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05/03/1941 - Amistoso - Internacional 2 x 4 Gimnasia y Esgrima-ARG

O GYMNASIA Y ESGRIMA, DE BUENOS AIRES, QUER VIR A PORTO ALEGRE
Afonso Dolce, o conhecido "match-maker", em carta ao Grêmio Porto Alegrense, apresenta bases para uma temporada
Por diversas vezes temos nos ocupado da extraordinária atividade de Alonso Dolce como empresário de jogos de futebol. O dinâmico "match-maker" não descansa. Mal termina uma temporada, ele inicia negociações para outros espetáculos, movimentando sem cessar os clubes de mais prestígio e de maior projeção da capital argentina. É indiscutível o mérito do homem nesse genero de ação.
Quando Dolce passou de avião por esta capital avistou-se ligeiramente com o dr. Nilo Ruschel, diretor do Departamento Central dos Festejos do Bicentenário da Cidade, a fim de promover a visita do poderoso esquadrão do Gimnasia y Esgrima de la Plata a Porto Alegre. O forte time de Hirschl, o famoso treinador húngaro, se encarregaria de fechar com chave de ouro a temporada desportiva internacional oferecida ao público metropolitano, através de prélios memoráveis.
Nada de positivo ficou assentado naquele rápido entendimento. Tudo faz crer que ante o fracasso financeiro da excursão do Rampla Juniors não tenhamos o apoio da Prefeitura na visita do Gimnasia y Esgrima. Os uruguaios perceberam 40 contos de réis por dois jogos, tendo a F. R. G. D. recebido 8 contos. Mais algumas despesas elevaram a temporada internacional futebolística a exorbitante cifra de 50 contos de réis.
As duas partidas produziram cerca de 24 contos, logo temos um prejuizo de 26 contos de réis, o que constitui sério entrave ao apoio do poder municipal na falada vinda do Gimnasia y Esgrima, de Buenos Aires.
Mesmo assim, Alfonso Dolce trabalha com afinco, no sentido de promover a estreia dos "gimnasianos" nesta capital, por ocasião da grande "gira" que vão encetar dentro do país.
Em carta, dirigida ao Grêmio Porto Alegrense, Dolce oferece as datas disponíveis. Se o Gimnasia começar pela capital sulina pode exibir-se a 5, 7 e 12 de janeiro, em partidas noturnas, mediante 50 contos, se forem dois os compromissos o preço é de 40 contos.
Se os mentores do futebol da cidade desejarem observar a campanha dos argentinos no Brasil e jogar com eles em último lugar, as datas disponíveis são: de 23 a 27 de fevereiro, pelas mesmas importâncias.
Nada ainda foi resolvido em definitivo.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 278, 19 dez. 1940, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/3843. Acesso em: 18 jun. 2025.

O GYMNASIA IRÁ AO SUL
Porto Alegre, 20 (A.N.) — No próximo dia 2 de fevereiro terá início nesta capital a temporada internacional de football entre os clubes locais e o Gymnasia y Esgrima, de Buenos Aires. Serão disputadas três partidas nos dias 2, 5 e 9.
Fonte: Correio da Manhã (RJ), n. 14176, 21 jan. 1941, p. 10 . Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/089842_05/4870. Acesso em: 18 jun. 2025.

PREPARAM-SE OS GAÚCHOS PARA RECEBER O GIMNASIA
TREINOS SEVEROS
Grêmio e Internacional enfrentarão o clube argentino
O Gymnasia y Esgrima de La Plata, esta empreendendo atualmente uma longa excursão pelo Brasil, representando o foot-ball argentino, que desfruta entre nós, solido e merecido prestígio.
Os platinos começaram o intercâmbio footbalístico com o "soccer" indígena visitando a Bahia, deverão jogar nesta capital, em Belo Horizonte, na Pauliceia, no Paraná, terminando a excursão em Porto Alegre.
EM CURITIBA
Noticiam da capital do Paraná, que há grande animação para os jogos internacionais com os "men sana" platenses, que, de acordo com as informações telegráficas, estreariam, ali a 2 de março, ou seja, no mesmo dia fixado para o seu primeiro jogo em Porto Alegre.
EM PORTO ALEGRE
As dúvidas, entretanto, parecem não ter razão de ser, resultando, possivelmente, de qualquer mal entendido, já que as exibições do grêmio argentino estão definitivamente assentadas para os dias 2, 5 e 9.
O Internacional, a fim de tomar as primeiras providências relativas ao preparo de sua equipe representativa, reuniu em sua sede anteontem, às 20 horas, todos os seus jogadores.
Também ao que estamos informados, o Grêmio reiniciará muito breve, os exercícios de conjunto, de maneira a encontrar-se em perfeita forma para o encontro com o Gymnasia y Esgrima, cujas exibições na cidade do Salvador mereceram rasgados elogios da crítica baiana.
EM S. PAULO
A estreia do Gymnasia y Esgrima em São Paulo dar-se-á, segundo informa a imprensa bandeirante, a 2 de fevereiro próximo.
Depois deste embate, o clube portenho deverá entrentar o Corinthians e o Palestra.
Fonte: O Imparcial (RJ), n. 1743, 29 jan. 1941, p. 14. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/107670_04/4872. Acesso em: 18 jun. 2025.

PREPARAM-SE OS GAÚCHOS PARA ENFRENTAR O GYMNASIA Y ESGRIMA
PORTO ALEGRE, 3 — (Agência Nacional) — Já tiveram início os preparativos dos quadros locais que se terão de medir com o Gymnasia y Esgrima, nesta capital, cuja estreia dar-se-á no dia 2 de março.
Fonte: Diário de Notícias (RJ), n. 5606, 04 fev. 1941, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093718_02/4395. Acesso em: 18 jun. 2025.

— Depois de amanhã, à noite, o Gymnasia y Esgrima fará o segundo encontro da temporada, enfrentando o Internacional.
Fonte: Jornal do Commercio (RJ), n. 129, 03 mar. 1941, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/364568_13/5685. Acesso em: 18 jun. 2025.

MAIS UM JOGO DO GYMNASIA
Porto Alegre, 6 (“Correio da Manhã") — O quadro do Gymnasia y Esgrima jogará contra o Internacional reforçado com Tombel, na direita; Paradella, na esquerda, e quanto a Scarone, figurará no centro. Assim a coluna vertebral foi fortalecida para o jogo contra o campeão estadual.
Fonte: Correio da Manhã (RJ), n. 14214, 07/03/1941, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/089842_05/5418. Acesso em: 18 jun. 2025.

AMISTOSO - INTERNACIONAL 2 X 4 GIMNASIA Y ESGRIMA-ARG
Data: 05/03/1941
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Renda: 24:000$000
Juiz: Otto Pedro Bumbel
Expulsão: Scarrone (G).
Gols: Cerioni ?’/1 (G); Gradín ?’/1 (G); Russinho ?’/1 (I); Cerioni ?’/1 (G); Videl ?’/2 (G); Pirillo, pênalti ?’/2 (I).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Risada; Osvaldo Brandão, Felix Magno e Assis; Tesourinha, Russinho, Pirillo, Ruy Motorzinho e Carlitos. Técnico: Artur Torreani.
GIMNASIA Y ESGRIMA-ARG: Monilari; Emanuelio e Blanes; Paradella, Scarone (Zava) e Tombell; Gradín, García, Speloni, Fidel e Cerioni. Técnico: Emerich Hirschl.

DOIS PLAYERS GAÚCHOS COBIÇADOS PELO GYMNASIA Y ESGRIMA DE BUENOS AIRES
BUENOS AIRES, 14 (Reuter) — Os dirigentes do clube Gymnasia y Esgrima, de La Plata, que acabam de regressar de demorada viagem ao Brasil, declararam hoje. aos jornalistas, que têm grande interesse em contratar os jogadores brasileiros Tesourinha, pertencente ao quadro do Internacional, de Porto Alegre, e Noronha, center-half que integra outra equipe da mesma cidade.
Fonte: Diário Carioca (RJ), n. 3908, 15 mar. 1941, p. 11. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093092_03/4444. Acesso em: 18 jun. 2025.

O GYMNASIA Y ESGRIMA EM PORTO ALEGRE
Para abertura da temporada foot-balística de Porto Alegre, os aficionados do esporte bretão tiveram o feliz ensejo de conhecer o valoroso “team” argentino Gymnasia y Esgrima, que, depois de uma longa excursão pelo norte do nosso país, chegou à capital gaúcha, já de regresso á sua patria. Os portenhos vinham sendo esperados com a mais viva ansiedade, pois os apreciadores do foot-ball há muito tempo achavam-se privados deste prazer. A chegada do conjunto portenho satisfaria o desejo ardente dos esportistas portoalegrenses.
[...] A família colorada contava com absoluto otimismo, o triunfo do Internacional, campeão do Estado, diante do empate dos portenhos com o Grêmio, que atualmente acha-se com a sua equipe bastante enfraquecida. O segundo compromisso do Gymnasia nesta capital era, portanto, com os campeões do Estado. Como no foot-ball não há lógica, tudo sucedeu inversamente...
O técnico húngaro Hirschl, do Gymnasia, fez com grande felicidade acertadas modificações no “onze” portenho, melhorando-o sensivelmente. O arqueiro Muniz, que havia jogado na primeira partida, foi afastado, sendo substituído pelo excelente guarda-meta Mollinari. No centro da “intermediária” Zava cedeu o posto a Scarrone e, finalmente, na vanguarda, Fidel, o consagrado “scratchman” argentino, foi incluído. Estes três valiosos elementos deram vida nova ao conjunto de Hirschl. Nesta partida os argentinos desfizeram completamente a impressão desfavorável criada na sua estreia. O Gymnasia neste cotejo portou-se divinamente. A defesa agiu sólida, segura e eficazmente. Mollinari, que foi a figura de maior vulto da noitada, teve uma atuação extraordinária. Mollinari é um grande guardião. Na defesa, Scarrone foi outro grande elemento. Defendeu e auxiliou o ataque com muita segurança. Na ofensiva portenha, Fidel e Serioni foram os melhores. Os demais defensores da camiseta azul-celeste, comportaram-se muito bem. A vitória dos companheiros de Molinari foi merecida.
O S. C. Internacional teve uma atuação muito aquém do que se esperava. O “rolo compressor” da cidade agiu embaraçadamente. A sua defesa, principalmente a linha média, jogou desatinadamente, não dando o menor apoio à vanguarda, o que obrigou a exagerada descida dos “insiders”, que veio, por sua vez, ocasionar o desconjuntamento do ataque. Em suma, o “onze” colorado andou mal... os nomes que conseguem algumas palavras elogiosas são apenas Júlio, Alfeu e Tesourinha.
Sylvio Pirillo, ex-defensor da jaqueta rubra, ora defendendo as cores do Peñarol, de Montevidéu, achando-se atualmente em Porto Alegre, em visita a sua familia, voltou a envergar a camiseta de seu antigo clube. Sua presença no centro do ataque local pouco se fez notar. Sua atuação foi bastante discreta.
O primeiro tempo findou com o resultado de três a um para os visitantes. Serioni, Gradim, Russinho e Serioni, novamente, foram os goleadores. Na segunda fase, Vidal e Pirillo (pênalti) conseguiram mais um ponto cada um.
Fonte: RODRIGUES, Roberval. Sport Illustrado (RJ), n. 155, 27 mar. 1941, p. 28. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/182664/6094. Acesso em: 18 jun. 2025.

18/08/1940 - Citadino 1940 - 2º turno - Internacional 4 x 4 São José-RS

MODIFICADA A OFENSIVA DOS “ZEQUINHAS” PARA O MATCH COM OS COLORADOS
Bem poucas vezes o São José transtornou a trajetória do Internacional em todos os encontros que tiveram de  decidir dois pontos da tabela do campeonato.
O próximo cotejo dos "Zequinhas" com os colorados, à primeira vista, parece ter o mesmo destino, apesar do intenso entusiasmo que vai pelas hostes dos "brancos". Acontece que o clube do Passo da Areia modificou a sua ofensiva, considerada como o ponto ou o setor menos eficiente de seu XI. Uma importante substituição foi introduzida no esquadrão orientado por "Peixinho".
Dentista, o entre ala que não "anda" e abusa das fintas, cederá o lugar a Décio, o dinâmico forward da equipe secundária, que vem fazendo ótimas exibições. No último ensaio, Décio encheu as medidas do técnico. Tudo faz crer que o homenzarrão integre a equipe principal, formando o trio com Elustondo e Tsás.
O sexteto defensivo dos "alvos" será o mesmo. O público terá todos os titulares dos dois quadros, sendo apenas incerta a presença de Alfeu na zaga rubra.
Os simpatizantes do clube de Salvador Vinhas levam acentuadas esperanças no confronto de domingo, nos Eucaliptos, à rua Silveiro.
Ivo, Armando, Mabília, Zica ou Kucerat, Junção e Lobato estão dispostos e vender caro a derrota, se ela favorecer mesmo aos locais.
Os "diabos rubros" pretendem continuar na liderança. Nada abate ao ânimo dos dirigentes técnicos do "rolo compressor". Venceram ao Força e Luz e continuarão vencendo para gáudio da "torcida" mais numerosa" da cidade.
Espera-se o comparecimento de Osvaldo Marques, o impetuoso "comandante" da ofensiva vermelha, já em boas condições físicas.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 155, 15 ago. 1940, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093726_02/2333. Acesso em: 13 jun. 2025.

O “ROLO COMPRESSOR” NÃO TERÁ DOMINGO O CONCURSO DO CENTRO ATACANTE MARQUES
Os zequinhas apresentarão o seu quinteto modificado com a inclusão de Décio em lugar de Dentista
Os colorados conhecem de sobra o ardor e a combatividade dos Zequinhas, de forma que não se descuidarão um só instante, ainda mais que jogam o título de líder do campeonato frente ao esquadrão do Passo da Areia, ansioso por mais dois pontos na tabela.
Os "brancos" necessitam vencer para deixar o Cruzeiro em penúltimo lugar e o Força e Luz no posto derradeiro.
O compromisso não pode ser considerado muito fácil para os locais, desde que não está assegurada ainda a inclusão de Marques, o enérgico comandante dos "diabos rubros". Apesar de restabelecido da enfermidade que o afastou alguns dias da cancha, o atacante passofundense sofreu uma contusão no último ensaio, sendo bem possível o seu afastamento por precaução.
Em compensação, o entre ala canhoto Rui estará na equipe de Cavedini e Dilorenzi, já refeito do tornozelo. Magno ainda não figurará no XI, bem como Alfeu.
Mesmo assim, a confiança dos vermelhos é enorme. Animados pela "torcida organizada", os rapazes da Chácara dos Eucaliptos, em sua própria "grama", não darão trégua aos visitantes.
ENTUSIASMADÍSSIMOS OS "SANTOS"
A inclusão de Décio, na ofensiva veio encher de entusiasmos aos que acompanham de perto todos os movimentos e iniciativas do clube de Salvador Vinhas. [...]
No próximo domingo, a torcida tricolor estimulará aos "brancos", revidando a "torcida" de domingo passado dos colorados a favor do Cruzeiro.
AUTORIDADES E HORÁRIO
Representante, dr. Arnaldo Borsato, 1º secretário; juiz dos 2ºs quadros, Januário Sparano; bandeirinhas: 1ºs quadros: Guilherme Sroka e Antonio Motini e 2ºs quadros: Antônio Simoni e Jorge Maciel.
Dirigirá o jogo dos quadros principais à convite de ambos os contendores o juiz Virgílio Fedrighi.
Os quadros jogarão às 13,30 horas com 15 minutos de tolerância e os 1ºs às 15,30 horas.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 156, 16 ago. 1940, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093726_02/2345. Acesso em: 13 jun. 2025.

OS COLORADOS APRESENTAR-SE-ÃO, AMANHÃ, COM ALFEU NA INTERMEDIÁRIA
Os “zequinhas” tambem terão modificada a sua linha atacante
A intermediária dos colorados será modificada para o cotejo de domingo nos Eucaliptos, frente ao São José.
Alfeu, restabelecido, reaparecerá no XI do "rolo compressor", figurando na linha média. Assim, a "coluna vertebral" dos colorados apresentará a seguinte constituição: Alfeu — Assis e Pedrinho. Rubin baixou para a equipe secundária, consoante se verifica pela chamada oficial do Internacional.
O prélio de amanhã pelo campeonato da cidade, desperta muito interesse, em face das transformações da equipe rubra.
Carlos Dilorenzi, ainda ontrem, afirmou que Rui não participará, sendo que a linha seria a mesma que enfrentou o Força e Luz: Tesourinha — Russinho — Toreli — Castillo e Carlitos.
A nota da convocação dos craques colorados cita o enérgico e dinâmico entre ala esquerda, consequentemente não nos surpreenderá a inclusão de Rui no dia da partida.
A NOTA DO INTERNACIONAL
Para o jogo de amanhã domingo com o coirmão E. C. São José, a realizar-se em nosso campo, foram tomadas as seguintes deliberações:
Direção geral — a cargo do Presidente do Clube, sr. Hoche de A. Barros, auxiliado pelos demais diretores.
Direção de campo — A cargo dos respectivos diretores, srs. Carlos De Lorenzi e Orlando Cavedini.
Portões — a cargo dos Tesoureiros do Clube, srs. Dorval Fonseca e Rubens Miller Pereira, auxiliados pelos srs. designados pelo S. José.
Preços — 4$000 Pavilhão, 3$000 meio pavilhão — 3$ geral e 2$ meia geral.
Sócios — Terão entrada pelo portão geral, mediante apresentação da respectiva caderneta de identidade e recibo n° oito do corrente mês.
Aos sócios pede-se não levarem em sua companhia pessoas estranhas às suas famílias.
O local da Imprensa é destinado exclusivamente a ela e aos locutores desportivos das Estações de Rádio locais.
Jogadores — Os Diretores de Campo determinam o comparecimento em nosso campo às 13 horas, em ponto, dos segutntes jogadores:
Viafore — Tedesco — Olmiro — Ítalo — Clóvis — Celso — Gaspar — Rubin, Levin, — Só — Sebinho — Otávio — Rui — Catalani — Jorge — Divino e Moacir.
Às 15 horas, pontualmente, os seguintes:
Júlio, Marcelo, Álvaro, Risada, Alfeu, Assis, Pedrinho, Tesourinha, Russinho, Toreli, Rui, Carlitos e Castillo.
NOTA DO S. JOSÉ
Devendo o Esporte Clube São José defrontar-se amanhã com o coirmão Sport Club Internacional, o diretor técnico convoca para comparecerem no Estádio dos Eucaliptos, às 13 horas, em ponto os seguintes jogadores: Pereira, Heuser — Sampaio, Rebolo — Favorino — Kucerat — Manoel — Odete — Albceu — Dorval — Baiano — Alcântara — Bichinho e Gamada e às 14 horas no gramado do Passo da Areia, onde se fardarão e seguirão incorporados para o local da pugna os seguintes jogadores: Ivo — João de Barro — Mando — Mabília — Zica — Junção — Lobato — Javel — Dexo — Dentista — Tsás — Elustondo e Chinês.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 157, 17 ago. 1940, p. 15. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093726_02/2362. Acesso em: 14 jun. 2025.

Internacional e São josé lutam hoje nos Eucaliptos
OS “ZEQUINHAS” ESPERAM SURPREENDER OS “COLORADOS” NA CANCHA DOS EUCALIPTOS
Ambos os quadros apresentar-se-ão, hoje, com algumas modificações
O cotejo oficial do campeonato citadino, a ser travado na cancha da "Chácara dos Eucaliptos", está condicionado ao tempo.
Se a chuva cessar, teremos um prélio de boas proporções. Não se pode garantir o êxito dos colorados, ante as falhas que o esquadrão dos "diabos rubros" apresenta, conforme é de domínio público. Magno e Marques, por exemplo, são dois elementos que, por certo, não figurarão na equipe preparada por Orlando Cavedini e Carlos Dilorenzi.
Enquanto os torcedores dos vermelhos se preocupam, se inquietam com o estado de saúde de seus jogadores, os simpatizantes do São José conhecem o espírito de luta dos "brancos". Essa esperança avulta com a substitução feita na ofensiva dos "Zequinhas". É verdade que um ou outro fã dos "santos" mostra temor, dizendo que Décio costuma "gelar" no primeiro quadro. A responsabilidade do atlético atacante, consequentemente é dobrada. Um rápida palestra que mantivemos com Vitório Mabília, o capitão dos "alvos" do Passo da Areia, constatamos a extraordinária confiança que reina nas hostes dos visitantes. Eles sabem que os líderes levam de "barbada", por isso redobrarão os esforços para derrubar o prognóstico e marcar os dois ambicionados pontos na tabela.
VIRGÍLIO FEDRIGHI NA ARBITRAGEM
O conhecido árbitro carioca não foi muito feliz na última atuação. Espera-se para hoje um desempenho melhor, a fim de não comprometer o "cartaz". Virgílio, por ter sido escolhido de comum acordo, não aceitou o convite que lhe fizeram para apitar o "clássico" bageense (Grêmio x Guarany).
OS DOIS QUADROS DEGLADIANTES
Salvo modificações de última hora, Internacional e São José deverão apresentar as seguintes equipes:
Internacional: Marcelo; Álvaro e Risada; Alfeu (?), Assis, Pedro; Tesourinha, Russinho, Toreli, Castillo ou Rui, Carlitos.
São José: Ivo; Mabília e Armando; Zica, Junção, Lobato; Javel, Décio, Tsás, Elustondo e Cidrônio. [...]
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 158, 18 ago. 1940, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093726_02/2373. Acesso em: 15 jun. 2025.

CITADINO 1940 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 4 X 4 SÃO JOSÉ-RS
Data: 18/08/1940
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Renda: 7:401$000
Juiz: Virgílio Fedrighi, auxiliado por Guilherme Sroka e Antônio Motini.
Gols do Inter: Tesourinha, Carlitos e Russinho [2]. 
INTERNACIONAL: Marcelo; Álvaro e Risada; Alfeu, Nenê e Pedrinho; Tesourinha, Russinho, Torelli, Ruy Motorzinho e Carlitos. Técnico: Orlando Cavedini.
SÃO JOSÉ-RS: Ivo Winck; Armando e Mabília; Zica, Junção e Lobato; Javel, Décio, Alemão, Elustondo e Chinês. Técnico: Eunides Sardinha.

"Armando, Carlitos, Alfeu e Alemãozinho, quatro elementos de
destaque dos quadros do Internacional e São José e que, hoje,
à tarde, travarão um duelo de grandes proporções".
Fonte: Diário de Notícias (RS)

O QUADRO ZEQUINHA SURPREENDEU O CONJUNTO COLORADO QUE SOMENTE ALCANÇOU UM EMPATE
O jogo pertenceu mais ao bando do visitante, que desenvolveu-se com mais firmeza — Ivo e Zica foram as duas melhores figuras em cancha — Fraca a atuação do árbitro Virgílio Fedrighi
Nota: O texto da matéria se encontra quase todo ilegível no arquivo digitalizado da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 159, 19 ago. 1940, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093726_02/2383. Acesso em: 16 jun. 2025.

SUSPENSOS QUATRO CLUBES GAÚCHOS POR TRÊS MESES
Finalmente o Conselho Superior da Federação Brasileira de Football se reuniu na tarde de ontem, na sede da entidade, a fim de solucionar a palpitante questão criada pela entidade "gaúcha", que negou fornecer elementos para figurarem no scratch brasileiro.
Usou da palavra, inicialmente, o relator Camillo Pimentel, cujo voto foi pela suspensão dos clubes "gaúchos".
Houve muita discussão em torno do voto, tendo mesmo alguns conselheiros alterado o "veredictum". Depois de uma hora de debate, chegaram a uma conclusão. Suspenderam os quatro clubes que negaram jogadores, pelo prazo de três meses, e aplicaram aos diretores desses clubes uma suspensão por 6 meses.
SEM CAMPEONATO
Os clubes atingidos são: Grêmio Porto Alegrense; Sport Club Internacional; Esporte Clube São José e  Grêmio Esportivo Renner. Esses quatro clubes ficarão privados de disputar partidas interestaduais, partidas internacionais e não poderão disputar o campeonato local. Isso implica em dizer que o certame do Rio Grande paralisará, pois esses grêmios representam a força máxima da entidade local. Sobre os paredros, foram atingidos somente os que assinaram o manifesto contrário a F. B. F.
Fonte: O Radical (RJ), n. 3070, 30 ago. 1940, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/830399/19807. Acesso em:  16 jun. 2025.

07/07/1940 - Citadino 1940 - 2º turno - Internacional 2 x 5 Grêmio

VIRGÍLIO FEDRIGHI, árbitro carioca, acaba de receber telegrama do Rio Grande do Sul, determinando seu embarque para dirigir a Escola de Juízes.
Fonte: A Tribuna (RS), n. 074, 20 jun. 1940, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/153931_02/2582. Acesso em: 10 jun. 2025.

OS COLORADOS PREPARAM-SE PARA O CLÁSSICO DE DOMINGO PRÓXIMO
Nota: O texto da matéria se encontra quase todo ilegível no arquivo digitalizado da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 111, 02 jul. 1940, p. 5. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/1822. Acesso em: 10 jun. 2025.

FEDRIGHI ATUARÁ OS PRINCIPAIS ENCONTROS
PORTO ALEGRE, 3 (Serviço especial de A NOITE) — O árbitro carioca Sr. Virgílio Fedrighi, segundo ficou resolvido, dirigirá os principais encontros do campeonato gaúcho.
Fonte: A Noite (RJ), n. 10198, 02 jun. 1940, p. 15. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/348970_04/3279. Acesso em: 10 jun. 2025.

VAI PASSANDO A "SEMANA DO SACRIFÍCIO"...
Entre tricolores e rubros redobram os preparativos para o "clássico nº 1 da cidade, domingo próximo
ANSIEDADE
A expectativa vai ganhando corpo, assumindo proporções gigantescas. Todos fazem os seus prognósticos, antecipando a grande peleja clássica de domingo na "Chácara dos Eucaliptos", onde se ferirá o Grenal.
A inquietação é geral, marchando paralela ao interesse e intenso desejo para que chegue o dia do magno espetáculo.
A própria situação europeia vai ceder um pouco e dar lugar aos comentários futebolísticos. Os círculos desportivos não abandonam o passatempo predileto, a sua grande distração: o futebol.
Quarta-feira. Faltam quatro dias para o cotejo das emoções. Internacional e Grêmio sabem da enorme responsabilidade que pesa sobre os ombros, desde que o encontro se intitula "clássico numero um", é preciso justificar a fama e apresentar os jogadores em ótima forma física, técnica e tática.
Os ensaios se sucederão. O ambiente se equivale nos dois clubes.
O AMBIENTE COLORADO
O Internacional, dono do melhor "cartaz" da cidade, pretende prosseguir na marcha vitoriosa. Líder e invicto, no presente certame, lutará com forças centuplicadas para vencer outro sério obstáculo aos seus desígnios. Com oito pontos na tabela, a três do segundo colocado, os colorados não ignoram que mais um triunfo significa o maior passo para a conquista definitiva do almejado título de campeão, há três anos consecutivos em poder de seu adversario de domingo próximo.
Carlos Dilorenzi e Orlando Cavedini olham atentamente o estado dos pupilos. Afirma-se que os "diabos rubros" ainda sofrem do Intercruz, que deixou 4 ou 5 jogadores afastados dos treinamentos de conjunto, conforme nos afirmou ontem Carlos Dilorenzi. "Ainda não pude realizar um treino com todos os titulares". Afirmou o "coach" dos Eucaliptos.
O PANORAMA TRICOLOR
Há invulgar animação dos arraiais da "baixada". A recente excursão encheu de tristeza a torcida tricolor, que amargou com dois revezes e um único triunfo sobre uma equipe sem maior prestígio no cenário do futebol curitibano. Nota-se a necessidade de uma reabilitação, não só dos dois revezes sofridos fora do Estado, como do último fracasso imposto pelo Grêmio Sportivo Força e Luz, na véspera da excursão.
Qual o técnico que se imporá ante a torcida?
Aguardamos o domingo, que dará o veredito irretorquível.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 112, 03 jul. 1940, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/1833. Acesso em: 10 jun. 2025.

MAIS UM DIA QUE PASSOU!...
E três faltam passar para que finde a “semana do sofrimento” e saber-se qual o vencedor: Grêmio ou Internacional
ESTREIA DE FEDRIGHI
Passou mais um dia da "semana dos sofrimentos". Quinta-feira. Daqui a três dias teremos o espetáculo-máximo da torcida citadina. As dependências da rua Silveiro serão pequenas para comportar a verdadeira avalanche humana que pretende assistir segundo por segundo dos 90 minutos a serem proporcionados pelo GRE-NAL.
Tudo vem sendo carinhosamente preparado para o domingo. Hoje, os dois quadros farão ligeiros ensaios individuais. O Internacional treinará, pela vez derradeira, amanhã, quando espera estar com todos os titulares em condições. Alfeu, que acamara, se levantou ontem. A impressão dominante é que se pretende criar uma atmosfera propícia para um revés tantas são as reclamações decorrentes do Intercruz...
Russinho, depois que recebeu o ferimento na cabeça, ao se chocar com Espir, terá receio de cabecear com a mesma segurança e precisão, dizem os colorados ferrenhos.
Assim continua ressentido — adiantam outros — e não poderá produzir no mesmo nível anterior. Estas e outras desculpas são ouvidas nos cafés. Entretanto, a opinião geral da família colorada é que o título de líder-invicto se conservará intacto.
O "estribilho" da "baixada": O Grêmio ganha nos grandes momentos. Sempre foi e será assim... Para bem de todos, temos de vencer, caso contrário o campeonato perderá a graça e as rendas se irão água abaixo...
Mas, o grande público não acredita nos pretextos e "choro" dos contendores, sabendo que eles darão todas as energias em prol da vitória. Ninguém se aterá aos pormenores, antes do prélio-emoção, depois sim.
CADEIRAS NUMERADAS
A direcão dos colorados resolveu colocar quatro centenas de cadeiras numeradas, dentro da pista de atletismo, dando maior comodidade ao público, à razão de 10$000 cada uma. O pavilhão para o Grenal custará 5$000. Geral: 4$000.
VIRGÍLIO FEDRIGHI FARÁ SUA ESTREIA
O árbitro carioca, a ser contratado pela AMGEA, fará sua estreia no Grenal, o que constitui mais uma atração, domingo, no bairro do Menino Deus.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 113, 04 jul. 1940, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/1847. Acesso em: 10 jun. 2025.

RUBROS E TRICOLORES ESTÃO NOS ÚLTIMOS RETOQUES DAS EQUIPES
Telêmaco Frazão de Lima e Carlos Dilorenzi vigiam os craques — Não jogará o zagueiro Alfeu?
O GRENAL monopoliza a atenção da cidade. Os bastidores estão empolgados. Os desportistas comentam a grande peleja e aguardam com indisfarçável ansiedade o domingo. Os rumores em torno dos jogadores interessam, sobremaneira, despertando curiosidade redobrada. Os fãs querem saber o estado dos jogadores e a constituição dos quadros.
Em nossa edição de ontem, focalizamos algumas observações e a voz geral dos "apaixonados". Enquanto os colorados, inclusive os paredros, mostram, ao menos publicamente e ao proprio repórter, receio e inquietação quanto às possibilidades de Alfeu, Assis e Russinho, os tricolores demonstram confiança e vontade férrea de vencer, invocando até o "bem geral do futebol"...
O panorama, ainda hoje, não difere do de ontem. Os internacionalistas concentram-se em torno dos mentores, indagando da saúde deste ou daquele.
"Alfeu não jogará", sussurra um "enragé", acrescentando: "Ele mesmo declarou aqui no café que recém se levantou e nem treinou". Outro, mais informado, redargue: "Qual nada, o dr. Gildo afiançou que fez todos os movimentos com o tornozelo e que está em condições de atuar".
É muito comum este ambiente, nas vésperas dos cotejos sensacionais. No dia da partida o quadro se apresenta com todos os titulares. É o que se espera com os "diabos rubros", depois de amanhã.
Assim se escoam os dias da "semana do sofrimento".
O Grêmio, pela voz de seus dirigentes supremos, denota invulgar confiança para o "clássico" de domingo. A situação moral dos tricampeões da cidade assume contornos seríssimos. Para prestígio e confirmação de um longo passado de glórias, os tricolores se encontram na obrigação de vencer, não só para poderem aspirar o título máximo, como para Telêmaco Frazão de Lima continuar a ostentar sua fama de preparador e técnico. Carlos Dilorenal surge como um verdadeiro rival.
Telêmaco, calmo, tranquilo e cheio de esperança, teve que interromper a palestra que mantinha com próceres da "baixada" para nos atender.
— Que há com dario, professor?
— Ele anda dizendo que não está em condições e que não pode jogar. Eu só afianço uma coisa: hoje tem treino, se não treinar, não jogará! Pouco me importa que esteja em jogo um campeonato. A própria vida do clube poderia estar em xeque, mas em matéria de disciplina, sou intransigente. O Mario Pereira tem treinado com afinco e vem agradando. É bem possível que Mario forme ao lado de Luiz Luz.
— Qual será o time?
— Apresentarei o mesmo conjunto, Edmundo — Dario ou Mario — Luiz — André — Noronha — Laxixa — Mesquita — Vanário — Bazílio — Fogo e Duarte.
— E o juiz?
— Mas, há ainda dúvidas sobre a arbitragem? Creio que não. Aceito o Virgílio Fedrighi prazerosamente. Sou da opinião que ele deve ser o único árbitro de acordo com o que tem sido ventilado. Matamos de vez a tão debatida questão. Palestrei com o "referee" carioca e estou convencido de que conhece profundamente as regras do futebol, além de ter sido testemunha de suas boas atuações.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 114, 05 jul. 1940, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/1857. Acesso em: 10 jun. 2025.

GRÊMIO E INTERNACIONAL NUM GRANDE JOGO, DOMINGO, EM PORTO ALEGRE
PORTO ALEGRE, 4 (A. N.) — O mundo esportivo local aguarda com vivo interesse o clássico "great", que corresponde, com todas as suas características, ao Fla-Flu carioca. Os encontros entre o Grêmio e o Internacional, em todos os tempos, constituem sempre uma atracção sem similar, em qualquer outra competicão esportiva nesta capital. São dois velhos rivais, que revezam os seus triunfos, conquistados sempre através de ingentes esforços. O jogo de domingo constitui uma "revanche" que o Gremio pretende tirar do seu adversário, que o derrotou no turno, pelo escore de 3 a 2. O Internacional, por sua vez, quererá confirmar o seu triunfo sobre os tricolores, mantendo assim o título de invicto, que ostenta na presente temporada. Arbitrará o importante encontro de domingo o conhecido árbitro carioca Virgílio Fedrighi, ora nesta capital.
Fonte: A Tribuna (RS), n. 088, 05 jul. 1940, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/153931_02/2808. Acesso em: 10 jun. 2025.

AS ZAGAS DO GRE-NAL CONTINUAM A PREOCUPAR: DARIO NÃO JOGARÁ E ALFEU ESTÁ EM FORMA
Às vésperas do grande encontro, mostram-se reservados os técnicos — Fedrighi apitará
Nota: O texto da matéria se encontra quase todo ilegível no arquivo digitalizado da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 115, 06 jul. 1940, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/1867. Acesso em: 10 jun. 2025.

INTERNACIONAL X GRÊMIO
NÃO ESTÁ ASSEGURADA A INCLUSÃO DE ALFEU NO "CLÁSSICO Nº 1" DO FUTEBOL DA CIDADE
Ordem de “silêncio absoluto” nas hostes rubras, antes do encontro — Tomados de superstição os jogadores — Telêmaco também se recusou a escrever ou a falar
Nota: O texto da matéria se encontra quase todo ilegível no arquivo digitalizado da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 116, 07 jul. 1940, p. 14. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/1883. Acesso em: 10 jun. 2026.

CITADINO 1940 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 2 X 5 GRÊMIO
Data: 07/07/1940 
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS) 
Renda: 26:250$000 
Juiz: Virgílio Fedrighi 
Gols: Foguinho 5’/1 (G); Marques 22’/1 (I); Duarte 42’/1 (G); Cézar Basílio 6’/2 (G); Cézar Basílio 13’/2 (G); Duarte 21’/2 (G); Marques 41’/2 (I). 
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Risada; Assis, Felix Magno e Pedrinho; Tesourinha, Russinho, Marques, Ruy Motorzinho e Carlitos. Técnico: Orlando Cavedini. 
GRÊMIO: Edmundo; Mário e Luiz Luz; André, Noronha e Laxixa; Mesquita, Vanário, Cézar Basílio, Foguinho e Duarte. Técnico: Telêmaco Frazão de Lima.

"O valente quadro colorado, líder invicto da cidade no
corrente ano, que disputará domingo uma partida, quase
que decisiva contra o seu tradicional rival, o Grêmio Porto
Alegrense, que vai ao campo em busca de uma "revanche"
da derrota que lhe infligiu o clube colorado no jogo do 1º
turno, por 3x2, vendo-se, da esquerda para a direita,
Marques, Pedrinho, Assis, Tesourinha, Russinho, Risada,
Alfeu, Júlio, Carlitos, Magno e Rui".
Fonte: Diário de Notícias (RS)
"Virgilio Fedrighi, que fez sua estreia".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"Fase do jogo. Vanário aproximou-se do arco. Júlio,
arqueiro do Internacional, foi ao seu encontro e Vanario
chutou, mas a bola vai fora".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"A fisionomia de Júlio exprime o seu susto. Foi deveras
perigoso o arremesso do 'velho', Fogo, em uma das suas
esplêndidas tardes. Cezar, Risada e Alfeu mais ao fundo,
observam, com sensações diferentes, a pelota fugir...
raspando a trave...".
Fonte: Sport Illustrado (RJ).

REABILITOU-SE O GRÊMIO VENCENDO ESMAGADORAMENTE O INTERNACIONAL
O placar encerrou com a contagem insofismável de 5x2 — Magno, contundido, não atuou no segundo tempo — Com dez homens, os rubros não resistiram à coesão dos tricampeões — Foguinho foi o “cérebro e ação” da vitória
GRÊMIO: 5
Gols de Fogo (5), Duarte (42), Bazílio (50 e 55) e Duarte (66).
INTERNACIONAL: 2
Gols de Marques (21 e 82).
OS QUADROS: GRÊMIO
Edmundo — Mario — Luiz — André — Noronha — Laxixa — Mesquita — Vanário — Bazílio — Fogo e Duarte.
INTERNACIONAL
Júlio — Alfeu — Risada — Assis — Magno — Pedro — Tesoura — Russo — Marques — Rui e Carlitos.
Árbitro: Virgílio Fedrighi.
2ºs quadros:
Internacional: 3
Grêmio: 0
Árbitro: Aparício Viana e Silva.
Renda: 26:250$000
O ambiente estava mesmo preparado para a derrota do líder-invicto do campeonato citadino de futebol. Pelas declarações dos principais responsáveis pelo "rolo compressor", notava-se uma inquietação velada, um acentuado pressentimento. De fato as condições físicas dos colorados não corresponderam. Não queremos com isso, nem de leve, desmerecer o retumbante e justíssimo êxito do tricampeão da cidade, que se jogou inteiro no "clássico". Desde os minutos iniciais, os tricolores se impuseram, demonstrando vontade férrea em vencer, como de fato venceram de modo insofismável. O esquadrão de Carlos Dilorenzi não demonstrou o mesmo nível de produção. A defesa num dia infeliz culminando as falhas na zaga. Júlio agravou a situação, dominado por verdadeiras crises de nervos. O desempenho da intermediária local também não correspondeu. Os gremistas, coesos, voluntariosos, agiam numa verdadeira sincronização. Todos se moviam com o mesmo objetivo. A ofensiva chegou a assombrar, em face de suas atuações anteriores. A etapa complementar decretou o debacle dos rubros, ante a deserção de Félix Magno, contundido num choque com Vanário. Com dez homens, o vanguardeiro do campeonato não resistiu ao "train" tricolor e foi amplamente dominado.
O espetáculo decorreu dentro da máxima disciplina, muito bem controlado pelo árbitro carioca Virgílio Fedrighi, que teve um desempenho corretíssimo. Um árbitro de mão cheia. Justificou o "apito de ouro". Na equipe secundária, o Internacional venceu. Foi expulso o médio gremista Válter por ação violenta. Na segunda etapa, o Grêmio perdeu outro homem por contusão, jogando, então, com 9 homens.
TRABALHOU BASTANTE A TORCIDA
Flâmulas, cartazes e Vicente Rao na regência... O Grêmio também desabafou pedindo "mais
um"...
O Departamento de Cooperação e Propaganda do Internacional não teve seus esforços compensados. A tenaz campanha de arregimentação, as flâmulas, os cartazes, a "sincronização", nenhum efeito ou estímulo trouxe ao escore do Grenal.
O "bolido da baixada" nada respeitou. A torcida tricolor tambem desabafou. A reabilitação foi ampla. O primeiro período entravou um pouco a expansão dos adeptos tricolores, que só puderam extravasar os "recalques" no 42º minuto, quando Duarte fez um golo estilo "câmera lenta".
A "torcida sincronizada" de Vicente Rao incitou os jogadores rubros, demonstrando ter compreendido a sua finalidade.
Mas o entusiasmo cedo arrefeceu. Um pressentimento mau invadiu as hostes coloradas, ante a ação superior dos vistantes dominadores absolutos da situação, a partir do 25º minuto.
Os tricolores, então, passaram a usar as frases coloradas "Júlio! Júlio! Mais um"...
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 117, 08 jul. 1940, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/1892. Acesso em: 10 jun. 2025.

O FOOT-BALL NO RIO GRANDE DO SUL
GRÊMIO X INTERNACIONAL
NO ESTÁDIO DOS EUCALIPTOS
Em prosseguimento ao 2º turno de seu campeonato, a A. M. G. E. A. fez disputar o "clássico dos clássicos" entre os tradicionais rivais Grêmio e Internacional. Ao Estádio dos Eucaliptos compareceu um grande público, ávido por uma partida sensacional, como, aliás, são todas as que disputam os velhos rivais. E este público não saiu logrado, pois a partida foi boa, apesar do domínio do Grêmio sobre seu adversário.
Gremio — Excelente foi a sua performance. Ajustado em todos os setores, principalmente no intermediário, onde pontificam as figuras insubstituíveis de Noronha e Laxixa, o Grêmio não teve dificuldades em abater os colorados. Noronha e o meia Foguinho foram as maiores figuras em campo. Muito calmo, exímio controlador do jogo baixo e insuperável no jogo alto, o jovem centro-médio tricampeão repetiu as jogadas que o consagraram como um dos melhores do Brasil em sua posição. Foguinho, o grande e infatigável animador do ataque tricolor, teve uma soberba atuação. Os demais da linha estiveram ótimos, principalmente Bazílio e Duarte, os goleadores. Na zaga Luiz Luz mais técnico e calmo que Mario, o qual, apesar de vir da equipe secundária, atuou muito bem. Edmundo no arco esteve impecável.
Internacional — IrreconhecÍvel o até então lÍder invicto do campeonato. Falho na zaga, falho na intermediária, medíocre no ataque, o Internacional decepcionou a seus fãs. Apenas um ou outro elemento destacou-se. Assim, Marques reabilitou-se plenamente de suas atuações. Seguiram-lhe em ordem Pedrinho, Tesourinha e Risada. Alfeu esteve nulo, pois entrou no campo lesionado. E com a saída de Magno, o Internacional ficou apenas com 10 homens, entregando-se então completamente.
O JUIZ
Como juiz contratado pola A. M. G. E. A. fez sua estreia o consagrado árbitro sul-americano Virgílio Fedrighi. Sua atuação precisa, enérgica e, acima de tudo, honesta, agradou a todos.
OS GOLS
1º — Grêmio (Foguinho). Aos 5 minutos. Recebendo de Mesquita, Foguinho fechou sobre o arco e a poucos passos fulminou: 1x0.
2º — Internacional (Marques). Aos 22 minutos. Um ótimo passe de Russinho foi aproveitado por Marques, que num violento chute fez estremecer as redes de Edmundo, no ângulo superior esquerdo.
3º — Grêmio (Duarte). Aos 42 minutos. Mesquita centra rasteiro. A bola cruza pela frente do arco e encontra Duarte, que entra com bola e tudo. 2x1. Assim finda o 1º tempo.
4º — Gremio (Bazílio). Aos 6 minutos do 2º tempo. Aproveitando ótima centrada de Duarte e sem ser incomodado, Bazílio assinala o 3º ponto para os seus.
5º — Grêmio (Bazílio). Aos 13 minutos. Desce Vanário com a bola e já dentro da área entrega a Bazílio. Este vira rapidamente vencendo Júlio.
6º — Grêmio (Duarte). Aos 21 minutos. Foguinho, após uma série de fintas entrega otimamente a Duarte que desfere o canhonaço: 5x1.
7º — Internacional (Marques). Aos 41 minutos. O público já se retirava quando Marques encerrou a contagem, com vigoroso golpe de cabeça.
OS QUADROS
Grêmio — Edmundo; Mario e Luiz Luz; André, Noronha e Laxixa; Mesquita, Vanário, Bazílio, Foguinho e Duarte.
Internacional — Júlio; Alfeu e Risada; Assis, Magno e Pedrinho; Tesourinha, Russinho, Marques, Ruy e Carlitos.
Renda — 26:250$000.
Juiz — Virgilio Fedrighi — Ótimo.
Fonte: Sport Illustrado (RJ), n. 122, 08 ago. 1940, p. 22. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/182664/4308. Acesso em: 10 jun. 2025.

19/05/1940 - Citadino 1940 - 1º turno - Internacional 7 x 1 Força e Luz

OS COLORADOS RECEBERÃO HOJE NO ESTÁDIO DOS EUCALIPTOS OS RAJADOS
Os rapazes da Carris serão gratificados com duzentos mil réis cada um se vencerem o prélio de hoje
Mais algumas horas e teremos desvendada a sexta incógnita do campeonato de futebol da cidade. Os dois enigmas serão representados pelo Internacional e pelo Força e Luz. Sobre as possibilidades dos dois adversários, a imprensa tem esgotado o assunto. Muito pouco se pode adiantar aos leitores.
Não paira dúvida no desejo inospitado dos degladiantes se adjidicarem os dois pontos, de enorme valor da tabela. Os pontos representam uma verdadeira escada com determinado número de degraus. Quem galgar mais degraus aproxima-se da meta, que é o título máximo. A escada deste ano é bastante longa. Aumentou com a inovação do turno neutro.
O "degrau" do Força e Luz representa ser muito maior que na realidade. É que o Internacional atravessa esplêndido estado de preparo segundo afiançam os seus treinadores. [...] por uma reabilitação, os rajados esperam ultrapasar o obstáculo, estando devidamente animado. Eles não desconhecem o valor do antagonista também cheio de disposicão para conservar o honesto posto de líder.
Ao cronista, as perspectivas são mais claras, desde que invoca a lógica, apesar dela ser muito volúvel. O balanço das atuações dos colorados e rajados deixa um saldo gigantesco para aqueles. Prevalecendo a lógica, teremos, indiscutivelmente o triunfo líquido dos locais.
O "ROLO COMPRESSOR" INTACTO
É bem possível que os boatos circulantes nasceram para estimular os rapazes da Carris. Anunciaram que Russinho, participando do Torneio da Faculdade de Direito, ontem realizado, não seria incluído no cotejo de hoje. Adiantavam que Rui estava enfermo e citavam outros disputantes. Junto ao desportista Carlos Dilorenzi, um dos responsáveis pelo XI rubro, apuramos que nada havia de positivo. Tudo não passava de invencionices, tão comuns nas esperas dos matches oficiais. O Internacional pisará à cancha com o time completo.
Eis o quadro do "rolo compressor": Júlio — Alfeu e Risada — Assis — Magno e Pedrinho — Tesourinha — Russinho — Marques — Rui e Carlitos.
O ESQUADRÃO RAJADO
Os pupilos de Álvaro Silveira estão no limiar de mais uma "prova de fogo". Os prognósticos não lhes são muito favoráveis. O certo, porém, é que se empregarão com todas as energias para se reabilitarem, desmanchando a péssima impressão deixada nos confrontos oficiais.
A organização do quadro será a seguinte: Aristeu — Hugo e Jorge — Juvêncio — Brandão — Abigail — Zequita — Salvador — Acácio — Tobis e Pesce.
O TENENTE VALENTIM BARRETO FOI SORTEADO ÁRBITRO
Já estampamos ontem, em primeira mão, o sorteio do árbitro. A sorte elegeu o desportista Valentim Barreto, que já tem atuado em nossos gramados. S. s. melhorou sensivelmente e virá a ser um dos bons árbitros da AMGEA, ou melhor, fará companhia a Valdomiro Vasques, que ocupa, atualmente, posto de destaque no quadro especial da "metropolitana". Dirigirá o jogo dos quadros secundários Natálio Hackmann. Servirão de bandeirinhas: Antônio Santos de Castro e Jorge Maciel. Representará a máter local o 2º vice-presidente Edmundo Lemos [...].
Fonte: Diário de Notícias (RS), 19/04/1940, ano 1940, n. 067, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093726_02/1388. Acesso em: 09 jun. 2025.

CITADINO 1940 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 7 X 1 FORÇA E LUZ
Data: 19/05/1940
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Renda: 5:750$000
Juiz: Valentim Barreto
Gols: Russinho 3’/1 (I); Tobis 4’/1 (F); Russinho 5’/1 (I); Russinho ?’/1 (I); Marques 41’/1 (I); Tesourinha ?’/2 (I); Carlitos 26’/2 (I); Marques 44’/2 (I).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Risada; Assis, Felix Magno e Pedrinho; Tesourinha, Russinho, Marques, Ruy Motorzinho e Carlitos. Técnico: Orlando Cavedini.
FORÇA E LUZ: Aristeu; Hugo e Borges; Juvêncio, Osvaldo Brandão e Abigail; Zequita, Salvador Arísio, Acácio, Tobis e Filhinho. Técnico: Álvaro Silveira.

UM ESCORE RARAS VEZES REGISTRADO
O Força e Luz, numa péssima exibição, perdeu para o Internacional: 7x1
SALVADOR CONTUNDIDO
Nem o estímulo do dinheiro conseguiu dar ânimo aos rajados, que sofreram uma tremenda goleada. Os prêmios e as apostas não surtiram o efeito.
A debacle evidenciou-se nos primeiros minutos. A anunciada reabilitação ainda não surgiu. Aconteceu exatamente o contrário: numa exibição abaixo da crítica e um verdadeiro "dilúvio de gols". Exultaram-se os fãs do "rolo compressor". Os pupilos de Cavedini e Dilorenzi fizeram uma boa demonstração, movimentando-se com bom entendimento e infiltrando-se com rapidez e justeza. Uma fácil vitória para a jaqueta vermelha.
A defesa sólida sempre esteve presente, exercendo ótima marcação. É verdade que os rajados, lá pelos 15 minutos, viram-se privados de Salvador, passando a atuar com 10 homens. [...] Mas a presença de espírito fugiu do cérebro dos jogadores atabalhoados dentro da cancha.
Ninguém guardava as posições. Aristeu, Tobis e Abigail ainda tiveram alguns méritos. Os demais portaram-se obscuramente.
SAÍDA FULMINANTE
Em cinco minutos de jogo os dois quadros registraram três conquistas. Os rubros abriram a contagem no terceiro minuto, por intermédio de Russinho, num centro de Carlitos. Apenas meio minuto durou a vantagem. Filhinho endereça com violência e Júlio defende, sem reter a "redonda". Tobis, bem colocado, estabelece o equilíbrio no marcador. Trinta segundos mais tarde, Cartlitos centra e Russinho, em posicão difícil, cabeceia para dentro das malhas (1x1).
Marques, num tete-a-tete, atira nas nuvens... Salvador contunde-se seriamente e abandona a partida, para não mais regressar. Os colorados demonstram superioridade e impressionam favoravelmente. Numa falta, Carlitos executa o chute. Aristeu falha no salto e Russinho cabeceia, acossado por Borges, com felicidade (2x1). Marques, aos 41 minutos consolidou com "cimento armado" as cifras, acertando em cheio. Finalizaram os primeiros 45 minutos.
ASSEGURADO O ESPLÊNDIDO TRIUNFO
O embate estava decidido. A superioridade do "rolo compressor, muito mais "azeitado", era flagrante. Reiniciada a etapa complementar com dez homens, ninguém teve dúvidas que o escore galgaria às alturas. E, realmente, as cifras atingiram aspecto quilométrico.
As investidas rubras, bem conduzidas, foram frutificando. Tesosrinha aumentou o escore [...] num lance belíssimo, de fora da área. Escorou com a direita, evitando um adversário, e apontou com a "canhota", no ângulo superior direito, aos 62 minutos. Uma saída em falso de Aristeu redundou no sexto contraste, agravando a situação. Carlitos aproveitou habilmente o latre (6x1), aos 71 minutos.
No penúltimo minuto, Marques obtém magnífico ponto, escorando no ar uma despejada de Carlitos. Estava encerrada a contagem: sete a um!
Renda: 5:750$000. Juiz: tenente Valentim Barreto: bom.
Os quadros: INTERNACIONAL — Júlio — Alfeu e Risada, Assis — Magno — Pedrinho — Tesourinha — Russinho — Marques — Rui e Carlitos.
FORÇA E LUZ — Aristeu — Hugo e Borges — Juvêncio — Brandão — Abigail — Zequita — Salvador — Acácio — Tobis e Filhinho.
Os melhores: Russinho, Magno, Alfeu, Risada, Júlio, Carlitos, Rui e Pedrinho; Tobis e Abigail.
— Os "diabos rubros" triunfaram, igualmente na preliminar. Os rajados só atuaram com 9 homens, em grande parte dos 90 minutos, resistindo valentemente, tanto que na segunda fase o placar não "andou", ficou em 4 a 1. 
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 068, 20 mai. 1940, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093726_02/1406. Acesso em: 09 jun. 2025.

OS RAJADOS FORAM DOMINGO DERROTADOS ESPETACULARMENTE PELOS COLORADOS
7 a 1 foi a maior cifra verificada no corrente ano, no campeonato da série A
A lógica prevaleceu na sexta rodada do campeonato oficial da cidade. Foi confirmado, integralmente, o nosso prognóstico. Lutando com dez homens, a partir do décimo quinto minuto, o Força e Luz sofreu um espetacular revés. O embate acusou o maior escore da recente temporada.
O Internacional exibiu-se em grande gala, fazendo alarde de entendimento e desenvoltura nas ações, como ainda não havia patenteado os olhos do público.
A organização e o poderio sobrepujaram a anarquia e a fraqueza.
Um choque casual de Salvador com o médio esquerdo — Pedrinho — inutilizou o entre-ala do clube da Carris. Encontra-se neste detalhe a maior razão do atabalhoamento dos rajados, que se tornaram impotentes para deter a avalanche do "rolo compressor", que funcionou aterradoramente.
Desorganizados, os companheiros de Juvêncio não atinaram em como controlar os atacantes, faltando-lhes, por completo, orientação técnica. Teriam, alguma vez, recebido instruções neste sentido? É bmn possível que não. Os técnicos improvisados no nosso futebol não cogitam destes pormenores, apesar de se anunciar há tanto tempo que não se admitem mais substituições nos embates oficiais.
O que presenciamos, domingo, na "Chácara dos Eucaliptos" evidencia a nossa crítica.
O grande argumento dos perdedores reside na defecção do "insider" direito. Os dez jogadores da Timbaúva continuaram a se movimentar como se contassem com todos os titulares, dando margem aos colorados se distanciarem no escore. No término dos 15 minutos, a contagem registrava 1x1, uma diferença sensível e que bem dificilmente poderia ser equilibrada, na etapa complementar sobretudo pela equipe alvi-rubra, notoriamente avessas a essas viradas de grande fôlego que só os grandes e os fortes costumam brindar aos torcedores.
Houve um grande lapso de tempo para a marcação dos tentos números 3 e 4. Os três primeiros contrastes do marcador surgiram velozmente, dentro dos cinco minutos iniciais, enquanto os visitantes demonstravam resistência e disposição, movimentando-se com agilidade. Sobreveio, depois, o cansaço agravado pelas escandalosas falhas de Juvêncio e o papel discreto de Brandão, no "eixo". A própria zaga forçaluzense, bastante recuada, era envolta com facilidade pelas artimanhas de Carlitos, Rui e Russinho, muito bem apoiados pela "intermediária" local, com toda a corda no cotejo de anteontem.
Russinho, aos 3 minutos e meio e aos 5, marcava para as suas cores, tendo Tobis no quarto minuto equilibrado momentaneamente a peleja. A terceira conquista, ainda de Russinho, apareceu no vigésimo nono minuto, de um cochilo de Borges e uma saída em falso de Aristeu. Aliás, o guarda vala esteve muito infeliz nas saídas. Por três vezes saltou atrás do couro e não o alcançou, redundando os lances em pontos. A última queda do arco dos rajados, na etapa primária, ocorreu aos 41 minutos, num lance de Marques, que esteve numa tarde negra, em que pese os dois gols que alcançou. O ex-atacante cruzeirista desperdiçou, no mínimo, quatro esplêndidas oportunidades.
Pode-se dizer que o prélio teve seu movimento culminante nas primeiras escaramuças, quando as ofensivas se revezaram no ataque e ficou provado a supremacia dos "artilheiros" vermelhos, embora mal comandados por Marques.
Russinho e Rui trabalhavam proficuamente para os seus companheiros, suportando a retaguarda as mal dirigidas investidas dos visitantes. Salvador, desde suas evoluções iniciais, não atinava com a bola. Corria para cá e para lá sem o menor proveito, até que sofreu o acidente. Acácio procurou inutilizar algum adversário. Chegou a dar uma entrada violenta em Risada. Alfeu, mais tarde, tentou revidar mais atingiu ao próprio companheiro de zaga. O "center" do Caminho do Meio também pretendeu atingir Félix Magno e os dois "namoraram-se" quase toda a partida.
Apontamos, assim, outro enorme erro dos rajados. Em vez de buscarem a prática de combinações e tramas, voltaram-se à violência para ver se conseguiam equilibrar o número de jogadores.
Catastrófico o resultado obtido.
O período complementar consolidou e aumentou o triunfo já nitidamente desenhado na fase anterior. Um verdadeiro "passelo" para o Internacional o sexto compromisso da jornada oficial do nosso futebol.
Os mesmos erros e defeitos do primeiro tempo observamos nos derradeiros três quartos de hora. Juvêncio continuou mal. Brandão se esforçou, sem conseguir muita coisa, por estar isolado. Tobis evoluía em todos os sentidos, inocuamente, em face da harmonia da defesa rubra e esplendido concurso dos metas. Os esforços isolados perdiam-se naquela confusão rajada.
E os gols se sucederam. Tesourinha (62') alcançou um belíssimo ponto. A bola chegou-lhe aos pés, impulsionada pela intermediária. O "colored" fintou o adversário e apontou com precisão, de canhota: 5x1. Aristeu empolga num arremesso de Marques. Instantes após, Carlitos se precipita e conclui desviado, quando nada mais podia intervir no trajeto do couro. Uma saída em falso do arqueiro rajado determinou o sexto contraste, obra de Carlitos, após rápida trama com Marques (71').
Facilitam e brincam os colorados. Um verdadeiro pagode. Toma lá e dá cá...
Carlitos conquista outro gol que é anulado, justamente, por haver o "winger" tocado com a mão, antes de converter. Hugo e Marques "se mimoseiam" e o árbitro bate a bola, sem tomar atitude enérgica. Sobrava um minuto para terminar o encontro. Carlitos cede a Rui que centra. No ar, Marques apara e aloja nas redes, decretando o último gol: Internacional 7; Força e Luz 1.
Renda: 5:750$000
Juiz: tenente Valentim Barreto: bom.
Os quadros: INTERNACIONAL: Júlio — Alfeu e Risada — Assis — Magno e Pedrinho, Tesourinha — Russinho — Marques — Rui e Carlitos.
FORÇA E LUZ: Aristeu — Hugo e Borges, Juvêncio — Brandão e Abigail, Zequita — Salvador (só 15') — Acácio — Tobis e Filhinho.
No jogo preliminar venceram também os colorados por 4 a 1. 
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 069, 21 mai. 1940, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093726_02/1416.

14/04/1940 - Citadino 1940 - 1º turno - Internacional 4 x 4 Cruzeiro-RS

SERÁ DISPUTADA, HOJE, A PRIMEIRA RODADA DO CAMPEONATO DA AMGEA DO CORRENTE ANO
O segundo clássico da cidade entre o Internacional e o Cruzeiro será disputado no Estádio dos Eucaliptos e no campo da rua Larga medirão forças os universitários e ferroviários 
Nota: O texto da matéria se encontra quase todo ilegível no arquivo digitalizado da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 038, 14 abr. 1940, p. 14. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093726_02/1048. Acesso em: 03 jun. 2025.

CITADINO 1940 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 4 X 4 CRUZEIRO-RS
Data: 14/04/1940
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Valdomiro Vasques
Gols: Rui Souza 12’/1 (C); Ruy Motorzinho 40’/1 (I); Russinho ?’/2 (I); Rui Souza 20’/2 (C); Marques 27’/2 (I); Espir, contra 31’/2 (I); Rui Souza ?’/2 (C); Plá ?’/2 (C).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Risada; Peres, Assis e Pedrinho; Tesourinha, Russinho, Marques, Ruy Motorzinho e Carlitos. Técnico: Orlando Cavedini.
CRUZEIRO-RS: Veronese; Espir e Marazita; De Lorenzi, Rafini e Dalpozolo; Klodo, Janguito, Ordovás, Rui Souza e Plá. Técnico: Nestor Pinho.

"QUADRO DO CRUZEIRO".
Fonte: Diário de Notícias (RS)
"QUADRO DO INTERNACIONAL".
Fonte: Diário de Notícias (RS)

SERÁ CASTIGADO!
Alves ausentou-se da capital, não se apresentando para enfrentar os rubros
REAGINDO COM DENODO NOS ÚLTIMOS MINUTOS, O CRUZEIRO EMPATA COM O INTERNACIONAL: 4X4
O primeiro cotejo oficial do campeonato da cidade, controlado pela "metropolitana", surpreendeu no público, bastante numeroso, que afluiu à rua Silveiro não so pelo amplo e imprevisto escore acusado pelo placar, como pela variedade de observacões que proporcionou.
Temos, em primeiro plano, a contagem gigantesca, de oito gols, divididos irmamente... A impressão inicial desta avalanche de conquistas poderia dizer algo a favor das duas ofensivas. Mas, o
exame rápido e superficial contíinuo, falso conceito. As duas vanguardas não desenvolveram ações que lhe valessem meritos destacados ou mesmo modestos. Ao contrário, o desempenho dos dez dianteiros não convenceu em conjunto e deixou larga margem para a crítica, tanto no trabalho coletivo como no individual. Entendimento e hamonia ausentaram-se da pugna do "Intercruz", deixando lugar a muito ardor e combatividade, sobretudo no período inicial. Raríssimos os lances premeditados, inteligentes, colocando em movimento o time inteiro, ou a menos um de seus setores. As arrancadas abundaram, registrando-se, espaçosamente, os pontos, todos decorrentes de falhas, vícios e claudicações deste e daquele bando. Parece que, apenas, uma ou duas tramas táticas surgiram no decorrer dos dois meios-tempos, assim mesmo carecemos de sentido prático. As considerações sobem muito pouco de valor, na apreciação do trabalho particularizado. Dois elementos fazem jus ao destaque, na ofensiva. Também aqui a distribuição é equitativa: Rui no Cruzeiro, e Russinho, no Internacional. Ambos demonstraram invulgar energia e acentuada combatividade, batalhando até os instantes derradeiros. Os demais componentes das linhas de ataque provocaram pálida impressão, embora se anunciavam poderosas, cheias de habilidades infiltradoras e donas de compreennão em alguns setores. Em síntese, as duas linhas pecaram pela falta de articulacão. O descalabro não se limitou tão somente às vanguardas: as intermediárias, tal como antecipamos em sucessivos comentários, decepcionaram. A do Cruzeiro veio confirmar, "in totum", o que comentamos, dizendo que era inconsistente e estava fadada a preocupar a torcida. De fato, a trinca de médios ofereceu mais baixos de que altos.
A estreia de Rafini desagradou. As parcas qualidades antevistas, não o credenciam ainda para uma equipe superior. Talvez venha a melhorar e perca aquela lentidão irritante (excesso de calma ou raciocínio retardado?) e prejudicial ao quadro. Necessita de maior celeridade e decisão nos passes. Os dois laterais, fracos, estiveram em nível superior. Apesar de muito descuidados na marcação. O "terceto vertebral" dos vermelhos teve comparativamonte um labor mais saliente que os adversários. Aí reside a razão dos ataques redobrados e frequentes dos "diabos rubros", em maior número que os dos azuis, cuja ofensiva, desmanteladíssima em Janguito e Ordovás, não entusiasmou.
Realmente, os colorados atacaram em maior escala que os azuis. Veronesi, entretanto, e alguman vezes Marazita, frustou os melhores momentoa, praticando defesas sensacionais. Num lance, o poste esquerdo funcionou e Espir alijou em definitivo o perigo.
Panorama semelhante teve o reduto colorado, em menor intensidade. Alfeu sobressaiu-se em dois ou três instantes de grande perigo, remendando os erros do arqueiro, numa tarde tenebrosa... Júlio evidenciou-se como ponto vulnerável do XI rubro. Praticou intervenções inúteis, prejudiciais e comprometedoras. As mãos estiveram frouxas e indecisas, como naquele lance aproveitado por Rui, um verdadeiro presente...
O "clássico" número dois do nosso futebol agradou, em linhas gerais aos torcedores pela movimentacão. Decepcionou, é exato, aos "hinchas" locals que se viram despojados da vitória, delineada como certa e líquida, em face da vantagem de dois gols. Surgiu, porém, a reação fulminante que neutralizou a diferença, estabelecendo honroso equilíbrio para o Cruzeiro. O desencantamento dos colorados foi manifesto e justificado.
A luta se desenvolveu acirrada, desde os primeiros minutos. O Internacional tem a primazia do ataque, respondendo logo o adversário. Um bom centro de Klodo apremiou Júlio que afobou e largou o couro. Rui, que avançou, atingiu as redes em cheio, abrindo a contagem (12'). As ações rubras aumentam, salientando-de então, a figura do jovem guardião cruzeirista — Veronesi — arremesos de grande potência, desferidos por Cariltos (2 vezes) e Tesourinha (21').
A pressão dos comandados de Russinho recrudesce. Espir e Dilorenzi redobram atividade. No trigésimo nono minuto Carlitos finaliza muito bem e Veronesi  defende, mandando a escanteio. O "winger" canhoto bate com acerto. Confusão! Rui chuta, o arqueiro devolve fracamente para o mesmo atacante colorado conseguir o empate (10'). Klodo, ponta direlta alvi-azul, obriga Júlio à expetacular tirada. Um escanteio de Marazita, não surte efeito. Investe Plá e a defesa rubra inutiliza, terminando a etapa primária.
Um tremendo cochilo da zaga azul no começo do período derradeiro mudou, por completo, a feição do prélio. Reiniciada a partida, os "diabos rubros" invadiram os domínios das "flechas azuis". Russinho progride, ante a inércia dos zagueiros. Veronesi abandona as redes, pretendendo atropelar o "perigo louro". O forward inimigo age com celeridade, decisão e extraordinária presença de espírito, apontando com violência no canto direito, num chute rasteiro. Veronesi, em único recurso, [...] inutilmente a perna. "Frango"? Para muitos [...], para nós justifica-se a atitude do arqueiro, pois acompanhamos com atenção o lance. Rsuso estava quase sobre o risco da área dos 14 metros e bem distanciado de Marazita e ainda mais longe de Espir. Se Veronesi permanecesse embaixo da goleira seria também batido, irremediavelmente. O que não sofre dúvidas é que a conquista de Russinho ocasionou determinada dose de confusão e abatimento nas hostes azuis, por alguns minutos. Os fouls se repetiram com frequência e os esforços dos "espantalhos" dos colorados eram dispersíveis. Passado o nervosismo, a tranquilidade volta a reinar entre os cruzeiristas que obrigam Alfeu brilhar. Revezam-se as cargas. Assis apoia muito mais que Rafini. O "eixo" uruguaiano melhorou bastante, embora não primasse em desarmar o inimigo.
Quando decorriam 20 minutos do período complementar, Plá foge e expele ajustado centro. Janguito cabeceia e Júlio falha lamentavelmente, para Rui decretar por empate (3x2). Algumas fases esparsas e a contagem pende a favor do "rolo compressor". Dal Pozolo cede corner, cobrado por Carlitos. Marques, desmarcado, com comodidade aloja, de cabeça, a "redonda" nas redes (67'). A seguir, uma escapada irregular de Carlitos (comete toque sem ser punido) chegou a dar a impressao de nova vantagem, se houvesse calma de parte do mignon atacante que desperdiçou.
Uma situação difícil para Júlio fixou o 31º minuto, após uma saída em falso em que veio a cair. Alfeu, com o gol aberto evitou o trajeto do chute de Plá. Instantes após [...] o marcador evolui graças a um lance infeliz do veterano e consagrado Espir, que cabeceou para dentro das malhas, acossado por Marques (4x2).
O tempo se esgota com rapidez e alguns jogadores se esmeram na "cera". Tudo fazia crer no triunfo dos rubros. O Cruzeiro demonstrava pouca coesão e infiltração. Insistiu no tempo final pela esquerda, onde Plá pouco aprovava. Finalmente, veio o "milagre" dos 85 aos 90 minutos. Tesoura comete falta, que batida redunda em intervenção de Júlio. Ataca, outra vez, o Cruzeiro e Alfeu toca o couro com a mão. Plá executa o tiro livre e Rui cabeceia em lindo estilo, no ângulo superior direito (4x3). Carlitos atira pelo lado, em boa oportunidade. Interrompem o cotejo por um minuto para Veronesi ser atendido. Uma falta de Perez em Dilorenzi provoca uma excursão do flanco esquerdo. Plá centra, Janguito cabeceia e Júlio brilha. Voltam ao ataque os azuis pela direita. Klodo chuta, por elevação, e Plá cabeceia na boca da meta, assinalando o honroso empate, quase sobre a hora. A bola não chega a ir ao centro, pois o cronometrista anuncia o término do encontro.
OS QUADROS
Internacional — Júlio; Alfeu e Risada; Perez, Assis e Pedro; Tesoura, Russinho, Marques, Rui e Carlitos.
Cruzeiro: Veronesi; Espir e Marazita; Dilorenzi, Rafini e Dal Pozolo; Klodo, Janguito (Ordovás), Ordovás (Janguito), Rui e Plá.
Renda: 4:570$000. Árbitro: Valdomiro Vasques — bom.
Índices: técnico — zero para os dois; disciplinar: 4 para ambos, em virtude do excesso de faltas.
Os melhores: Rui (Cruzeiro), Russinho, Veronesi, Alfeu, Marazita, Risada e Assis.
A PRELIMINAR
Louvável a medida da direção técnica do Cruzeiro colocando a maioria dos reservas na equipe secundária.
A superioridade foi flagrante. Venceram os visitantes por 4x1, dando um "passeio" no quadro colorado. Formou assim o Cruzeiro: Ary; Burger, Jorge e [...], Só, Almo e Vinício, Saladura, Paulo, Cláudio, Capaverde e Caveirinha.
O árbitro Luciano Jacks constituiu um triste espetáculo, alheio às jogadas bruscas e menor energia.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 039, 16 abr. 1940, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093726_02/1062. Acesso em: 03 jun. 2025.

O INTERNACIONAL PROTESTOU A INCLUSÃO DE PLÁ
O E. C. Cruzeiro, por intermédio de Espir, contraprotestou alegando ser legal a inscrição daquele jogador
O panorama desportivo e social no campo do Sport Club Internacional foi muito apreciado, na tarde mormacenta de domingo. Os jogadores que se movimentaram, cheios de entusiasmo e ardor, no "tapete verde" contrastaram com a temperatura insuportável.
O embate transcorreu sem o menor incidente, durante os 90 minutos, não se verificando o menor atrito dentro do "field".
A única nota destoante foi o protesto, lavrado por Russinho, antes do início do cotejo no boletim da partida. O representante Augusto Teixeira, solicitado pelo capitão colorado, forneceu a súmula, onde se consignou a reclamação pela inclusão de Válter Plá.
O assunto mereceu ampla divulgação do DIÁRIO DE NOTÍCIAS, que assinalou mais um furo desportivo, de forma que não necessitamos comentar largamente o caso.
Plá obteve seu cancelamento pelo Rio Grandense, da cidade de Rio Grande, antes do dia 7 do corrente, data inicial do Intercruz, transferido devido ao mau tempo. Aliás, a AMGEA possui comunicação por escrito, da Federação Rio Grandense de Desportos esclarecendo suficientemente a situação de Válter Plá. Mesmo assim, o Internacional protestou antes do prélio ser iniciado, tendo o Cruzeiro, por intermédio de Espir, contra-protestado.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 039, 16 abr. 1940, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093726_02/1062. Acesso em: 03 jun. 2025.

13/02/1940 - Citadino 1939 - Jogo extra - Internacional 2 x 4 Grêmio

Inédito um desempate entre Internacional e Grêmio, no Campeonato da Cidade
A LÓGICA, MAIS UMA VEZ, ESTARÁ EM JOGO NO "PRÉLIO-SENSAÇÃO" DA CIDADE: TRICOLORES X COLORADOS
A ofensiva dos rubros não contará, provavelmente, com a cooperação do entre-alas esquerdo: Castillo, algo contundido. Rui o substituirá — Alfredo Cesaro será o árbitro — Os dois quadros — Horário: 20,45
HAVERÁ DESFORA DAQUELES 6 X 1?
Pela primeira vez registra-se na história do campeonato da AMGEA um empate no returno entre os dois grandes adversários, Grêmio e Internacional, graças à fórmula Fraga. Tricolores e colorados somaram seis pontos, tendo ambos perdido um jogo. Uma goleada cortou a série de triunfos dos bicampeões da cidade, revés imposto pelos diabos rubros, na própria "baixada". O desfalque dos dois pontos para o Grêmio foi recobrado por intermédio do Cruzeiro, que abateu os vermelhos em sua própria cancha. Recobrando ânimo e fibra, colorados e tricolores ultrapassaram os outros obstáculos, enquanto os companheiros de Espir sofriam dois tropeços, colocando-se em terceiro lugar no campeonato oficial, deixando a liderança entre os tradicionais inimigos desportivos.
Hoje, Internacional e Grêmio decidirão a vanguarda do returno. Se o Grêmio vencer, estará consagrado campeão da cidade em 1939. Se o triunfo bafejar os pupilos de Benjamin Simões, o público assistirá a emocionante série de matches com a realização da "melhor de três" para apurar-se o vencedor absoluto, já que a vitória colocará Grêmio e Internacional à testa dos dois turnos.
A "Chácara dos Eucaliptos" engalanar-se-á na noite de hoje com o "clássico" da metrópole. Para maior comodidade pública não haverá preliminar, iniciando-se o "cotejo-emoção" às 20,45 horas, com 15 minutos de tolerância.
UM RETROSPECTO DAS ÚLTIMAS ATUAÇÕES DOS ADVERSÁRIOS
É curiosa a posição dos dois quadros. Apelando para a lógica (sempre volúvel e ingrata em futebol) não se pôde deixar de considerar os colorados favoritos. Desde o baque dado pelo Cruzeiro, o Internacional firmou-se. Empatou com o forte e poderoso esquadrão do Independiente e "torpedeou" o Força e Luz por 8x2. Analisando as exibições do Grêmio, deparamos com um saldo no cotejo sustentado frente aos bicampeões de Buenos Aires, mas nada lisongeia a exibição realizada contra o Cruzeiro, embora o placar favorecesse aos tricolores por 2x0. A ação e o rendimento do XI de Telêmaco foram precaríssimas.
O balanço dos prós e dos contras acusa algo favorável aos rapazes da rua Silveiro, mas (maldita conjunção que denota oposição, restrição à proposição já anunciada) o "clássico" sempre derruba os prognósticos ou vaticínios. As lenga-lengas alinhadas perdem o seu valor real. No campo, quando os 22 jogadores se atiram à luta com alma e denodo, tudo se transfigura e assiste-se, a mor parte das vezes, resultados inesperados, não raro surpreendentes para não citar as decepcões como ainda há pouco ocorreu (referimo-nos aos 6x1).
Ao defrontarem-se, Internacional e Grêmio abalam as estruturas das teorias, dos hábitos, das normas observadas nos "clássicos". Ora atuam com descomunal ardor, buscando ansiosamente apenas a vantagem a fim de garantir o êxito, outras vezes demonstram muita aptidão e certa classe, proporcionando belíssimo espetáculo. Esperamos que nenhum dos dois "dispare", esmagando escandalosamente o antagonista. Preferimos, e certamente junto conosco o afeiçoado, um embate equilibrado com escore ajustado. Em síntese, uma magnífica noite futebolística.
O XI TRICOLOR
Como visitantes, os gremistas porão nos "Eucaliptos" o seguinte conjunto:
Edmundo — Dario e Luiz Luz; André, Noronha e Laxixa; Mesquita, Salvador, Cezar, Fogo e Malaquias.
Os colorados, segundo a voz autorizada do diretor de futebol Benjamin Simões, alinharão este time:
Júlio — Alfeu e Risada; Celso, Magno e Levi; Tesourinha, Russinho, Acácio — Rui e Carlitos.
AUTORIDADES
Representará a entidade metropolitana nesse jogo o seu presidente, nosso companheiro Cícero Soares e servirá de fiscal o sr. Emílio Belo, membro da comissão técnica.
NOTAS DOS CONTENDORES
INTERNACIONAL — Para o importante jogo de hoje, terça-feira, em nosso campo, com o valoroso coirmão Grêmio F. P. Alegrense, foram tomadas as seguintes deliberações:
Direção Geral — A cargo do Vice-Presidente, dr. Gabriel Moacir, no exercício da Presidência, auxiliado pelos demais diretores; Junto à Amgea — o 2º Secretário, Aurélio Ghilosso; Junto à Imprensa — o 1º Secretário, sr. José Job Oliveira; Junto ao Grêmio — o Diretor, sr. Briareu A. Centeno; Junto à Polícia — o Diretor, sr. José Truda Palazzo: Portões — A cargo dos tesoureiros do clube, srs. Dorval Fonseca e Rubem Miller Pereira, auxiliados como segue: Portões dos sócios acionistas — Rodolfo Torres Balbão, Briareu Centeno, Armando Silva e Nicomedes Ribeiro; Portão dos sócios contribuintes — Apolônio Kalikoski, Olavo Guimarães e J. M. Braga Pinheiro; Portões gerais — Seabra Martins, J. Cunha e Willy Teichmann.
PREÇOS — Pavilhão 5$000, Geral 4$000, Meia entrada de pavilhão: 3$000 e meia entrada geral: 2$000. Sendo que a meia entrada geral é exclusivamente para soldados e colegiais fardados.
Os sócios terão entrada mediante apresentação do recibo do mês de fevereiro corrente e respectivas cadernetas.
A fim de evitar-se dissabores e contrariedades, roga-se aos sócios não levarem em sua companhia pessoas estranhas às suas famílias, sendo que, de acordo com os estatutos do clube, somente terão entrada, quando em companhia de sócios, suas esposas, filhas e filhos menores.
Direção de campo — a cargo do respectivo diretor sr. Benjamin Simões. O grande jogo está marcado para às 20,45, com 15 minutos de tolerância, e o sr. Benjamin Simões determina o comparecimento às 19,45 horas em ponto, dos seguintes jogadores:
Júlio, Marcelo, Risada, Alfeu, Levi, Magno, Celso, Nenê, Tesourinha, Rui, Russinho, Acácio, Castillo, Carlitos, Filhinho e demais jogadores inscritos.
O Diretor de Campo chama a atenção de todos os jogadores para a hora marcada acima, que deverá ser rigorosamente observada.
Os jogadores de basket-ball, atletas e juvenis terão entrada pelo portão dos sócios acionistas, isto é, o portão central.
Nos portões será feita rigorosa fiscalizacão e conta-se com a boa vontade dos srs. sócios para auxiliarem a diretoria, cumprindo as determinações acima.
Os portadores de cadernetas da AMGEA e FRGD e de ingressos especiais entrarão pelo portão sito à rua Barão de Guaíba.
GRÊMIO — Para o jogo de hoje à noite, no campo da rua Silveiro, entre o S. C. Internacional e o Grêmio Futebol Porto Alegrense, em desempate do returno da AMGEA, a direção técnica do campeão da cidade convoca para às 19,30 horas, na "baixada", os jogadores abaixo:
Edmundo, Romeu, Darto, Luiz Luz, Motin, André, Noronha, Laxixa, Valter, Tonelli, Mesquita, Laci, Salvador, Vanário, Cezar, Alemão, Luiz Carvalho, Fogo e Duarte.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 283, 13 fev. 1940, p. 7. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093726_02/385. Acesso em: 02 jun. 2025.

CITADINO 1939 - JOGO EXTRA - INTERNACIONAL 2 X 4 GRÊMIO
Data: 13/02/1940
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Renda: 22:680$000
Juiz: Alfredo Cesaro
Gols: Acácio 10'/ (I); Foguinho 14'/1 (G); Salvador Arísio 6'/2 (G); Cézar Basílio 8'/2 (G); Foguinho 13'/2 (G); Tesourinha 17'/2 (I).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Risada; Celso (Nenê), Felix Magno e Levi; Tesourinha, Russinho, Acácio, Ruy Motorzinho (Castillo) e Carlitos. Técnico: Benjamin Simões.
GRÊMIO: Edmundo; Dario e Luiz Luz; André, Noronha e Laxixa; Mesquita (Lacy), Salvador, Cézar Basílio (Luiz Carvalho), Foguinho e Malaquias. Técnico: Telêmaco Frazão de Lima.

TRI-CAMPEÕES!
O Grêmio, apresentando um melhor padrão de jogo, superou o Internacional por 4 x 2, em partida decisiva
OS TRICOLORES VINGARAM O REVÉS DO TURNO VENCENDO NITIDAMENTE O “GRE-NAL”
Fogo (2), Salvador e Cezar construíram a bela vitória — Acácio e Tesourinha minoraram a contagem — Cesaro, um árbitro correto
O Grêmio Porto Alegrense sagrou-se pela terceira vez consecutiva campeão da cidade, de modo insofismável. Lutando com bravura, denodo e entendimento, o XI tricolor obteve mnagnífico triunfo frente ao seu velho e acirrado adversário. Se o time de Telêmaco Frazão de Lima apresentou-se coeso, soberbo, disposto a levar de roldão os colorados, estes mostrararam-se apáticos, desconjuntados, sobretudo na "intermediária", agravando-se a situação na ofensiva. Estranho e inócuo o trabalho dos cinco dianteiros locais, presa fácil e constante para a vanguarda dos tricampeões que se apresentou numa noite de gala invulgar. André e Laxixa sempre estiveram efetivos, enquanto Noronha teve altos e baixos, impressionando alguns instantes para claudicar em outros momentos. Reacionava, porém, e os pequenos senões passavam rapidamente ao esquecimento. Uma zaga soberba e produtiva, notadamente Dario, o melhor homem da defesa. Edmundo bem pouco teve a fazer na etapa derradeira quando o cotejo-sensação se decidiu de modo inapelável para o melhor e mais técnico: o Grêmio.
A vitória do valoroso quadro dos calções negros não deixou a menor sombra de dúvidas. Sustentou a vantagem traçada por Acácio, no sexto minuto, igualando ainda na fase inicial, por intermédio de Foguinho (14'). Nada mais de extraordinário acusou o primeiro tempo, a não ser apreciável movimento. As duas ofensivas desciam com rapidez, esbarrando na atenção vigilante dos dois sextetos. Já nos 15 minutos finais deste período, os azuis impressionavam melhor para imporem-se definitivamente na etapa complementar.
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O embate-emoção confirmou plenamente a denominação. O entusiasmo nos lances, a rapidez das jogadas, a assistência eletrizada na fase inicial, caraterizaram a noitada de ontem que decaiu no aspecto geral em face da manifesta superioridade de uma facção, esfriando a torcida rubra, em menos de 15 minutos.
O jogo decisivo do returno, que trouxe mais um galardão para os gremistas, foi iniciado com um minuto de silêncio em memória do saudoso desportista Antônio Marçal Pessoa, ontem sepultado, levando os jogadores do Internacional luto nas camisetas.
As alternativas se sucedem até o décimo minuto. Um chute da direita, de Russinho, confundiu a Edmundo, que não reteve o couro, para Acácio, com relativa facildade, eniviar às redes. A primeira conquista, delirantemente aplaudida pela numerosa "hinchada", Risada inutiliza uma investida, cedendo escanteio. Mesquita executou e Salvador fez a bola passar a Fogo. Este arremessa e acerta em cheio, empatando (14'). O jogo colore-se, ganha velocidade e trepidação. Cresce a intensidade das ações dos visitantes, destacando-se Alfeu pela dinamidade, bem auxiliado por Risada. Declina rapidamente a linha média. Júlio brilha, detendo, com dificuldade, um tiro de Salvador. Fogem os minutos e o Grêmio estabelece-se no domínio, provocando angustiosa situacão para as redes adversárias. Felizmente, Levi aliviou. Finaliza logo após o tempo primário.
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Uma surpresa estava reservada aos afeiçoados. Jurava-se que os retoques a serem introduzidos na equipe colorada trariam sensíveis melhoras. De fato, o XI vermelho apresentou-se modificado. Russinho abandonou a meia direita, aparecendo Castillo na esquerda e Rui trocou, defendendo a entre ala direita. Celso cedeu posição a Nenê, sem aprovar. Mais tarde outra mudança no "five" atacante: saiu Acácio e entrou Russinho, também sem o menor proveito. O esquadrão de Benjamin Simões persistiu em tornar-se desconenhecido e desconhecedor de preceitos. Afora, a primeira investida da ala esquerda Carlitos-Castillo causou boa impressão. Infiltraram-se, de início, celeremente e o "winger" atrasou ao insider que apontou perigosamente. Mas foi só. A defesa voltou a demonstrar sua pujança impedindo e desfazendo as cargas coloradas.
O placar "disparou" contra o Internacional. A vantagem tricolor apareceu aos 51'. Noronha estendeu a Salvador que, de fora da área faz as redes estremecerem. Um legítimo "gol de sobrado", no ângulo superior direito. Júlio alçou o vôo muito tarde! Delírio tricelor. Pressão da "baixada". Mais 4 minutos e nova queda do arco colorado. Cezar, servido por Mesquita, atira cruzado e rasteiro, aproveitando o cochilo da zaga, que "parou". O "condotieiri" escolheu à vontade e elegeu o canto esquerdo. Outro tento lindo. A última conquista do Grêmio surgiu aos 58 minutos, mediante um oportuno kick de Fogo, o artilheiro mais dinâmico e produtivo dos tricampeões. O lance teve origem num escanteio de Risada, apremiado por Malaquias. Este executa, forma-se entrevero, Risada defende fraco e Fogo "acha o caminho" com um "canhão". Estava definida a vitória.
Prossegue a supremacia dos visitantes. Mesquita justifica a existência do travessão e Malaquias, num centro, confrange a defesa, sem maior perigo.
O Internacional veio a descontar a diferença que não deixava mais dúvidas. Castillo habilitou Carlitos, que centra. Edmundo e Dario se confundem. O arqueiro agarra e solta a "pelota", entrando Tesorinha com firmeza: 4x2 (17' do segundo tempo).
Anima-se um pouco o XI de Benjamin. Tesourinha finaliza e Edmundo encaixa. Reage o Grêmio, sem proveito. Destaca-se a ação de Alfeu e Risada. Aos 22' sai Cezar e entra Luiz Carvalho. Um escanteio batido por Malaquias é bem cabeceado por "el maestro". No momento oportuno Nenê afasta, quando Júlio estava no canto oposto.
Nova modificação no "eleven" rubro: Acácio abandona o gramado, por ordem técnica, entrando Russinho (30'). O Grêmio também muda o quadro. Laci ocupa a ponta direita, saindo Mesquita para, aos 40' entrar de novo, na esquerda em vez de Malaquias. O "goleador" do Independiente, de Buenos Aires, usou e abusou dos "dribblings", prejudicando a todos.
Batendo uma falta de Magno, Fogo obriga firme defesa de Júlio. Passa em branco um escanteio de André. Mais alguns lances esparsos e finda o jogo que trouxe mais um campeonato para o glorioso Grêmio Porto Alegrense.
Árbitro: Alfredo Cesaro: bom.
Renda: 22:680$000
Os quadros: GRÊMIO: — Edmundo — Dario e Luiz Luz — André — Noronha e Laxixa, Mesquita (Laci) — Salvador — Cezar (Carvalho) — Fogo e Malaquias (Mesquita).
INTERNACIONAL: Júlio — Alfeu e Risada, Celso (Nenê) — Magno e Levi, Tesourinha — Russinho (Rui) — Acácio (Russinho) — Rui (Castillo) — Carlitos.
Índices: técnico: 2 para o Grêmio e 0 para o Internacional; disciplinar: 5 para ambos.
Os melhores: Dario, André, Fogo, Laxixa, Alfeu, Luiz Luz, Risada e Salvador.
Fonte: Diário de Notícias (RS), n. 284, 14 fev. 1940, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/093726_02/396. Acesso em: 02 jun. 2025.

O MELHOR JOGO DE PORTO ALEGRE
Grêmio Porto Alegrense x Internacional
NO ESTÁDIO DOS EUCALIPTOS
O campeonato de foot-ball porto alegrense teve seu epílogo com o "clássico" cotejo entre o Grêmio Porto Alegrense e S. C. Internacional, que foi disputado sob as luzes dos refletores do Estádio dos Eucaliptos.
Pela terceira vez consecutiva, o Grêmio conquista o campeonato da cidade, desta feita derrotando o Internacional pela contagem de 4 a 2.
O Gremio produziu uma ótima jogada, notando-se grande acerto em todas as suas linhas, quer defensivas ou ofensivas. A produção técnica do tricolor foi idêntica a que apresentou contra os bicampeões argentinos o Club Athletico Independiente, quando estes caíram vencidos pela contagem de 2 a l, num memorável encontro, que deverá marcar época na historia do foot-ball gaúcho.
O campeonato de 39 teve fases sensacionais; por diversas vezes Grêmio e Internacional viram seus passos prejudicados pelos demais concorrentes, que no final se entregaram, ficando a liderança com os dois "clássicos" adversários do foot-ball de Porto Alegre. Finalmente, com o desfecho, a vitória justa e merecida coube ao Grêmio.
COMO AGIRAM OS TRICAMPEÕES
Passamos agora a registrar como se conduziram na cancha os defensores do Grêmio Porto Alegrense. Edmundo, no arco, praticou ótimas defesas, tendo unicamente claudicado na primeira conquista do Internacional, quando depois de "encaixar" o balão, o soltou novamente. Dario e Luiz Luz, os dois zagueiros do selecionado gaúcho vice-campeão de 1936, se conduziram com muito acerto, notadamente o primeiro que foi o defensor de atuação mais regular durante todo o campeonato de 1939.
O ponto mais alto da equipe tricolor residiu na intermediária, integrada por André, Noronha e Laxixa, notadamente o primeiro que surgiu dos juvenis e vem se revelando um médio direito de regular possibilidade. Noronha começou atuando mal, para se firmar em seguida, passando a controlar as jogadas com inteligência e acerto. Fez uma grande partida o jovem "pivot" do tricolor da cidade. Laxixa teve atuação destacada de médio esquerdo, defendeu e auxiliou o ataque com precisão.
A dianteira do Gremio funcionou com grande disposição e apetite, salientando-se os dois entre-alas, Salvador e Foguinho, que foram os atacantes mais destacados da noite. O segundo, afora ter consignado dois belos tentos, foi ainda um "insider" trabalhador e esforçado, fazendo ótimo jogo de ligação com a defesa. O comando do ataque pertenceu primeiro a Cezar, que se conduziu regularmente até os 10 minutos da etapa suplementar, quando cedeu seu posto a Luiz Carvalho, que já defendeu as cores do Vasco da Gama, do Rio de Janeiro e é elemento imprescindível nas seleções gaúchas. De "winger" direito atuou Mesquita e depois Laci, que não teve ocasião de aparecer. Na ponta esquerda jogou Malaquias, também vindo dos juvenis e elemento de grande futuro que se conduziu muito mal com o "winger" canhoto do Grêmio Porto Alegre, principalmente quando venciam por 4 a 2, passando a produzir jogo pessoal, o que prejudicou o bom andamento de seu XI. Não fosse isto e o Grêmio teria feito subir ainda mais o placar. No final contundiu-se, entrando Mesquita para a ponta esquerda.
O DESEMPENHO DO INTERNACIONAL
Os colorados produziram um padrão de jogo muito aquém de suas reais possibilidades. O fator primordial da derrota residiu na intermediária, onde somente se salvou o centro médio uruguaio Félix Magno, que procurou sanar as falhas dos médios laterais, os quais estiveram simplesmente sofríveis. O setor mais firme do esquadrão rubro foi o trio final, integrado por Júlio, Alfeu e Risada, notadamente o "colored" Alfeu, que foi o elemento mais destacado da cancha e em cujos pés morreu a maioria das investidas do quinteto atacante do Grêmio.
A dianteira do Internacional produziu ótimas jogadas no centro do campo, mas pecou lamentavelmente nas conclusões finais, quando se atrapalhava com o balão, perdendo boas ocasiões de marcar tentos. Tesourinha conseguiu criar algumas situações de perigo para o arco gremista, mas não teve a colaboração que deveria ter dos demais companheiros.
COMO FORAM FEITOS OS 6 TENTOS DA NOITE
Aos 10 minutos iniciais, o Internacional conquista a primeira vantagem da noite. Russinho centrou, Edmundo faz a defesa "encaixando" para soltar o balão, do que se aproveita Acácio, que vinha na corrida — 1 a 0 para os colorados. Não demorou muito e surgiu o empate, aos 14 minutos. Risada concede escanteio, cobra Mesquita o tiro de canto e Salvador cabeceia para Foguinho, que emenda, acertando em cheio nas malhas guarnecidas por Júlio, era o empate. O Grêmio passa a dominar o jogo, sem contudo ser modificado o "marcador". Termina a primeira fase com a contagem de 1 a 1.
Iniciado o segundo período, nota-se grande disposição no XI gremista, que se coloca em vantagem aos 51 minutos. Noronha controla a redonda no centro do campo e entrega a Salvador; o "mignon" entre ala direito do tricolor desfere violento pelotaço de uns 3 metros fora da área, colhendo Júlio de surpresa, conquistando o mais belo tento da noite. Grêmio, 2 e Internacional, 1. Essa conquista abriu o caminho para a retumbante vitória do tricolor, que passa a conduzir as jogadas a seu bel prazer. Quatro minutos depois (55), surge o terceiro tento do Gremio. Mesquita serve a Cezar na boca da meta, a defesa colorada "gela" e o "center" arremata forte e de meia altura: nova vantagem para o Grêmio.
O quarto ponto do Grêmio foi marcado aos 58 minutos. Risada cede escanteio, que Malaquias cobra otimamente e Risada defende fracamente, ficando o couro com Foguinho, este desfere violento "canhonaço" que passando por todos vai alojar-se no fundo das redes: 4 a l para o Grêmio. Quando o cronômetro acusava 62 minutos, o Internacional desmancha a diferença por intermédio de Tesourinha, aproveitando-se de uma fraca defesa do arqueiro Edmundo. Com a conquista desse tento tinha-se a impressão de que os colorados reacionariam, tal porém não se deu, continuando o Grêmio a dominar a cancha, exibindo um vistoso padrão de jogo, sem contudo fazer o placar subir.
O único culpado disto foi o ponteiro Malaquias, que insistiu em fazer jogo pessoal.
Renda: — 22:680$000.
Juiz: Alfredo Cezaro — ótimo (Este árbitro porto alegrense, segundo declarou o sr. Latrônico, chefe da embaixada do Independiente de Buenos Aires, é o melhor apito do Brasil, achando mesmo que deveria ser o árbitro da "Copa Roca").
Quadros: — Grêmio: Edmundo — Dario e Luiz Luz — André, Noronha e Laxixa — Mesquita (Laci), Salvador, Cezar (Luiz Carvalho), Foguinho e Malaquias (Mesquita).
Internacional: — Júlio — Alfeu e Risada — Celso (Nenê), Félix Magno e Levi — Tesourinha, Russinho (Rui), Acácio (Russinho), Rui (Castillo) e Carlitos.
Os melhores da cancha: — Alfeu — Dario — Luiz Luz — André — Noronha — Tesourinha — Foguinho — Félix Magno e Salvador.
Fonte: Sport Illustrado (RJ), n. 100, 07 mar. 1940, p. 29. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/182664/2841. Acesso em: 02 jun. 2025.