sim, talvez não. Os puplios de Luiz Alberto Coronel pretendem agigantar-se, fazer até o impossível para sobrepujar os vermelhos, donos de um magnífico cartaz, conseguido com a estupenda vitória sobre o Grêmio.
O "Intercruz", considerado como o segundo clássico da metrópole, envolve extraordinárias responsabilidades para os adversários. Um tropeço complicará as ambições dos "diabos rubros", após dois escolhos para a turma de Benjamim: enquanto o triunfo registrará meio caminho andado para a liderança final do returno, restando Americano e Força e Luz.
A acentuada rivalidade, o apetite descomunal dos rapazes comandados por Espir servem de estímulo para os "hinchas" afluírem sexta-feira à cancha dos colorados.
Exibirão os internacionalisas o mesmo ritmo trepidante de jogo? Subirá, outra vez de modo assustador o placar? Contra o Grêmio foi algo fantástico, nos 45 minutos iniciais, agora vamos aguardar o segundo cotejo dos rubros no returno.
Tudo depende da disposição da "Intermediária". Se Brandão e Levi, sobretudo o último, repetirem aquela atuação soberba, auxiliados pelos entre alas, o sexteto defensivo do Cruzeiro também se verá em palpos de aranha para conter o "rolo compressor".
E se o Cruzetro acertar o mecanismo de suas linhas? Muitas vezes o clube do pavilhão estrelado estragou a "corrida" dos encarnados, dificultando-lhes a marcha ascensional para a conquista do título máximo da cidade. Não será a primeira e nem a última vez que os cruzeiristas se transformam em "desmancha-prazeres". Vamos aguardar o "noturno" depois de amanhã, na Chácara dos Eucaliptos.
Horário: 19,15 e 21,15 com l5 minutos de tolerância.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 256, 11 jan. 1940, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/92. Acesso em: 31 mai. 2025.

COLORADOS E CRUZEIRISTAS DISPUTARÃO, HOJE, O "SEGUNDO CLÁSSICO" DE FUTEBOL DA CIDADE
Se o clube de Risada vencer o noturno de hoje, terá assegurado o título de campeão do returno
Porto Alegre é pobre em matches de sensação. Afora o Grenal, temos apenas dois outros encontros com foros de sensação e boas perspectivas. O Cruzeiro possui as honras de colaborar nos embates denominados "segundo clássico" e "terceiro clássico" da cidade.
O jogo "Intercruz" sempre atraiu um público regular, figurando nas estatísticas desportivas como segundo em rendas. O "Grecruz" tambem ombreia às vezes com a receita do clássico número dois da metrópole. A rigor, colorados e tricolores se rervezam nos "borderaux", colocando em dificuldade quem se abalar a catalogar a importância dos embates pelo que rendem. Em todo caso, nós optamos pela classificação feita, atentando ao número de pessoas que tem comparecido aos "clássicos" proporcionados pelos três clubes.
Já nos externamos sobre a responsabilidade dos degladiantes na partida de logo mais à nolte na "Chácara dos Eucaliptos". Em breves palavras, convém reprisar que se ao Internacional os 2 pontos são quase que decisivos para a conquista do título máximo do returno, aos cruzeiristas também são de capital importância, não só pelas honras de abater o recente vencedor dos rapazes da "baixada" como pelo desbancamento do líder e a significação para as hostes azuis em sobrepujar o velho adversário.
Um revés para os "diabos rubros" embrulhará a atuação da tabela, pois os pupilos de Benjamin ficarão, em idênticas condições, ao Grêmio, com um catch perdido. Trata-se do segundo compromisso do Internacional e uma vitória importa exatamente na metade da jornada. Conclui-se do esforco extraordinário a ser dispendido pelo "rolo compressor" para esmagar os comandados de Espir.
O turno assinalou uma vitória laboriosa para o Internacional. Os 2x1 não traduziram em fidelidade o desanrolar da pugna, pelo contrário para ter havido justiça, o pior a acontecer seria o empate. Mas os caprichos do desporto das multidões, sempre inflexíveis e inesperados, não permitiram um escore razoável, lógico.
Para alimentar emperanças, o Cruzeiro só tem um caminho: o da vitória.
A Amgea, a respeito do match oficial de hoje, tomou as seguintes deliberações: Representante: Nestor Pereira, fiscal: Natal Maineri: Juiz para os 2ºs quadros: Alfredo Zanini. Horário: 19,15 e 21,15. Campo: Internacional.
NOTAS DOS CONTENDORES
INTERNACIONAL - Benjamin Simões, diretor-técnico dos rubros, pede o comparecimento, hoje, dos jogadores abaixo discriminados no Estádio dos Eucaliptos:
Horário: 2ºs quadros, às 18 horas:
Jogadores: — Marcelo, Álvaro, Clóvis, Ari, Baiano, Nenê, Oliveira, Neli, Amadeu, Rui Barbosa, Moacir — Otívio — Jorge e os demais inscritos.
1º quadro às 20 horas:
Jogadores: Júlio — Viafore — Alfeu — Risada — Brandão — Magno — Levi — Tesourinha — Rui — Acácio — Castillo — Carlitos — Russinho — Celso — Filhinho.
CRUZEIRO — A direção técnica dos alvi-azuis pede a presença dos seguintes jogadores: às 18 horas, no Ferroviário: Vitor — Burger — Noel — Antônio — Odoim — Mongeló — Jorge — Gervásio — Heraldo — Jandir — Moacir — Olavo — Deste — Pedrinho — Morais — Oscar Barreto — Ramón, Renato Silveira — Cezar — Raimond e demais inscritos.
Às 20 horas — Marne — Marazita — Osvaldo — Espir — Janguito — Baldo — Coelho — Ernani — Dalpozolo — Delorenzi — Arci — Vílson — Cascão — Ordovás — Capaverde e Raul.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 257, 12 jan. 1940, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/102. Acesso em: 31 mai. 2025.

CITADINO 1939 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 1 X 3 CRUZEIRO-RS
Data: 12/01/1940
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Alfredo Zanini
Gols: Acácio 12’/1 (I); Cascão 16’/1 (C); Saladuro 36’/1 (C); Cascão 40’/2 (C).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Risada;Osvaldo Brandão (Celso), Felix Magno e Levi; Tesourinha, Ruy Motorzinho (Russinho), Acácio, Castillo e Carlitos. Técnico: Benjamin Simões.
CRUZEIRO-RS: Marne; Espir e Osvaldo Só; De Lorenzi, Ernani e Bruno; Saladura, Paulo, Janguito (Wilson), Ordovás e Cascão. Técnico: Luiz Alberto Coronel.

"NÃO SOU CRIANÇA!"
Repreendido pelo técnico por ter feito má exibição contra o Cruzeiro, Brandão pensa abandonar o quadro do Internacional
Uma derrota sempre acarreta enormes dissabores para um grande clube. Foi o que aconteceu ao Internacional ao baquear fragorosamente frente ao XI cruzeirista, numa partida memorável, principalmente depois daquele retumbante e escandaloso triunfo dos rubros na "baixada". Daí a enormidade da repercussão do êxito dos alvi-azuis.
Mas, abandonemos o registro da repercussão da vitória para descer aos bastidores do derrotado. Terminado o primeiro tempo, os jogadores recolheram-se aos seus vestiários. A alta temperatura clamava por uns minutos de descanso e refrigerantes. É hábito nesse intervalo o técnico apontar falhas ou fazer recomendações.
Sabemos que o dedicado treinador dos rubros, no vestiário, pediu justificativa do procedimento displiscente de Brandão que em vez de cuidar do jogo parou, discutindo com um companheiro, quando o cotejo prosseguia pela esquerda, exatamente o setor a cargo de "Caçamba".
O recriminado incomodou-se. "Se quiser, pode suspender-me ou multar-me".
Enérgico, Benjamin chamou a atenção do médio, dizendo que a sua atitude era um atentado à disciplina e desconsideração à torcida rubra, o que não admitia em nenhuma hipótese, enquanto os jogadores estivessem sob sua responsabilidade.
Um santo remédio. O jogador despiu-se e foi substituído.
Se as coisas forem assim, muito bem!
Em face dos comentarios tecidos, emprestando outras cores ao sucedido, resolvemos ouvir o vigoroso médio que defendeu o pavilhão da F. R. G. D. na pauliceia.
Na frente do "Café Nacional", Osvaldo Brandão matava o tempo.
— É verdade que estás desgostoso com o Internacional? fez o reporter.
— Realmente. Creio, até, que não jogarei mais. Não sou criança para ser tratado a gritos".
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 264, 20 jan. 1940, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/186. Acesso em: 31 mai. 2025.

BENJAMIM JUSTIFICA O REVÉS PELA ESTUPENDA ATUAÇÃO DO ARQUEIRO E À CHANCE DOS AZUIS
O técnico rubro não se mostra abatido e espera reabilitar-se, recolocando o Internacional na sua antiga forma
Em futebol existem tipos diversos. Tristes, os que perdem; alegres, os que ganham; sofredores, os responsáveis pelos times; irados e desordeiros, os mal educados; as vítimas de sempre: os juízes.
Isso e muito mais observou-se no "Intercruz". Não vamos nos alongar na análise. Restringiremos a atividade a um dos tipos apontados. Constata-se desde logo, em se tratando do "coach" dos colorados, que a têmpera é diferente.
Benjamin Simões não se abandona aos nervos. Controla-se e nada se nota exteriormente. Impassibilidade absoluta. Depois do revés apresenta a mesma fisionomia. Tranquilo e cavalheiro. Quanto recalque...
Depols do tremendo baque, nada mais interessante que palestrar com o responsável técnico do "rolo compressor".
Ali na "esquina do pecado" — Confeitaria Central — desfrutamos alguns instantes agradáveis com o esforçado preparador dos rubros.
A conversa discorreu de imediato sobre o "segundo clássico" da cidade. Eis o que pensa Benjamin:
MARNE E CHANCE!
"A marracão efetiva dos cruzeiristas evidenciou-se. Fracassou a "intermediária" rubra. O ponto alto da defesa não estava em perfeita saúde, daí o baixo nível de produção apresentada.
O Cruzeiro venceu pela ação extraordinária de Marne e auxiliado pela chance, traduzida nos gols que colocaram os azuis em vantagem".
O sorvete diminui dentro da taça. Uma pausa e registramos mais:
ESTÍMULO E NÃO DESÂNIMO
"A derrota sofrida deve servir de estímulo para as práticas, preparando-se o quadro com mais afinco, a fim de estar em condiçes no momento de enfrentar os argentinos".
A PEDRA ANGULAR DO FUTEBOL: A DISCIPLINA
O repórter, depois de registrar impressões do úultimo noturno, conduz a palestra para outro terreno, já que se impunha uma pergunta que envolvesse o caso de Brandão, registrado noutro local.
"Sem disciplina nada se consegue em futebol. É o degrau inicial para o êxito, não só no "soccer" como em qualquer outra atividade desportiva.
No Internacional tenho empenhado-me em estabelecer uma disciplina. Estou satisfeito com os resultados alcançados. Boa vontade e disposição nos defensores da jaqueta sanguínea.
O primeiro revés que sofri não me apoquenta. Deve-se saber ganhar e perder. Daí uma derrota, mas que fazer? Só uma atitude resta: redobrar os ensaios e cuidar do estado moral dos jogadores".
O "CASO BRANDÃO"
Havia chegado o momento desejado. — E o caso de Brandão? Indagamos.
Benjamin não responde logo a pergunta, concentra-se e diz: "os assuntos internos do clube resolvemos em diretoria. Não faço comentários sobre o assunto".
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 264, 20 jan. 1940, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/186. Acesso em: 31 mai. 2025.

22/10/1939 - Citadino 1939 - 1º turno - Internacional 2 x 1 Cruzeiro-RS

CITADINO 1939 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 2 X 1 CRUZEIRO-RS
Data: 22/10/1939 
Local: Campo da Rua Arlindo - Porto Alegre (RS) 
Gols: Osvaldo Brandão [2] (I); Marques (C). 
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Risada; Nenê (Celso), Felix Magno e Levi; Ruy Motorzinho, Russinho, Osvaldo Brandão, Moacyr e Carlitos (Tesourinha). 
CRUZEIRO-RS: Marne; Espir e Marazita; Bruno, Ernani e De Lorenzi; Di Primio, Wilson, Marques, Ordovás e Cascão. Técnico: Ary Lund. 
Obs.: jogo de estreia de Tesourinha.

A estréia de Tesourinha pelo Internacional
causou pânico ao goleiro Marne.
Fonte: 1909 em cores

18/06/1939 - Torneio Relâmpago 1939 - Internacional 5 x 4 Cruzeiro-RS

TORNEIO RELÂMPAGO 1939 - INTERNACIONAL 5 X 4 CRUZEIRO-RS
Data: 18/06/1939
Local: Baixada - Porto Alegre (RS)
Juiz: Octávio Hipólito
Gols: Di Primio 17’/1 (C); Acácio 25’/1 (I); Castillo 43’/1 (I); Carlitos ?/2 (I); Russinho ?’/2 (I); Marques 5’/2 (C); Castillo 7’/2 (I); Cascão, pênalti 30’/2 (C); Marques 34’/2 (C).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu (Aita) e Risada; Osvaldo Brandão, Felix Magno e Levi; Acácio, Russinho, Pirillo, Castillo e Carlitos. Técnico: Orlando Cavedini.
CRUZEIRO-RS: Marne; Espir e Marazita; De Lorenzi, Coelho e Bruno; Di Primio, Capaverde, Ordovás, Marques e Cascão. Técnico: Ary Lund.

O Internacional derrotou, ontem, o Cruzeiro por 5 x 4.
Fonte: Diário da Manhã (PE), n. 620, 20 jun. 1939, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/093262_02/36678. Acesso em: 07 ago. 2023.

11/12/1938 - Citadino 1938 - 2º turno - Internacional 3 x 1 Cruzeiro-RS

CITADINO 1938 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 3 X 1 CRUZEIRO-RS
Data: 11/12/1938
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Álvaro Silveira
Gols: Filhinho, Acácio, Pirillo (I); Marques (C).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Risada e Sady Gontan; Osvaldo Brandão, Silenzi e Levi; Acácio, Castillo, Pirillo, Miguel e Filhinho.
CRUZEIRO-RS: Tatinha; Espir e Marazita; Walter (Morais), Souza e De Lorenzi; Di Primio, Paulo, Marques, Mujica e Cascão.

O INTERNACIONAL sagrou-se vice-campeão de Porto Alegre, vencendo o Cruzeiro, no jogo domingo realizado.
Fonte: A Tribuna (SP), n. 223, 13 dez. 1938, p. 9. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/153931_01/46544. Acesso em: 29 mai. 2025.

25/09/1938 - Amistoso - Cruzeiro-RS 1 x 4 Internacional

AMISTOSO - CRUZEIRO-RS 1 X 4 INTERNACIONAL
Data: 25/09/1938
Local: Chácara das Camélias - Porto Alegre (RS)
Juiz: Álvaro Silveira
Gols: Cascão (C); Acácio [2] e Pirillo [2] (I).
CRUZEIRO-RS: Durval; Espir e Del Corona; Moraes, Souza e De Lorenzi; Cascão, Wilson, Ribas, Rato e Trado.
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Viana;Osvaldo Brandão, Levi e Oliveira (Giordani); Acácio, Ruy Motorzinho (Castillo), Pirillo, Miguel e Filhinho. Técnico: Abrahão Fernandes Bouças.
Obs.: a vitória rendeu ao Internacional a Taça Oscar Fontoura, em homenagem ao ex-jogador cruzeirista e árbitro de futebol.

Porto Alegre, 27 (Havas) — [...] o Internacional derrotou o Cruzeiro por 4 x 1, em disputa da taça Oscar Fontoura.
Fonte: Correio da Manhã (RJ), n. 13463, 28 set. 1938, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/089842_04/48451. Acesso em: 29 mai. 2025.

10/07/1938 - Citadino 1938 - 1º turno - Cruzeiro-RS 2 x 1 Internacional

CITADINO 1938 - 1º TURNO - CRUZEIRO-RS 2 X 1 INTERNACIONAL
Data: 10/07/1938
Local: Caminho do Meio - Porto Alegre (RS)
Gols: Cascão, Bernardino (C); Pirillo (I).
CRUZEIRO-RS: Durval; Espir e Marazita; Souza, Itararé e De Lorenzi; Bernadino, Wilson, Lauro (Aita), Rato e Cascão.
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Álvaro e Risada; Zezé II, Giordani e Levi (Cardoso); Acácio (Benjamin), Ruy Motorzinho, Pirillo, Miguel e Carlitos (Castillo).

14/04/1938 - Amistoso - Cruzeiro-RS 0 x 6 Internacional

AMISTOSO - CRUZEIRO-RS 0 X 6 INTERNACIONAL
Data: 14/04/1938
Local: Chácara das Camélias - Porto Alegre (RS)
Juiz: Otto Pedro Bumbel
Gols: Adão, contra 5'/1 (I); Ruy Motorzinho 13'/1 (I); Castillo 41'/1 (I); Miguel 43'/1 (I); Ruy Motorzinho 20'/2 (I); Pirillo 40'/2 (I).
CRUZEIRO-RS: Heitor; Pedrinho e Marazita; Adão, Souza II e Itararé; Bernardino, Wilson, Aita, Tato e Amado.
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Osório Dias e Risada; Giordani, Osvaldo Brandão e Levi; Benjamin, Ruy Motorzinho, Pirillo, Miguel e Castillo. Técnico: Abrahão Fernandes Bouças.

15/11/1937 - Citadino 1937 - 2º turno - Internacional 4 x 5 Cruzeiro-RS

INTERNACIONAL X CRUZEIRO
Conforme já tivemos ocasião de noticiar, a Amgea Especializada resolveu apressar o seu campeonato, realizando partidas noturnas às quintas-feiras e aproveitando todos os feriados.
Assim, segunda-feira próxima, feriado nacional no qual se comemora a proclamacão da República, o Internacional vai receber a visita do Cruzeiro, em seu estádio, na rua Silveiro.
As partidas entre colorados e alvi-negros são sempre renhidas e interessantes e no encontro do turno, triunfou mesmo, a falange cruzeirista.
Ora os colorados, que apesar dos fracassos do turno aspira o título de campeão do returno e ora reabilitados com o sério revés que infringiram aos rapazes da Carris, vai para o campo da luta disposto a levar de vencida o clube de Ari Lund.
Mas os cruzeiristas, que estão desejosos de desfazerem a má impressão deixada pela sua última exibicão, frente aos tricolores, empregarão esforços desesperados para repelirem a façanha do turno, quando abateram o seu adversário de amanhã.
É de esperar-se, pois, um prélio movimentado e interessante, capaz, mesmo, de agradar aos amantes do popular desporto bretão.
O LOCAL
O embate de segunda-feira terá por teatro o confortável Estádio dos Eucaliptos, situado no Menino Deus.
O HORÁRIO
2ºs quadros — 13,45 horas.
1ºs quadros — 15,45 horas.
AS AUTORIDADES DA AMGEA
Representante — Sr. Itaboraí Sarmento.
Fiscal — Artur Bica Prates.
Fonte: A Federação (RS), 13/11/1937, ano 1937, n. 253, p. 4. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/388653/82951. Acesso em: 23 mai. 2025.

CITADINO 1937 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 4 X 5 CRUZEIRO-RS
Data: 15/11/1937
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Valdomiro Vasques
Gols: Aita 5’/1 (C); Levi 22’/1 (I); Levi 34’/1 (I); Aita 40’/1 (C); Lauro 4’/2 (C); Artigas 18’/2 (C); Pirillo, pênalti 20’/2 (I); Castillo 26’/2 (I); Bernardino 41’/2 (C).
INTERNACIONAL: Marcelo; Berto e Risada; Artigas, Osvaldo Brandão e Zezé; Negrito (Acácio), Souza, Pirillo, Levi e Castillo. 
CRUZEIRO-RS: Marne; Espir e Marazita; Adão (Morais), Itararé e Delorenzi; Barnardino, Artigas (Lauro), Aita, Ribas e Cascão.

OS CRUZEIRISTAS SURPREENDERAM NOVAMENTE OS COLORADOS
REGISTRANDO UM PLACAR FAVORÁVEL NO ENCONTRO ONTEM TRAVADO NO ESTÁDIO DOS EUCALIPTOS, EM DISPUTA DO CAMPEONATO DA CIDADE
5 x 4 foi a contagem — Aita e Levi foram os "scorers" do dia, marcando cada um dois tentos — Os demais gols alvi-azuis foram marcados por Lauro, Artigas e Bernardino e os colorados por Sílvio e Castillo — O ponto da vitória foi alcançado no minuto derradeiro da partida — Marne, que foi a grande figura de seu bando, defendeu um total de 35 bolas contra 8 de Marcelo! — Risada fez uma grande partida, tendo sido o elemento mais destacado do esquadrão colorado — Os "diabos-rubros estiveram num dia de "azar", enquanto que os alvi-azuis souberam aproveitar as oportunidades — Na preliminar venceu o Internacional por 5 x 1
No Estádio dos Eucaliptos, perante regular assistência, mediram forças, na tarde de ontem, os valorosos esquadrões do Internacional e Cruzeiro, em disputa do Campeonato especializado da cidade.
Os colorados eram os francos favoritos, em virtude da performance exibida no encontro com o Força e Luz, quando lograram expressiva vitória, ao contrário dos alvi-azuis que baquearam, espetacularmente, 5ª-feira última, frente aos tricolores.
Entretanto, os cruzeiristas, com uma retaguarda firme, na qual Marne constituiu uma verdadeira barreira e uma vanguarda ágil e oportuna, supreenderam, mais uma vez, os colorados, alcançando um placar favorável, no qual consignaram o escore de 5x4.
A partida iniciou-se equilibrada e logo nos 5 minutos, o Cruzeiro alcançou a primeira vantagem do dia, que os colorados conseguiram desmanchar aos 22 minutos. Aita e Levi foram os autores.
Embora equilibrada, os rubros atiram na meta com maior assiduidade, enquanto que os alvi-azuis não transpõem a zaga inimiga, onde Risada brilha. Doze minutos após o gol de empate, os vermelhos, ainda por intermédio de Levi, se avantajam, mas os visitantes, sempre oportunos, igualam a contagem aos 40 minutos, feito este de Aita.
Encerra-se o primeiro período com o empate de 2x2.
Iniciada a fase complementar, os dois bandos se esforçam para aumentar a contagem. Os colorados continuam bombadeando a meta otimamente guardada por Marne, que se desdobra juntamente com os seus auxiliares, enquanto que os pupilos de Ari Lund continuam sendo repelidos pela defesa inimiga e escassamente atirando no arco, mas, quando surge uma oportunidade, sabe a vanguarda alvi-azul aproveitá-la com maestria, tanto assim que aos 18 minutos assinalam dois tentos, por intermédio de Lauro e Artigas.
Agora se afigura a todos que o Cruzeiro garantiu o seu triunfo. Os fãs da falange vermelha perdem a esperança da almejada vitória.
Os "diabos rubros", entretanto, não se deixam abater e animados por Levi investem continuamente contra o último reduto visitante.
Cobrando um pênalti, Sílvio sobe a contagem rubra para 3, aos 20 minutos, e Castillo, aos 26 iguala o placar.
Agora a opinião geral mudou completamente. Todos esperam a vitória do Internacional, que está agindo com maior acerto e fazendo perigar continuamente o arco cruzeirista. Os colorados lutam, entretanto, com a falta de "chance", pois nada menos de três tiros perigosíssimos batem nas traves, não conseguindo os colorados tirar rendimento da superioridade.
O gol da vitória é esperado a cada momento, pois os alvi-azuis parecem entregues e apenas oferecem resistência defensiva.
Aproxima-me o termo final da jornada e a assistência vai, aos poucos, abandonandoo o estádio convicta de que 4x4 representa o cartaz definitivo. Eis que num último esforço, quando o cronômetro acusava o minuto derradeiro da peleja, o Cruzeiro avança e Bernardino, num chute magnífico conquista, inesperadamente, o tento da vitória para o Cruzeiro.
Termina, assim, a contenda, com a vitória do valoroso bando cruzeirista, pelo escore de 5x4.
OS QUADROS
Cruzeiro — Marne; Espir e Marazita; Adão (depois Delorenzi), Itararé e Delorenzi (depois Morais); Bernardino, Artigas (depois Ribas), Aita, Ribas (depois Lauro) e Cascão.
Internacional — Marcelo; Berto e Risada; Artigas, Brandão e Zezé; Negrito (depois Acácio), Souza, Sílvio, Levi e Castillo.
OS TENTOS
1º — Cruzeiro (Aita)
Carga cruzeirista pela esquerda. Aita recebe de Ribas na frente do quadrilátero de Marcelo e com perícia envia a pelota para o fundo das redes coloradas, aos 5 minutos de jogo.
2º — Internacional (Levi)
Souza corta para Sílvio, que serve Levi que avança, finta Espir e vence, a perícia de Marne, empatando a partida aos 22 minutos de jogo.
3º — Internacional (Levi)
Acácio centra e Levi emenda formidavelmente, no ar, elevando a contagem colorada para 2, aos 34 minutos de jogo.
4º — Cruzeiro (Aita)
Cascão centra. Marcelo avança e pula para defender, mas Lauro cabeceia e Aita entra, empatando a partida aos 40 minutos de jogo.
2º TEMPO
5º — Cruzeiro (Lauro)
Os cruzeiristas carregam. Cascão centra. Marcelo tenta defender, mas a pelota escapa-lhe e Lauro manda ao fundo das redes aos 4 minutos.
6º — Cruzeiro (Artigas)
Artigas recebe a pelota de Bernardino e atira na cidadela vermelha, vazando-a, enquanto Marcelo fica inativo. 18 minutos do 2º tempo.
7º — Internacional (Sílvio)
Pênalti de Espir que Sílvio converte no 3° tento colorado aos 20 minutos de jogo.
8º — Internacional (Castillo)
Castillo, em magnífico tiro enviesado, empata mais uma vez a partida, aos 26 minutos do 2º tempo.
9º — Cruzeiro (Bernardino)
Aos 41 minutos do 2º tempo, Bernardino surpreende Marcelo com um potente tiro de canto, que transpõe o quadrilátero rubro, assinalando, assim, inesperadamente, o 5º e último gol do Cruzeiro, ou seja, o almejado tento da vitória.
Gols não consignados
Em virtude de terem sido feitos com infrações, o juiz não consignou três tentos do Internacional marcados por Sílvio, Souza e Castillo.
MOVIMENTO TÉCNICO
Cruzeiro
Defesas de Marne 11 11 22
Intervenções 6 5 11
Fouls 5 3 8
Hands 1 2 3
Corners 5 5 10
Off-sides 3 0 3
Pênaltis 0 1 1
Gols 2 3 5
Internacional
Defesas de Marcelo 1 5 6
Intervenções 1 1 2
Fouls 7 4 11
Hands 3 1 4
Corners 0 2 2
Off-sides 2 2 4
Pênaltis 2 2 4
Gols 0 0 0
O JUIZ
Dirigiu o encontro de ontem o desportista Valdomiro Vasques, (Miro), do Força e Luz, que agiu discretamente, como de costume.
A PRELIMINAR
Antecedendo ao encontro principal, bateram-se as esquadras secundárias, tendo os colorados alcançando fácil triunfo, pelo elevado escore de 5 x 1.
Os quadros degladiantes estavam assim formados:
Internacional — Júlio; Álvaro e Sadi; Simão, Nenê e Celso; Paiva, Dorval, Valico, Moacir e Velinho.
Cruzeiro — Tielet; Pedro e Antônio; Bruno, Deste e Aguado; Zanini, Alemão, Otacílio, Universino e Coutinho.
Juiz — Alfredo Zanini, que agiu a contento.
Fonte: A Federação (RS), 16/11/1937, ano 1937, n. 254, p. 4. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/388653/82959. Acesso em: 23 mai. 2025.

O Internacional perdeu para o Cruzeiro por 5 a 4.
Fonte: Jornal do Commercio (RJ), 17/11/1937, ano 1937, n. 040, p. 2. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/364568_12/51494. Acesso em: 22 mai. 2025.

O CRUZEIRO VENCEU O INTERNACIONAL
PORTO ALEGRE, 16 (A. M.) — No jogo de ontem, o Cruzeiro derrotou o Internacional pelo score 5 x 4.
Fonte: O Jornal (RJ), 17/11/1937, ano 1937, n. 5653, p. 13. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/110523_03/41654. Acesso em: 22 mai. 2025.

BRILHANTE REAÇÃO realizou o Cruzeiro, da capital gaúcha. Vencido ultimamente pelo Grêmio, por 5 a 0, abateu o Internacional, logo a seguir, por 5 a 4. Tupan não fez parte da equipe do Cruzeiro. O maior elemento deste, e de todo o jogo, foi o arqueiro Marne.
Fonte: A Tribuna (SP), 18/11/1937, ano 1937, n. 207, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/153931_01/40414. Acesso em: 22 mai. 2025.