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15/01/1942 - Citadino 1942 - Triangular final - Internacional 3 x 0 Força e Luz

— No próximo dia 14 do corrente, em disputa do turno neutro do campeonato local, jogarão o Internacional e o Força e Luz.
Fonte: Jornal do Commercio (RJ), n. 088, 12 jan. 1942, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/364568_13/10326. Acesso em: 25 jun. 2025.

CITADINO 1941 - TRIANGULAR FINAL - INTERNACIONAL 3 X 0 FORÇA E LUZ
Data: 15/01/1942
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Joaquim Rodrigues de Almeida
Gols do Inter: Villalba [2] e Russinho.
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Álvaro;Niquelagem, Assis e Ávila; Tesourinha, Russinho, Villalba, Castillo e Carlitos.
FORÇA E LUZ: Affonso Ruaro; Hugo e Nabuco; Geraldo, Walter Ruaro II e Zequita; Alves, Soares, Alexandre, Tobis e Cascão.

O INTERNACIONAL PROCLAMADO CAMPEÃO DE PORTO ALEGRE
PORTO ALEGRE, 19 (Da Sucursal de A NOITE) — O Internacional foi proclamado campeão de football da cidade de 1941.
Fonte: A Noite (RJ), n. 10755, 19 jan. 1942, p. 17. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/348970_04/13160. Acesso em: 25 jun. 2025.

11/01/1942 - Citadino 1941 - Triangular final - Internacional 1 x 1 Grêmio

CITADINO 1941 - TRIANGULAR FINAL - INTERNACIONAL 1 X 1 GRÊMIO
Data: 11/01/1942
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Renda: 7$760:000
Juiz: Alfredo Cesaro
Gols: Villalba (I); Malaquias (G).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Risada; Osvaldo Brandão, Assis e Niquelagem, Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinho e Carlitos.
GRÊMIO: Enobar; Dario e Walter; André, Tonelli e Sanes; Malaquias, Mário de Andrade, Ivo Aguiar, Foguinho e Ochotorena. Técnico: Luiz Luz.

Porto Alegre, 12 (A. N.) — Disputando o turno neutro do campeonato da cidade, o Grêmio e o Internacional empataram pela contagem de um a um.
Fonte: Jornal do Brasil (RJ), n. 010, 13 jan. 1942, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/030015_06/14988. Acesso em: 25 jun. 2025.

19/10/1941 - Citadino 1941 - 2º turno - Grêmio 2 x 1 Internacional

CITADINO 1941 - 2º TURNO - GRÊMIO 2 X 1 INTERNACIONAL
Data: 19/10/1941
Local: Baixada - Porto Alegre (RS)
Juiz: Osvaldo Jung
Gols: Villalba ?’/1 (I); Duarte 40’/1 (G); Ochotorena ?’/2 (G).
GRÊMIO: Edmundo; Dario e Walter; André, Noronha e Juvêncio; Duarte, Ivo, Basílio, Foguinho e Ochotorena. Técnico: Telêmaco Frazão de Lima.
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Ary; Osvaldo Brandão, Assis e Ávila; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinho e Carlitos.

"O guardião tricolor detém um arremesso de Tesourinha,
na fase inicial. Válter vigia Villalba, que investe sobre a meta,
enquanto Dario, Noronha, Rui e, mais distante, outros
jogadores dos dois bandos, observam o resultado do lance".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"Espetacular defesa de Edmundo. A bola veio de
Tesourinha, que não aparece na foto, sendo o arqueiro
tricolor assediado por Russinho e Carlitos. Juvêncio
está pronto para o que der e vier...".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"Magnífico flagrante da jogada que precedeu imediatamente
o 1º tento da tarde. Terourinha consegue levar a melhor
contra Juvêncio e serve a Villalba, que já domina a bola,
em situação privilegiada, avança mais um pouco e coloca
um chute certeiro no lado direito da meta de Edmundo".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)

O GRÊMIO VENCEU
Porto Alegre, 20 (“Correio da Manhã") — O Grêmio Portoalegrense venceu o Internacional por 2x1. O Internacional é o primeiro colocado na tabela do campeonato do Estado.
21/10/1941 - Correio da Manhã (RJ), ano 1941, n. 14407, p. 12 - http://memoria.bn.gov.br/DocReader/089842_05/9057. Acesso em: 20 jun. 2025.

— Porto Alegre, 20 (A. N.) — Em disputa do campeonato da cidade, o S. José venceu o Força e Luz por 3x0. O S. José colocou-se em terceiro lugar junto ao Grêmio, que ontem venceu o Internacional por 2x1, perdendo este o título de invicto e provocando a realização do turno neutro. [...]
Fonte: Jornal do Brasil (RJ), n. 248, 21 out. 1941, p. 13. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/030015_06/13267. Acesso em: 20 jun. 2025.

CRÔNICA DE PORTO ALEGRE
O Grêmio Porto Alegrense herói de mais uma grande façanha — Derrotado o líder invicto do campeonato da cidade — O que foi a grande partida
Noventa por cento do grande público que compareceu ao fortim da Baixada, inclusive e principalmente toda a grande e numerosa legião rubra, confiava plenamente no triunfo dos diabos rubros sobre os seus tradicionais rivais de todos os tempos: os tricolores. Tendo-se conservado invictos durante toda a temporada, os colorados preparavam-se, para naquela tarde de sol, manifestar todas as suas expansões de júbilo pela conquista do campeonato, que estaria assegurado definitivamente, se vencessem o Grêmio. Este, porém, cônscio de sua grande responsabilidade e fazendo valer todo o seu valor e a sua pujança, demonstrando grande moral e insuperável vontade de vencer, roubou aos rubros um triunfo que era julgado como coisa certa entre os seus milhares de fãs. Efetivamente, nada fazia prever uma vitória do Grêmio. Tendo passado apagadamente por todo o campeonato sem demonstrar nem sequer uma pequena reação, os tricolores, ao apagar das luzes, conseguiram pregar a maior façanha de toda a temporada. Queremos crer que pesando bem a responsabilidade que lhes ia sobre os ombros, os onze heróis da tarde deram tudo pela vitória das cores azul, preto e branco. Sim, porque derrotados, os tricolores baixariam ao quarto posto na tabela, coisa que jamais se verificou na vida cheia de glórias deste grande clube. A sua pior colocação em qualquer campeonato foi até agora o terceiro logar, e por isso não quiseram os atuais defensores do pavilhão tricolor, que se lhes atribuísse a culpa de ter desmanchado tal tradição. Considerando isto tudo, os onze heróis, — desde Edmundo até Ochotorena — tudo fizeram pela vitória, que afinal veio para cobri-los de glórias. Palmas aos homens que alcançaram aquilo que a maioria julgava impossível, ou seja, dominar tecnicamente o poderoso esquadrão rubro. Foi uma reabilitação completa, que valeu pela conquista do terceiro posto na tabela, e consequentemente deu ao Grêmio o direito de disputar com o Internacional e o Força e Luz o turno neutro.
—oOo—
Um Grêmio como o de domingo, fazia tempo que não víamos. Além da grande vontade de vencer, coisa que não se via nos outros jogos, os gremistas empregaram uma tática que desnorteou e cansou o adversário. Refiro-me à inteligência de Noronha, Foguinho, Ivo e Duarte que, vendo o flanco esquerdo do adversário quase que desguarnecido, por ali atacaram com insistência, tendo dos pés do ponteiro direito tricolor nascido os dois gols que seriam, mais tarde, os da vitória.
A defesa foi o ponto alto do quadro. Edmundo fez defesas arrojadas e demonstrou grande senso de colocação. Dario, o back de ferro, foi sem dúvida alguma o melhor do triângulo final, sendo, porém, seguido de perto por Walter, que reapareceu em grande forma. A linha média, com a volta de Noronha para o eixo, tornou-se segura e quase que inexpugnável; o jovem pivot gaúcho foi o melhor do quadro e reeditou, na sua verdadeira posição, aquelas suas maravilhosas atuações dos anos passados. Inexpugnável na cabeça, exímio controlador do couro, Noronha demonstrou ser o melhor jogador do Estado. Venceu brilhantemente o duelo com Carlitos. André, que reapareceu depois de muito tempo, atuou fracamente no primeiro tempo, mas no período complementar foi um crack na verdadeira acepção da palavra. O mesmo não podemos dizer de Juvêncio. O "negrinho" esteve infeliz, apesar de ter se esforçado muito. No ataque o melhor foi Ivo, que fez a melhor partida desde que se encontra entre nós. O louro atacante da Baixada cumpriu uma grande performance, tendo atuado como só o fazem os grandes cracks. Duarte foi o seu companheiro de ala e desincumbiu-se com grande felicidade, aproveitando muito bem todas as bolas que lhe eram dirigidas. Além disso, de seus pés nasceram os dois tentos do Grêmio. Bazílio, se bem que não jogasse muito, foi de grande utilidade para o quadro, tendo servido muito bem os seus companheiros de ataque. Foguinho, como sempre, foi muito esforçado não parando sequer um instante e alentando seus comandados à vitória. Ochotorena, além do gol que assinalou, deu ótimos centros pondo em constante perigo a meta guarnecida por Júlio. Em resumo, todos colaboraram para a vitória e são merecedores das felicitações de que foram alvo, findo o grande match.
Não podemos dizer que o Internacional tenha jogado mal. Não. Eles perderam porque os adversários foram superiores, e estavam possuídos de mais moral e, sobretudo, grande dose de entusiasmo e sede de vitória. É verdade que os até então invictos, chegaram a desnortear ante o impeto do adversário, mas isso não pode, em absoluto, desmerecer a classe de que são possuídos os leais defensores da jaqueta rubra. Souberam perder como verdadeiros campeões, se bem que, como já disse linhas acima, estiveram algo desnorteados.
—oOo—
Júlio, Alfeu, Assis, Tesourinha, Villalba e Ruy foram os melhores do quadro. O primeiro atuou muito bem, fazendo-se merecedor dos aplausos que lhe dirigiram os assistentes, mormente naqueles seus espetaculares vôos. Alfeu foi o melhor da defesa. Seu jogo não apareceu muito, mas devemos levar em conta que ele estava jogando por três... Sim, jogava por si próprio, por Ary e por Ávila. Estes dois foram ate comprometedores das cores rubras. Em nenhum momento justificaram a sua escalação. Assis foi outro que se "matou" para manter o equilíbrio na partida, já que Brandão claudicava a cada instante. Ante isso tudo, o eixo que nos veio de Uruguaiana cansou na metade do segundo tempo, deixando a defesa mais fraca ainda. No ataque, Tesourinha e Russinho foram as grandes figuras. O primeiro esteve à vontade em sua ala, devido à precária marcação de Juvêncio. Villalba demonstrou ser o nosso melhor centro atacante, reprisando as magníficas atuações que tivera contra o São José. Ruy esteve muito esforçado mas não teve apoio de Russinho. Carlitos, a grande esperança rubra, também atuou fracamente. Perdeu uma bola de modo incrível, coisa que não se pode admitir de um jogador de sua classe. Inexplicável!
—oOo—
O juiz foi Osvaldo Jung, pouco afeito a matches da responsabilidade de um Gre-nal. Afora o pênalti que deixou de consignar a favor do Grêmio quando o score ainda permanecia em branco, a sua atuação foi boa, levando-se em conta ser esta a primeira vez que atua uma partida de grande envergadura. Enfim, Osvaldo Jung não mereceu as vaias que lhe dirigiram alguns torcedores exaltados, vaias que só contribuíram para deixar o árbitro nervoso e inseguro nas marcações. Se errou, foi por um motivo perfeitamente justificavel e afinal, "errar é humano"...
—oOo—
Os dois quadros apresentaram-se em campo com a seguinte constituição:
Grêmio — Edmundo; Dario e Walter; André, Noronha e Juvêncio; Duarte, Ivo, Bazílio, Foguinho e Ochotorena.
Internacional — Júlio; Alfeu e Ary; Brandão, Assis e Ávila; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy e Carlitos.
O jogo manteve-se com leve superioridade do Grêmio até ao 30º minuto, quando Duarte escapou por sua ala e lançou um centro em elevação. Inexplicavelmente, Ary corta a trajetória da bola com as mãos, incorrendo em hands-penalty que, felizmente para os colorados, não foi assinalado pelo árbitro. Os rubros, estimulados indiretamente pelo juiz, vão ao ataque e numa bola lançada à frente, disputam Tesourinha e Juvêncio. O ponteiro "colored" leva a melhor e cede o balão em condições excepcionais a Villalba, que não tem dificuldades em marcar. Escolhe o canto e vence Edmundo. 1x0 e vibra a enorme torcida rubra. A torcida do Grêmio reclama do árbitro, tendo o jogo então se tornado mais acirrado. O Grêmio ataca com insistência e finalmente obtém o que almejava. Ávila corta com a mão um passe de Ivo a Foguinho nas proximidades da grande área. Duarte encarrega-se de bater e o faz de um modo fulminante. A bola atravessa a barreira e vence Júlio, que, a nosso ver, retirou-se tardiamente. Estava empatada a partida aos 40 minutos, e com 1x1 no placar findou o primeiro tempo, que se caracterizou por um equilíbrio de forças.
A segunda fase foi também grandemente movimentada. O Grêmio, cônscio de toda a sua responsabilidade, atirou-se à luta com um vigor redobrado. Já aos dez minutos conseguiu o tento da vitória. Ávila cometeu toque no centro do campo. Novamente Duarte é quem cobra a falta e o faz com um balaço violentíssimo, que Júlio consegue apenas desviar com dificuldade. Entrando rapidamente Ochotorena envia a bola às redes, dando assim cifras definitivas ao placar e consignando a espetacular vitória do Grêmio sobre o seu mais temível rival de todos os tempos: o Internacional. Desde este momento, o glorioso clube do Fortim não cessou de atacar, animado pela sua torcida que pedia: mais um! mais um! mais um! O score ficou, porém, irredutível e com 2x1 encerrou-se o grande match.
—oOo—
O match preliminar, realizado entre os quadros reservas, apresentava frente a frente o líder invicto da categoria — O Internacional — e o terceiro colocado na tabela — o Grêmio. Os rubros passaram por um grande susto, pois que, os tricolores dominaram amplamente o campo, não conseguindo ir, porém, além de um empate, conseguido pelos rubros nos últimos instantes da peleja. 1x1 foi o score da partida que deu aos colorados o título de campeões invictos do campeonato de reservas. A sua campanha foi brilhantíssima, tendo o quadro perdido apenas um ponto, justamente na última partida. Eis os campeões de 1941 na categoria de reservas do campeonato patrocinado pela F. R. G. F.:
Marcelo; Álvaro e Ramos; Levin, Lenine e Pedrinho; Cebinho, Salvador, Ruy, Moacyr e Xinxim.
Fonte: SILVA JÚNIOR, Radamés. Sport Illustrado (RJ), n. 190, 27 nov. 1941, p. 21. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/182664/7171. Acesso em: 20 jun. 2025.

DE PORTO ALEGRE
Porto Alegre, 22 (“Correio da Manhã”) — A Federação Riograndense de Football resolveu suspender todos os campeonatos da cidade e do interior, para dedicar-se exclusivamente ao preparo do selecionado gaúcho que, dentro de 19 dias enfrentará o selecionado catarinense.
Fonte: Correio da Manhã (RJ), n. 14409, 23 out. 1941, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/089842_05/9085. Acesso em: 20 jun. 2025.

12/10/1941 - Citadino 1941 - 2º turno - Internacional 4 x 1 São josé-RS

CITADINO 1941 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 4 X 1 SÃO JOSÉ-RS
Data: 12/10/1941
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Joaquim Rodrigues de Almeida
Gols: Tesourinha, Osvaldo Brandão, Russinho, Carlitos (I); Javel (S).
INTERNACIONAL:Júlio Petersen; Alfeu e Ary; Osvaldo Brandão, Assis e Ávila; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinhoe Carlitos. Técnico: Wolmi Boccorni.
SÃO JOSÉ-RS: Ivo Winck; Lobato e Sampaio; Zica, Badanha e Kucirat; Javel, Didi, Alemão, Elustondo e Chinês.

Porto Alegre, 13 — (A. N.) — Na rodada de ontem, em disputa do campeonato da cidade, defrontaram-se o Internacional e o S. José, vencendo aquele pela contagem de 4 x 1.
Fonte: Jornal do Commercio (RJ), n. 012, 13 out. 1941, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/364568_13/9056. Acesso em: 20 jun. 2025.

21/09/1941 - Citadino 1941 - 2º turno - Internacional 3 x 1 Força e Luz

CITADINO 1941 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 3 X 1 FORÇA E LUZ
Data: 21/09/1941
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Alfredo Cesaro
Gols: Villalba 24’/1 (I); Cascão 34’/2 (F); Tesourinha 42’/1 (I); Carlitos ?’/2 (I).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Ary; Osvaldo Brandão, Assis e Niquelagem; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinho e Carlitos.Técnico: Wolmi Boccorni.
FORÇA E LUZ: Affonso Ruaro; Hugo e Nabuco; Geraldo, Walter Ruaro e Abigail; Alves, Camilo, Mário de Andrade, Zequita e Cascão.

"Júlio foi um dos heróis do Internacional.
Contundiu-se no lance do primeiro gol
adversário, mas, mais tarde retornou ao
gramado, portando-se admiravelmente,
como mostra a fotografia, onde ele
está detendo forte chute".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)

DE PORTO ALEGRE
Porto Alegre, 22 (“Correio da Manhã") — Os resultados dos matches do Campeonato da Cidade apresentaram o seguinte resultado: Grêmio Portalegrense x Cruzeiro, empate de 2x2; Internacional x Força e Luz, 3x1 para o Internacional, que se colocou assim na ponta da tabela do campeonato.
Fonte: Correio da Manhã (RJ), n. 14383, 23 set. 1941, p. 12. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/089842_05/8639. Acesso em: 20 jun. 2025.

CRÔNICA DE PORTO ALEGRE
[...] INTERNACIONAL x FORÇA E LUZ
Bastante numeroso foi o público que se abalou ao longínquo estadio dos colorados para assistir ao choque entre os ponteiros do certame. A expectativa da assistência era enorme e justificava-se porque, vencedor o Internacional ficaria em posição privilegiada na tabela, ou seja com 4 pontos de vantagem sobre o segundo colocado que é o quadro rajado. Vitorioso este, porém, seria guindado ao primeiro posto, em igualdade de condições com os campeões de 1940. Eis porque o match era aguardado com grande ansiedade.
E o Internacional venceu. Para isso não precisou empregar-se a fundo, pois que sua ação foi facilitada pela fraca atuação do ataque rajado. Embora jogassem quase todo o match com apenas 10 elementos, os rubros mostraram grande fibra e insuperável técnica, mostrando-se dignos da posição que ora ocupam e por que não dizer, ocuparão até o final do campeonato. Todos atuaram muito bem, devendo, porém, serem salientadas as atuações de Brandão, Ruy, Júlio e Villalba, que foram os verdadeiros heróis da partida. Os dois primeiros, por terem atuado magnificamente, mesmo quando deslocados de suas verdadeiras posições e os dois últimos, apesar de seriamente contundidos, terem voltado a seus postos e neles se conservado até a vitoria final das cores rubras. Dos demais, cumpre-nos destacar as atuações firmes de Alfeu, Carlitos e Assis, tendo Ary, Russinho, Nique e Tesourinha cooperado também para a nítida vitória que o líder alcançou sobre o seu rival mais próximo.
Do quadro rajado apenas podemos destacar o labor da defesa. Assim mesmo Abigail e Geraldo foram um tanto culpados de dois tentos. Ruaro e Nabuco foram as grandes figuras da retaguarda, não tendo, porém, os demais desmerecido o conceito que toda a cidade tem da defesa do Força e Luz: uma das mais sólidas da cidade. Se há nomes a destacar no ataque, podemos citar Zequita e Cascão, que foram os que menos pior jogaram.
QUADROS
INTERNACIONAL — Júlio (depois Brandão e novamente Júlio); Alfeu e Ary; Brandão (depois Ruy e novamente Brandão), Assis e Nique; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy e Carlitos.
FORÇA E LUZ — Ruaro; Hugo e Nabuco; Geraldo, Ruarinho e Abigail; Alves, Camilo, Mario Andrade, Zequita e Cascão.
GOLS
1º — Internacional — Villalba — Aos 24 minutos da primeira fase, Villalba, recebendo um "presente" de Abigail, colocou calmamente o couro nas redes confiadas à guarda de Ruaro.
2º — Força e Luz — Cascão — Decorriam 10 minutos da conquista de Villalba, quando Alves, fugindo por sua ala, efetuou ótimo centro, tendo Brandão e Cascão saltado. O veterano extrema levou a melhor e, de cabeça, alojou o couro nas redes de Júlio. Neste lance, Júlio contundiu-se seriamente no rosto, tendo abandonado o gramado, sendo o seu posto ocupado por Brandão, cujo lugar, por sua vez, foi preenchido por Ruy.
3º — Internacional — Tesourinha — Quando faltavam 3 minutos para o término do half-time inicial o Força e Luz foi punido com um foul. Assis bateu-o e Tesourinha, entrando rapidamente, assinalou o segundo tento para o seu quadro. Com dois a um no placar terminou a primeira fase.
4º — Internacional — Carlitos — Tesourinha foge à perseguição de Abigail e estende otimamente para Carlitos. Geraldo, que fora ao seu encontro, vira-se inexplicavelmente na hora "H" e Carlitos fulmina: 3x1. Depois deste gol o jogo descamba para a violência e em consequência disso não se verificam mais gols. Os rajados não conseguem se aproximar do arco guarnecido provisoriamente por Brandão, e os colorados, mesmo com 10 homens, lutam heroicamente e com alguma superioridade. Finalmente soa o apito do cronometrista dando por findo o match.
Juiz — Sr. Alfredo Cesaro. Apitou muito bem. Teve, porém, um grande erro: deixou passar em "brancas nuvens" duas agressões. No mais esteve como sempre. Nota boa.
Preliminar — Vencendo ao Força e Luz por 3x2 o Internacional pode ser considerado o virtual campeão da categoria de reservas.
Fonte: SILVA JÚNIOR, Radamés. Sport Illustrado (RJ), n. 184, 16 out. 1941, p. 23. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/182664/6990. Acesso em: 20 jun. 2025.

07/09/1941 - Citadino 1941 - 2º turno - Cruzeiro-RS 0 x 2 Internacional

CITADINO 1941 - 2º TURNO - CRUZEIRO-RS 0 X 2 INTERNACIONAL
Data: 07/09/1941
Local: Montanha - Porto Alegre (RS)
Renda: 12:000$000
Juiz: Joaquim Rodrigues de Almeida
Gols: Russinho 35’/1 (I); Carlitos ?’/2 (I).
CRUZEIRO-RS: Marne; Gaúcho e Coelho; Wieser, Magno e Vinício; Louzada, Wilson, Cláudio, Rui Souza e Saul.
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Ary; Brandão, Assis e Niquelagem; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinho e Villalba.Técnico: Wolmi Boccorni.

Em pé: Tesourinha, Russinho, Villalba,
Carlitos, Osvaldo Brandão, Niquelagem e Alfeu.
Agachados: Júlio Petersen, Ary, Assis e Ruy Motorzinho.
Fonte: 1909 em cores
"Rui e Villalba foram os dois menos eficientes atacantes
rubros, no jogo. Ei-los acima em luta com Vieser, Coelho
e Vinício, O médio-direito alvi-azul levou a melhor, neste
lance, desafogando a área de seu quadro".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"Com os punhos, Marne resolveu satisfatoriamente este
lance. Era um centro de Tesourinha, que Russinho e
Villalba procuravam aproveitar. Magno, Vieser, Gaúcho e
Coelho estão atentos, prontos para auxiliarem o arqueiro,
se fosse necessário. Aqui o Internacional devia
perder: eram 5X2...".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"A fotografia acima registra um dos momentos sensacionais
do prélio realizado entre Cruzeiro e Internacional. Vemos
o couro subindo, Marne caido, já vencido, e Carlitos
“torcendo”. Vieser, Gaúcho, Coelho, Vinício e Tesourinha
apreciam, de perto, a jogada já finda dos dois aplaudidos
players. Foi, sem dúvida alguma, depois do gol de
Russinho, aquele lance, o mais emocionante dos primeiros
45 minutos e por pouco o placar não subiu, aqui, para dois".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)

CRÔNICA DE PORTO ALEGRE
[...] O sub-clássico foi disputado sob os olhares de um público bastante animador. Grande massa de gente acorreu ao campo da montanha, tendo passado pelas bilheterias a importância de 12:000$ o que demonstra a popularidade dos dois quadros degladiantes.
Como líder-invicto o Internacional não poderia perder, sob pena de ficar privado dos dois títulos que tão pomposamente ostenta. Assim sendo, os colorados iniciaram a pugna com grande apetite, mas foram sobrepujados pelo entusiasmo inicial dos alvi-azues, que, durante longo tempo e exibindo um futebol metódico, ficaram assediando a meta guardada por Júlio, sem maiores resultados, porém. Aos 35 minutos, Russinho, iniciando a reação colorada e numa jogada toda individual, venceu amplamente a Marne, colocando desse modo seu clube em vantagem no marcador. Daí por diante, até ao fim da primeira fase foi o jogo dos colorados o que se mais notou tendo a meta guarnecida por Marne passado por maus momentos. Com 1x0 findou a primeira fase.
Para o tempo complementar esperava-se uma reação dos azuis, e de fato tal aconteceu. Resultou daí um jogo parelho: o Cruzeiro esforçando-se para igualar a contagem e o Internacional, para aumentá-la. Prevaleceu o que dissemos por último, isto é, o Internacional conseguiu mais um tento, obra de Carlitos, que finalizou com grande precisão uma boa centrada de Tesourinha. Há depois disso uma reação dos cruzeiristas, tendo Cláudio perdido uma ótima oportunidade para reduzir a contagem. Perdeu assim o Cruzeiro por 2x0, e o Internacional conservou-se na liderança, sem derrotas.
Do quadro vencedor destacamos o trio final, integrado por Júlio-Alfeu e Ary. Este último — um estreante — foi o que melhor impressionou. Trata-se de um elemento jovem, bom rebatedor e de muita colocação. Poderá tornar-se um legítimo substituto do "velho" Risada. Alfeu foi a figura destacada de sempre, assim como Júlio, que, apesar de não ter muito trabalho, desempenhou-se muito bem quando chamado a intervir. A linha média esteve fraquíssima. O menos pior dos três foi Brandão. Assis e Nique chegaram a comprometer o conjunto. Na linha de ataque voltou a figurar Russinho, que havia sido afastado do quadro. Fez uma rentrée verdadeiramente notável. Foi a sua melhor partida no presente campeonato. Carlitos também atuou esplendidamente, aliás como o vem fazendo desde o início da temporada. Villalba e Ruy estiveram infelizes, enquanto que Tesourinha ao que parece está retornando àquela forma que ostentava no fim do ano passado. Gostamos bastante de Tesourinha.
Do Cruzeiro temos a destacar quatro elementos: Marne, Gaúcho, Louzada e Magno. Todos cumpriram performances muito boas, principalmente Gaúcho, que se vem firmando como uma das grandes revelações da temporada. Louzada é outra esperança do futebol gaúcho, tão pobre em extremas-direitas. Deixamos por último Magno, pois como orientador e jogador do quadro ele merece um registro especial. Efetivamente, desde que Magno assumiu a direção do quadro, ele subiu em efetividade quase a 100%. É um dos poucos esquadrões que no atual campeonato vem demonstrando técnica.
Nossos parabens a Magno e à familia Cruzeirista pela ótima escolha. Mas, voltemos à apreciação dos demais. Coelho e Wieser atuaram bem. No ataque, além de Louzada temos a destacar as atuações de Saul e Wilson. Cláudio e Ruy estiveram fracos.
Como árbitro, atuou o sr. Joaquim Rodrigues de Almeida, o popular Juca, benjamim dos árbitros. Gostamos muito de sua atuação, e as reclamações do público não tiveram cabimento. Continue assim Juca e vencerás.
Os quadros:
Internacional: — Júlio; Alfeu e Ary; Brandão, Assis e Nique; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy e Carlitos.
Cruzeiro — Marne; Gaúcho e Coelho; Wieser, Magno e Vinício; Louzada, Wilson, Cláudio, Ruy e Saul.
Na partida preliminar, realizada entre os quadros reservas, venceu o Internacional por 2x1, resultado esse que lhe garantiu a liderança absoluta do campeonato da referida categoria, quatro pontos na frente do segundo colocado, que é o Cruzeiro.
Fonte: Sport Illustrado (RJ), n. 181, 25 set. 1941, p. 11. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/182664/6885. Acesso em: 19 jun. 2025.

31/08/1941 - Citadino 1941 - 2º turno - Internacional 7 x 1 FC Porto Alegre

CITADINO 1941 - 2º TURNO - INTERNACIONAL 7 X 1 FC PORTO ALEGRE
Data: 31/08/1941
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Alfredo Cesaro
Gols: Carlitos [2], Ruy Motorzinho [2], Tesourinha, Osvaldo Brandão, Villalba (I); Sila (F).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Risada; Osvaldo Brandão, Assis e Niquelagem; Tesourinha, Salvador, Villalba, Ruy Motorzinho e Carlitos. Técnico: Wolmi Boccorni.
FC PORTO ALEGRE: Setembrino; Roquete e Francisco; Rubim, Guedes e Moura; Di Primio, Sila, Wilson, Dorvalino e Alcides.

VENCEDORES O INTERNACIONAL E FORÇA E LUZ
PORTO ALEGRE, 1 (Agência Nacional) — Em continuação ao Campeonato Metropolitano, jogaram, ontem, aqui os seguintes clubes: Internacional e Porto Alegre, vencendo o primeiro por 7x1; Força e Luz e Cruzeiro, vencendo este por 3x1. [...]
Fonte: Jornal dos Sports (RJ), n. 3699, 02 set. 1941, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/112518_01/17194. Acesso em: 19 jun. 2025.

03/08/1941 - Citadino 1941 - 1º turno - São José-RS 2 x 2 Internacional

— PORTO ALEGRE, 28 (A. N.) — O mau tempo não permitiu que fosse completada a rodada de ontem do Campeonato de Football da cidade. O Internacional e o São José não puderam jogar em virtude da impraticabilidade do gramado [...].
Fonte: Gazeta de Notícias (RJ), n. 173, 27/07/1941, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/103730_07/7278. Acesso em: 19 jun. 2025.

CITADINO 1941 - 1º TURNO - SÃO JOSÉ-RS 2 X 2 INTERNACIONAL
Data: 03/08/1941
Local: Passo d’Areia - Porto Alegre (RS)
Renda: 15:200$000
Juiz: Romeu Viola
Gols: Bá 1’/1 (S); Bá 26’/1 (S); Ruy Motorzinho 27’/2 (I); Villalba ?’/2 (I).
SÃO JOSÉ-RS: Ivo Winck; Pita e Alceu; Zica, Badanha e Lobato; Javel, Didi, Bá, Elustondo e Chinês.
INTERNACIONAL: Rubens; Alfeu e Borges; Niquelagem, Assis e Osvaldo Brandão; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinho e Carlitos.

"lvo, o seguro guardião “zequinha”, novamente num dia
de grande gala, fazendo desperdício de coragem, mergulhou
para evitar um lance perigoso de Carlitos que seria
completado por Villalba. O center-forward colorado
fez um evidente esforço pare evitar atingir o keeper dos
“santos” na cabeça. O gesto do player argentino teve
o merecido apreço por parte da enorme assistência que
enchia as dependências do Estádio do Passo da Areia,
que dividiu os seus aplausos para o desprendimento de lvo
e para o bom espírito esportivo demonstrado por Villalba".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"A desvantagem de 2 tentos não conseguiu abater o
ânimo dos diabos-rubros. E assim, depois do tento de
Ruy, coube a Villalba, num lance inteligente, vencer pela
segunda vez a habilidade de Ivo, o magnífico arqueiro do
S. José. O flagrante acima “registra, precisamente, o
momento em que a bola ultrapassava a meta do clube do
Passo da Areia, estabelecendo empate definitivo. Este
jogo proporcionou uma renda recorde no campeonato
do corrente ano, prova do interesse que o
mesmo despertara na cidade".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"lvo, apoiado por Pita, salta roubando a Russinho ótima
ocasião de cabecear. lvo, o guardião do S. José, mais
uma vez demonstrou suas reais qualidades para o posto".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)

EMPATOU O INTERNACIONAL
2 x 2 na peleja com o São José
PORTO ALEGRE, 4 (Da Sucursal de A NOITE) — No match de campeonato realizado ontem nesta capital, o Internacional empatou com o São José, por 2x2, depois de estar perdendo por 2x0, no período inicial. Em consequência desse resultado o Força e Luz é agora o líder do campeonato.
Fonte: A Noite (RJ), n. 10589, 04 ago. 1941, p. 31. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/348970_04/10268. Acesso em: 19 jun. 2025.

Porto Alegre, 4. (A. N.) — Em disputa do campeonato oficial, jogaram ontem os clubes São José e Internacional, terminando a disputa com o resultado de 2 a 2.
Fonte: Jornal do Commercio (RJ), n. 259, 04 ago. 1941, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/364568_13/8010. Acesso em: 19 jun. 2025.

OS ESPORTES EM PORTO ALEGRE
FOOT-BALL
O campeonato do corrente ano vem se processando com grande entusiasmo em Porto Alegre. A partida que vamos relatar foi uma das mais importantes, pois nela se encontraram dois quadros que, além de invictos, vinham em igualdade de condições na tabela dos pontos. São José e Internacional arrastaram uma grande multidão ao longínquo estádio do Passo D'Areia e pelas bilheterias passou a bela soma de 15:200$000, aproximadamente.
O grande público que compareceu ao estádio dos "santos" não saiu logrado, pois foi-lhe dado a apreciar um bom espetáculo de foot-ball. Talvez foi este o melhor jôgo do campeonato. O São José,
principalmente, apresentou um grande quadro, onde pontificou a figura inconfundível de Ivo, o melhor dos 22 em campo. Arrojadíssimo, com uma colocação notável, uma segurança absoluta e uma elegância inimitável, o guardião "zequinha" monopolizou a atenção do público. Pita e Alceu foram outros dois baluartes do quadro. Alceu, principalmente, revelou-se um grande zagueiro. Na linha média destacou-se Zica que, marcando com acerto a Carlitos, tornou-o inofensivo. Badanha e Lobato sobressaíram no segundo tempo. Na vanguarda, o grande animador foi Didi. Ajudou muito a retaguarda e foi quem conduziu o ataque em suas investidas ao campo inimigo. Javel, Bá e Chinês estiveram bons, e Elustondo esteve num dia infeliz.
Dos "colorados" o melhor homem foi Villalba. Desde que chegou a Porto Alegre foi esta a sua melhor partida. Conduziu muito bem o ataque e constituiu sempre um perigo para o arco de Ivo. Enfim, foi ótima a atuação do player argentino. Depois de Villalba os que mais se destacaram foram Assis, Alfeu e Ruy. Os demais não reprisaram as suas últimas atuações, com exceção de Borges, que continuou distribuindo coices, aliás, como o vem fazendo desde que joga em campos portoalegrenses...
COMO FORAM FEITOS OS GOLS
1º —  São José — Não decorriam ainda dois minutos de jogo quando Bá, recebendo ótimo passe de Didi, inaugurou o placar. Grande foi o júbilo da torcida zequinha.
2º — São José — Depois de assinalado o primeiro gol, os zequinhas lançaram-se resolutamente ao ataque e assediando a área do Internacional, fizeram com que a cidadela de Rubens caísse pela segunda vez, precisamente aos 26 minutos, novamente por intermédio de Bá, que iludiu habilmente o guardião dos vermelhos. Não parou, porém, aí o assédio do São José. Continuando naquele ímpeto que vinham mantendo desde o princípio de jogo deram insano trabalho à defesa do Internacional, que, aliás, resistiu galhardamente, o que, porém, não impediu que duas bolas fossem se chocar violentamente ao travessão superior, quando o arqueiro já havia sido vencido. O apito do cronometrista veio dar fim ao bloqueio do arco de Rubens.
3º — Internacional — Ao contrário do que sucedera no primeiro tempo, quando o São José dominou amplamente o seu adversário, no segundo tempo o Internacional foi quem levou a melhor. Refazendo-se do susto do tempo inicial os colorados organizaram-se no segundo tempo, fazendo perigar o arco de Ivo. Apesar de grandes prodígios deste guardião, o Internacional assinalou o seu primeiro tento por intermédio de Ruy, numa jogada toda individual. 2x1 aos 27 minutos.
4º — Internacional — Não haviam cessado os aplausos da enorme torcida colorada, quando Villalba empatou definitivamente o match. Foi um golpe de cabeça com grande maestria. E com dois a dois no placar terminou o jogo.
Ambos os quadros conservaram o título de invictos, mas perderam a liderança em favor do Força e Luz, que sem jogar, foi o maior favorecido com o empate entre São José e Internacional.
O juiz Romeu Viola atuou a contento.
QUADROS
São José — Ivo (10); Pita (8) e Alceu (9); Zica (7), Badanha (6) e Lobato (6); Javel (7), Didi (9), Bá (8), Elustondo (5) e Chinês (6).
Internacional — Rubens (6); Alfeu (8) e Borges (3); Nick (6), Assis (8) e Brandão (6); Tesourinha (5), Russinho (5), Vilalba (9), Ruy (6) e Carlitos (5).
Fonte: SILVA JÚNIOR, Radamés. Sport Illustrado (RJ), n. 177, 28 ago. 1941, p. 22. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/182664/6773. Acesso em: 19 jun. 2025.

13/07/1941 - Citadino 1941 - 1º turno - Internacional 2 x 2 Força e Luz

CITADINO 1941 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 2 X 2 FORÇA E LUZ
Data: 13/07/1941
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Alfredo Cezaro
Gols: Villalba, Ruy Motorzinho (I); Camilo [2] (F).
INTERNACIONAL: Rubens; Alfeu e Risada; Niquelagem, Assis e Ávila; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinhoe Carlitos.
FORÇA E LUZ: Affonso Ruaro; Hugo e Nabuco; Geraldo, Walter Ruaro e Abigail; Alves, Camilo, Mário Andrade, Zequita e Cascão.

— PORTO ALEGRE, 14 (A, N) — Os jogos ontem realizados, em prosseguimento ao campeonato de football da cidade, terminaram em dois empates: São José x Porto Alegre, 2 x 2; Internacional x Força e Luz, 3 x 2. [...]
15/07/1941 - Gazeta de Notícias (RJ), ano 1941, n. 161, p. 10 - http://memoria.bn.gov.br/DocReader/103730_07/7078

EMPATARAM
— Porto Alegre, 14 (“Correio da Manhã") — Apesar das chuvas, foi realizado o match entre o Internacional e o Força e Luz, terminando a peleja com o empate de dois gols.
Fonte: Correio da Manhã (RJ), n. 14323, 15 jul. 1941, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/089842_05/7610. Acesso em: 19 jun. 2025.

01/06/1941 - Citadino 1941 - 1º turno - Internacional 9 x 3 Cruzeiro-RS

CITADINO 1941 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 9 X 3 CRUZEIRO-RS
Data: 01/06/1941
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Renda: 5:687$000
Juiz: Alfredo Cezaro
Gols: Carlitos [4], Osvaldo Brandão [3], Tesourinha, Russinho (I); Rui Souza e Ordovás [2] (C).
INTERNACIONAL: Rubens; Alfeu e Borges; Niquelagem, Assis e Ávila; Tesourinha, Russinho, Osvaldo Brandão, Ruy Motorzinho e Carlitos.
CRUZEIRO-RS: Marne; Berto e Osvaldo Só; Zezé, Felix Magno e Vinício; Gervásio, Wilson, Ordovás, Rui  Souzae Saul.

Em pé: Alfeu, Niquelagem, Borges, Ávila, Ruy Motorzinho e Carlitos.
Agachados: Tesourinha, Rubens, Osvaldo Brandão, Russinho e Assis.
Fonte: 1909 em cores

Porto Alegre, 2. (A. N.) — Após longo período de descanso, forçado pela calamidade da enchente, foi finalmente reiniciado, ontem, nesta capital o campeonato oficial de football sob o controle da Federação Riograndense.
O jogo de ontem foi disputado entre o Internacional e o Cruzeiro. O embate tornou-se desinteressante dada a superioridade esmagadora com que atuou o "team do Internacional, levando de vencida o contendor pela contagem de 9 x 3.
Fonte: Jornal do Commercio (RJ), n. 205, 02 jun. 1941, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/364568_13/7062. Acesso em: 19 jun. 2025.

REENCETADO O CAMPEONATO DE PORTO ALEGRE
PORTO ALEGRE, 3 (Da Sucursal de A NOITE) — Foi reencetado o campeonato local havendo o Internacional vencido o Cruzeiro pelo score de 9 x 3.
Fonte: A Noite (RJ), n. 10526, 02 jun. 1941, p. 25. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/348970_04/9123. Acesso em: 19 jun. 2025.

06/04/1941 - Citadino 1941 - 1º turno - FC Porto Alegre 1 x 6 Internacional

CITADINO 1941 - 1º TURNO - FC PORTO ALEGRE 1 X 6 INTERNACIONAL
Data: 06/04/1941
Local: Chácara das Camélias - Porto Alegre (RS)
Renda: 5:831$000
Juiz: Natal Maineri
Gols: Cézar (F); Osvaldo Brandão [2], Tesourinha, Ruy Motorzinho, Villalba e Russinho (I).
FC PORTO ALEGRE: De Lorenzi (Setembrino); Roquete e Francisco; Rubi, Pipoca e Guedes; Di Primio, Wilson, Romangueira, Sila e Cézar.
INTERNACIONAL: Rubens; Alfeu e Borges; Assis, Osvaldo Brandão e Pedrinho; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinho e Carlitos. Técnico: Orlando Cavedini.
Obs.: curiosamente, após a partida, o presidente do FC Porto Alegre anunciou que iria requerer um exame médico do árbitro Natal Maineri.

Porto Alegre, 6 (A. N.) — Em prosseguimento do campeonato da cidade, jogaram, hoje, o S. C. Internacional e o veterano Porto Alegre, que foi vencido por aquele pela contagem de 6 x 1.
Como nota interessante desse jogo, registra-se o fato do presidente do Porto Alegre, no transcorrer da peleja, ter requerido, em boletim, o exame mental do juiz Maineri, que arbitrou o jogo. O caso vai ser submetido ao julgamento da AMGEA.
Fonte: Jornal do Commercio (RJ), n. 159, 07 abr. 1941, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/364568_13/6201. Acesso em: 19 jun. 2025.

AMPLO TRIUNFO DO INTERNACIONAL
PORTO ALEGRE, 7 (Especial para JORNAL DOS SPORTS) — Prosseguiu ontem o campeonato gaúcho, com a realização da peleja Internacional x Porto Alegre. O valoroso Alvi-rubro foi o vencedor pela contagem de 6x1. A nota interessante do embate foi que o presidente do Porto Alegre protestou contra o juiz Maineri e anunciou que vai requerer o exame das faculdades mentais desse árbitro.
Fonte: Jornal dos Sports (RJ), n. 3575, 08 abr. 1941, p. 3. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/112518_01/16294. Acesso em: 19 jun. 2025.

O FEITIÇO CONTRA OS FEITICEIROS
Porto Alegre, 10 ("Correio da Manhã") — O Clube Porto Alegre representou, por intermédio do seu capitão, contra a atuação do juiz Natal Maineri, pedindo um boletim de exame mental do mesmo. A comissão técnica da A. M. G. E. A. pediu a eliminação do sr. Maineri do quadro de juízes. Agora a diretoria da A. M. G. E. A. censurou o capitão do Clube Porto Alegre pela linguagem empregada na sua representação contra aquele juiz e suspendeu os membros da comissão, achando que não têm capacidade de ajuizar a capacidade técnica dos juizes. A original solução é comentada nos meios esportivos.
Fonte: Correio da Manhã (RJ), n. 14244, 11 abr. 1941, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/089842_05/5898. Acesso em: 19 jun. 2025.

EXAME MENTAL PARA JUIZ GAÚCHO
A medida pleiteada pelo presidente do Porto Alegre
Do sul vem-nos uma notícia curiosíssima, dessas que os argentinos denominariam de "phenomeno". Houve, domingo, em prosseguimento ao campeonato local, a peleja Internacional x Porto Alegre. Como era esperado, pela sua melhor classe, a vitória pertenceu ao Internacional. O score é que surpreendeu: 6x1!
Da parte do grêmio vencido não houve propriamente fracasso, para justificar tamanha desproporção no marcador. Não vimos o jogo e somente tomamos conhecimento do resultado, unicamente. Mas somos levados a essa conclusão pelo simples fato de ter o presidente do Porto Alegre, no decorrer do jogo, se utilizado do boletim para lançar um protesto. E que protesto: Requereu ele, nada mais, nada menos, do que um exame mental no juiz!...
O protesto foi encaminhado à A. M. G. E. A.
Aqui tivemos o caso de um juiz que foi levado a exame da vista, determinado pela Liga, atendendo à solicitação de um clube.
Coisa natural. Mas o caso ocorrido no sul, como novidade, é definitivo...
Fonte: Diário da Noite (RJ), n. 4231, 12 abr. 1941, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/221961_02/6958. Acesso em: 19 jun. 2025.

ATUOU MAL...
PORTO ALEGRE, 11 (Da Sucursal de A NOITE) — Um clube desta capital representou, por intermédio de seu capitão, contra a atuação do juiz Natal Mameri, solicitando o boletim de exame mental do mesmo.
Fonte: A Noite (RJ), n. 10476, 12 abr. 1941, p. 15. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/348970_04/8225. Acesso em: 19 jun. 2025.

17/08/1941 - Citadino 1941 - 1º turno - Internacional 3 x 0 Grêmio

— PORTO ALEGRE, 11 (A. N) — DEVIDO AO MAU TEMPO, não se realizou o “Clássico da Cidade”, entre os quadros do Internacional e do Grêmio Portoalegrense, ficando a referida prova para o próximo dia 15 do corrente.
Fonte: Gazeta de Notícias (RJ), n. 185, 12 ago. 1941, p. 10. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/103730_07/7506. Acesso em: 19 jun. 2025.

CITADINO 1941 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 3 X 0 GRÊMIO
Data: 17/08/1941
Local: Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Renda: 30:000$000
Juiz: Alfredo Cesaro
Gols: Carlitos 9’/1 (I); Carlitos 43’/1 (I); Villalba 15’/2 (I).
INTERNACIONAL: Júlio Petersen; Alfeu e Júlio Ramos; Osvaldo Brandão, Assis e Niquelagem; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy Motorzinho e Carlitos.Técnico: Wolmi Boccorni.
GRÊMIO: Edmundo; Dario e Walter; José, Noronha e André; Mário, Ivo, Basílio, Foguinho e Duarte. Técnico: Telêmaco Frazão de Lima.

"Júlio reapareceu no Gre-Nal, ocupando o quadrilátero
colorado. A magnífica performance cumprida em Pelotas,
contra o Bancário e sua regularidade nos ensaios,
levaram o técnico dos campeões do Estado a incluí-lo
no team que disputaria, contra os tricolores o primeiro
“clássico” oficial do ano. E Júlio satisfez. Sem ser exigido
em nenhuma intervenção excepcional, o keeper
internacionalista produziu o bastante para justificar a
sua presença no quadro. Acima, vêmo-lo, segurando
firme um arremesso de Duarte.
Fonte: Sport Illustrado (RJ)
"Numerosa assistência encheu completamente o
estádio da rua Silveiro e fez passar pelas bilheterias
importância superior a duas dezenas de contos,
acompanhando o jogo tradicional entre colorados
e tricolores, o “derby” porto-alegrense. O resultado
foi favorável aos diabos-rubros, que, por intermédio
de Carlitos e Villalba, atingiram por três vezes as
redes de Edmundo, conseguindo um triunfo brilhante
sob todos os aspectos. No clichê ao alto, vemos o
1º tento da tarde, assinalado por Carlitos, que
aparece caído, enquanto Villalba, sorridente corre a
felicitar o seu companheiro de quadro. Edmundo,
que mergulhou improficuamente, ergue-se lentamente
do solo, enquanto Tesourinha e André, experimentando
emoções diversas, observam a bola dentro da meta tricolor".
Fonte: Sport Illustrado (RJ)

O INTERNACIONAL VENCEU O GRÊMIO POR 3 A 0
PORTO ALEGRE, 18 (Da Sucursal de A NOITE — O Grêmio de Football Portoalegrense foi derrotado, ontem, no match de campeonato, pelo Internacional por três pontos a zero.
Fonte: A Noite (RJ), n. 10603, 18 ago. 1941, p. 29. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/348970_04/10520. Acesso em: 19 jun. 2025.

CRÔNICA DE PORTO ALEGRE
As expressões máximas do "soccer" gaúcho em competência sensacional
Todos que acorreram ao Estádio dos Eucaliptos sabiam que a partida não seria fácil para o Internacional. Isto porque o Grêmio estava possuído de um grande desejo de reabilitação e de um entusiasmo ímpar. Já por isso, ou talvez por algum outro motivo, grande foi a assistência que se transportou ao longínquo gramado, fazendo passar pela bilheteria a soma recorde do presente campeonato: 30:000$. E esse publico não se enganou. A par das inúmeras sensações que sempre oferece o clássico, houve também, para gáudio de todos, bom foot-ball, principalmente no primeiro tempo, quando o Grêmio, apresentando um association metódico e lúcido, conseguiu tornar o jogo parelho, se bem que não no placar, onde os colorados obtiveram a vantagem de dois pontos. Esta vantagem, o Internacional a conseguiu graças à completa ineficácia da artilharia gremista, que, combinando otimamente no centro do gramado, tornava-se, porém, inofensiva ao aproximar-se da área perigosa. O contrário acontecia com a vanguarda dos rubros. Suas escaladas não eram bem dirigidas, mas em compensação eram perigosíssimas, a ponto de pôr em constante sobressalto a defesa dos tricolores. Dessas escapadas nasceram os dois tentos, ambos espetaculares e de notável precisão.
Para o segundo half-time esperava-se a tradicional reação dos tricolores. Esta começou a se fazer sentir logo nos primeiros instantes, quando o Internacional concedeu dois escanteios consecutivos. Mas, mostrando toda a sua pujança, os defensores das cores rubras cortaram qualquer ação do Grêmio com um tento de Villalba, e ante o descontrole dos tricolores tomaram completamente conta do gramado, não só assinalando mais gols devido a grande atuação de Noronha e Dario. Otimamente apoiados pela intermediária, os atacantes rubros atacam e voltam a atacar, sendo, porém, contidos pelos dois baluartes do Grêmio. E assim o match chegou a seu término com a vitória insofismável do Internacional, espelho justo de sua melhor conduta em campo.
Como já deixamos antever linhas acima, a vitória do Internacional sobre o seu tradicional rival, foi construída moralmente pela intermediária, que com grande precisão apoiou o ataque, onde apenas Carlitos e Villalba apareceram como figuras de mérito. Efetivamente, o center-forward argentino e o mignon ponta-esquerda cumpriram atuações verdadeiramente excepcionais. Aquele segundo tento de Carlitos valeu ao todo por um espetáculo. Villalba foi um condotieri malicioso, hábil e oportunista. Já o mesmo não podemos dizer de Ruy, Russinho e Tesourinha. Os dois ultimos vêm passando por maus momentos, enquanto que se nos pareceu estranha a fraca atuação de Ruy. Na linha média todos jogaram eficientemente, principalmente o eixo Assis que dia a dia vem se firmando como o provável reserva de Noronha no selecionado rio-grandense que concorrerá ao próximo campeonato brasileiro. Brandão e Nick secundaram-no em boa forma. Na parelha de zagueiros tivemos um estreante: Ramos. Achamos ainda cedo fazer qualquer comentário sobre o seu jogo, mas podemos dizer de passagem que não nos agradou a sua atuação.
Talvez para o futuro venha melhorar. Oxalá isso aconteça, pois, trata-se de um elemento jovem e de grande força de vontade. Alfeu foi a grande figura da defesa. Cobriu as lacunas deixadas por Ramos, e precisamente isso aumenta o mérito de sua já notável atuação. Júlio reapareceu no arco e o fez de maneira esplêndida. Não poderia ser melhor a sua rentrée. Enfim, todos contribuíram grandemente para a espetacular vitória do S. C. Internacional.
O Grêmio vem passando horas amargas este ano. Faltam-lhe valores e daí não poder, absolutamente, subsistir um conjunto bom. Salvo uma ou outra apresentação, as demais têm sido fraquíssimas. Ainda contra o seu adversário de todos os tempos, apenas no primeiro half-time apareceu o quadro do Grêmio, pois, que já no segundo, aqueles onze homens nem sequer pareciam ser do "glorioso" de outras épocas. Até mesmo o tradicional sangue lhe faltou. Mas talvez o que vem passando seja apenas passageiro, para gáudio de sua grande legião de torcedores.
Apenas cinco homens podemos destacar no esquadrão do glorioso team do "fortim": Edmundo, Dario, Noronha, Ivo e Foguinho. O eixo foi, sem dúvida alguma, a maior figura do campo. Sem jamais perder o controle ante a fraca atuação dos médios de ala, Noronha monopolizou a atenção da torcida com suas jogadas precisas e de muita técnica. Reeditou a sua grande atuação do ano passado no Estádio de Pacaembu. Edmundo começou um pouco inseguro, mas logo após firmou-se, tornando-se o goleiro que estamos acostumados de admirar. Dario, apesar de veterano, foi o grande baluarte de sempre.
Rebatedor emérito e de ótima colocação, constituiu um dos pontos altos da sua equipe. Foguinho, como sempre, foi incansável do princípio ao fim, tendo Ivo lhe seguido de perto as pegadas. Os demais, com exceção de Duarte, estiveram fraquíssimos.
Alfredo Cesaro foi o juiz. Conduziu-se muito bem, aliás como o vem fazendo desde que atua em nossos gramados.
Depois da partida entre os reservas, em que o Internacional venceu penosamente, nos últimos instantes, por 1x0, conservando-se deste modo invicto e ponteiro da tabela, deram entrada no gramado as equipes principais sob forte entusiasmo do público. Estavam assim constituídas:
Internacional: — Júlio; Alfeu e Ramos; Brandão, Assis e Nick; Tesourinha, Russinho, Villalba, Ruy e Carlitos.
Grêmio: — Edmundo; Dario e Walter; José, Noronha e André; Mário, Ivo, Bazílio, Foguinho e Duarte.
Já no primeiro minuto, Carlitos perdeu excelente oportunidade de abrir a contagem, desvaindo por sobre o travessão, uma bola que Edmundo defendera parcialmente de um insinuoso chute de Villalba. Logo após, Bazílio retribuiu a "gentileza" de Carlitos, imitando-o em quase idênticas condições. Aos nove minutos surgiu o primeiro gol: Carlitos, recebendo uma bola que Villalba desviara com a cabeça, acomodou-a no canto inferior esquerdo da meta defendida por Edmundo. Explode a torcida colorada. 1x0 no placar.
O Grêmio reage e, mercê de um jogo de ótimo padrão, permanece no campo adversário durante quase vinte minutos, sem contudo conseguir algo de prático. De vez em vez os rubros efetuam escapadas, sempre perigosas para o arco de Edmundo. Quando faltavam dois minutos para se encerrar a primeira fase, Carlitos recebe a bola no centro do gramado. Corre pela orla do campo sempre perseguido por José. Com dois ou três dribles livra-se do médio tricolor.
Surge Dario que também é enganado. Finalmente, de uma posição dificil, desfere um chute enviesado que atinge as redes meio palmo além da trave. Gol verdadeiramente espetacular! 2x0. Fim do primeiro tempo, logo após ter Bazílio perdido outra excelente oportunidade.
O segundo tempo foi de grande superioridade do Internacional, que já aos quinze minutos cortou qualquer tentativa de reação por parte do Grêmio, com mais um gol, conseguido, aliás, com grande habilidade por Villalba. Com 3x0 contra nada era possível fazer, pensaram os tricolores, e aí veio a debacle geral do quadro, não tendo o score subido graças às intervenções de Noronha, Dario e Edmundo. Findou assim o clássico do foot-ball porto-alegrense, cujo resultado colocou o Internacional novamente na liderança da tabela. [...]
Fonte: Sport Illustrado (RJ), n. 180, 18 set. 1941, p. 8. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/182664/6851. Acesso em: 19 jun. 2025.