11/08/1929 - Citadino 1929 - 2º turno - Bancário-POA 2 x 4 Internacional

BANCÁRIO X INTERNACIONAL
No campo da Rua Larga, no Parthenon, encontrar-se-ão, amanhã, em match do returno, os fortes quadros do Athletico Bancário e Sport Club Internacional.
Esse encontro promete ser renhido, pois o novel Bancário, com a requisição de novos elementos, está em condições de enfrentar o seu valoroso adversário.
E se conseguir fazer a mesma jogada de domingo, certo, dará muito trabalho à defesa colorada.
Provavelmente o Internacional jogará com a falta de Magno.
Neste caso, segundo estamos informados, Risadinha ocupará a sua posição, atuando no lugar deste Luizelli, do segundo team.
Fonte: A Federação (RS), 13/08/1929, ano 1929, n. 189, p. 2. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/67187. Acesso em: 01 out. 2024.

CITADINO 1929 - 2º TURNO - BANCÁRIO-POA 2 X 4 INTERNACIONAL
Data: 11/08/1929
Local: Campo da Rua Larga - Porto Alegre (RS)
Juiz: João Lima
Gols: De Lorenzi, Heitor (B); Nenê, Felix Magno, Dante Marroni e Risada (I).
BANCÁRIO-POA: Fonseca; Agripino e Hermes; Trois, Heitor e Rao; Miro, Ferraz, Pedro, De Lorenzi e Franco.
INTERNACIONAL: Bagre; Ribeiro e Miro Vasques; Ryff, Risada e Moreno; Nenê, Javel, Felix Magno, Dante Marroni e Lourival.

28/07/1929 - Citadino 1929 - 1º turno - Americano-RS 3 x 2 Internacional

O SENSACIONAL ENCONTRO DE AMANHA: AMERICANO X INTERNACIONAL
O campo da Rua Larga, no Partenon, será theatro, amanhã, de uma sensacional peleja.
É que, naquele local, vão se encontrar os dois invictos quadros da atual temporada: Sport Club Americano e Sport Club Internacional.
A luta será por certo gigantesca, procurando cada qual dar o máximo do seu esforço em defesa da sua bandeira.
Se os colorados conseguirem sobrepujar o seu temível adversário colocar-se-ão na vanguarda do compeonato. O Americano, porém, se vencer, terá ainda de jogar mais uma partida contra o Bancário, para alcançar a liderança.
Ambos os quadros vão ao campo dispostos a lutar com ardor e entusiasmo, estando otimente preparados.
Por tudo isto, ainda mais, por ser o único jogo da primeira divisão que se realizará na capital, o vasto campo dos grenats tornar-se-á, sem dúvida, acanhado para acomodar a enorme assistência que ali afluirá.
A diretoria do campeão do Estado, não louvável intuito de fazer corror a grande peleja no meio da maior harmonia, tomou providências no sentido de policiar devidamente o campo por praças da Guarda Civil e Brigada Militar, sendo vedada a entrada a pessoas armadas.
- Os árbitros serão fornecidos pelo Athletico Bancário, devendo atuar na partida principal o Sr. Celeste Aleixo.
- Os jogos obedecerão no seguinte horário: terceiros teams, às 9 horas; segundos, às 14 horas e primeiros, às 16.
Conduzem ao local bondes e ônibus P.
Fonte: A Federação (RS), 27/07/1929, ano 1929, n. p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/388653/67067. Acesso em: 28 jul. 2023.

CITADINO 1929 - 1º TURNO - AMERICANO-RS 3 X 2 INTERNACIONAL 
Data: 28/07/1929
Local: Campo da Rua Larga - Porto Alegre (RS)
Juiz: Celesto Aleixo (V. Sanguinetti)
Gols: Horácio 30’/1 (A); Luiz 5’/2 (A); Nenê ?’/2 (I); Dante Marroni?’/2 (I); Fagundes ?’/2 (A).
AMERICANO-RS: Alegrete; Heitor e Vasco; Walter, De Lorenzi e Zezé II; Campão, Ruiz, Horácio, João e Fagundes.
INTERNACIONAL: Bagre; Miro Vasques e Risada; Ryff, Felix Magno e Moreno; Nenê, Javel, Ribeiro, Dante Marroni e Lourival.

EM SENSACIONAL JOGADA O AMERICANO ABATEU O INTERNACIONAL POR 3 A 2
Confirmaram-se, indo mesmo além da expectativa, os vaticínios de que a grande peleja entre grenats e alvi-rubros, seria a mais sensacional, a mais emocionante das que se tem realizado em disputa do campeonato da novel Associação Metropolitana Gaúcha de Esportes Atléticos.
De fato, o jogo assumiu, por vezes, proporções gigantescas, principalmente nos vinte minutos finais. Ambos foram dignos um do outro. As falhas de técnica foram substituídas pelo  entusiasmio e pelo ardor com que se bateram.
O quadro, americanista venceu porque soube aprevoitar melhor as opportunidades e isto nos derradeiros minutos de jogo.
Portanto, a sua vitória sobre o Internacional, foi justa e merecida.
E a numerosa  assistência que enchia, por completo, a vast prala de desportos dos grenats, aliás, a maior da atual temporada, saiu satisfeita por ter assistido a uma das mais porfiadas partidas de foot-ball realizadas até o momento, não regateando applausos tanto a vencedores como a vencidos.
Feito este ligeiro entroito, passaremos a dar um rápido resumo do que foi o jogo.
Os quadros - Terminada a partida preliminar entre os quadros secundários, da qual findou por um empate de 2 contra 2, deram cntrda em campo os quadros principais, vindo, em primeiro os locais, que foram saudados pelo público com salvas de palmas, o mesmo se dando quando, os alvi-rubros pisaram o gramado.
Após ligeiro bate-bola, o juiz apita, chamando os concorrentes.
Sorteado o “toss”, este foi favorável nos alvi-rubros, que  escolheram o gol de entrada, e logo a seguir, tomam posições: os dois adversários, obedecendo a seguinte organização:
Americano:
Alegrete
Heitor - Vasco
Walter - Dilorenzi - Zezé
Campão, Luiz, Horácio, João e Fagundes.
Internacional:
Bagre
Miro-Risada
Ryff-Magno-Moreno
Nené, Javel, Ribeiro, Marroni e Lourival.
O jogo - Precisamente, às 16 horas, Horácio dá inicio ao jogo, passando a bola ao meio esquerda  João, que a perde logo.
Magno faz o primeiro foul, que batido por Vasco, vai fora.
A seguir os colorados fazem cerrado ataque no campo adversário, obrigando a Alegrete praticar difícil defesa, de uma cabeçada de Marroni.
Os grenats avançam pela esquerda, tendo Bagre a ocasião de fazer a primeira pegada, sendo, porém, chargeado por João, o juiz pune foul deste.
Novo ataque dos alvi-rubros obriga a defesa local a conceder corner, que Nenê põe fora.
Voltam os grenats a carregar e Moreno comete foul. Heitor cobra a falta e Miro defonde de cabeça.
Proseguindo o jogo, são registradas numerosas faltas, algomas cobradas com acerto e outras imaginárias.
A torcida incita os seus favoritos, e a partida vai se tornando emocionante, procurando cada qual abrir sorte.
Nenê, que vem jogando mal, inutiliza uma boa carga dos seus companheiros, fazendo feio foul.
Os amiericaistas avançam e Risada faz corner, batida sem resultado.
Os alvi-rubros reagem com energia e Javel dá forte bolaço que se perde por cima da trave superior.
Novo ataque do Internacional e Heitor faz boa tirada.
Os americanistas carregam e Risada, querendo fazer jogo para o público e não para o seu quadro, demora em atirar a pelota e sendo assediado pelos, contrários, faz um fraco puxe, indo a bola aos pés de Horácio, que aproveitando a má colocação de Bagre, atira no arco, conquistando aos 30 minutos de jogo o 1º gol do Americano.
Ruidosos aplausos se fazem ouvir por todo o campo.
Os alvi-rubros desenvolvem esforços para igualar a vantagem do adversário.
Por, momentos se conservam no campo dos locais. Ribeiro, só diante de Alegrete, atira alto, perdendo ótima oportunidade de, empatar o jogo.
Poucos minutos depois termina a primeira fase da peleja, com o seguinte resultado:
Americano 1
Internacional 0
Reiniciando o jogo, o Internacional ataca e Lourival atira por cima da trave.
A linha, colorada avança resoluta e a defesa dos locais concede corner, que batida não surte efeito.
Aos 5 minutos, o Americano avança pela direita, em boa combinação entre Campão e Luiz, rematando este com forte tiro, que Bagre não caosegue deter, conquistando deste forma o 2º gol do Americano.
Os internacionalistas não desanimám e fazem cerradas cargas no campo contrário.
Numa destas, Heitor faz mão junto à áréa.
Nenê cobra a falta e em possante tiro, faz estremecer a rede de Alegrete. Estava felto o 1º gol do Internacional.
Vivas e palmas saúdam o feito do ponteiro rubro.
A "torcida” se manifesta incitando os jogadores.
Os ataques revezam-se seguidamente, pondo em cheque as duas defesas:
Alegrete ataca dois fortes tiros de Ribeiro e Marroni.
Os alvi-rubros tornam ao ataque e Vasco defende de cabeça
uma entrada de Javel, fazendo corner, batido sem resultado.
O Internacional continuando no ataque força novo corner da defesa contrária, de resultado nulo.
Os americanistas reagem, porém, Miro e Bagre defendem bem.
Voltam os alvi-rubros ao ataque e o árbitro cobra um foul de Vasco perto da área. Surgem algumas reclamações e aquele abandona o campo para não mais voltar.
A caça de um juiz - Em vista da resolução do árbitro, a diretoria dos dois clubes e da Amgea, andaram de heróis para Pilatos, a procura de um abnegado que quisesse refiar o tempo restante de jogo, isto é, 18 minutos.
Afinal, nos 20 minutos de impaciente espera, apareceu o Sr. Ernesto Fortes, do São José.
Este, porém, não tornou efetiva a penalidade marcada pelo seu antecessor, e sim bateu a bola no centro do campo.
Reinicinda a peleja, os alvi-rubros se mostram, dispostos a vencer, levando fortes ataques no campo contrário.
Batida uma cornea contra o Americano, registra-se uma ligeira confusão na porta do gol do Alegrete e termina com uma cabeçada de Marroni, marcando assim o 2º gol do Internacional.
Vibrantes aclamações saúdam o empate do jogo.
Agora os dois adversários procuram o ponto da vitória.
Ribeiro Avança e manda forte tiro que passa junto á trave superior.
Faltam apenos 6 minutos para o final.
O Americano ataca e Campão perde ótima oportunidade.
Luiz carrega a bola pela meia direita e centra para a esquerda.
Fagundes, que estava sem marcação no momento, apanha a esfera quase junto ao arco de Bagre e entra, marcando o gol da vitória.
Agitar de lenços, palmas, vivas e até foguetes saúdam o vitorioso tento.
Mais alguns minutos e termina a tão esperada partida, com o resultado geral abaixo:
Americano 3
Internacional 2
Terminado o jogo, os torcedores americanistas carregam em triunfo os seus jogadores.
O juiz da partida - Não tendo comparecido o juiz escalado, que era o Sr. Celeste Aleixo, do Bancário, arbitrou o primeiro tempo e parte do segundo o Sr. V. Sanguinetti, do Grêmio.
S. s. demonstrou não ser bom juiz. Puniu pequenas faltas e deixou passar algumás graves.
Estamos de acordo que o árbitro não possa verificar tudo, porém deve observar, cuidadosamente o jogo quando na área. Convenhamos que a primeira investida do Internacional foi um legítimo gol, porque  estando o goleiro na linha e atirando-se para trás com a bola nas mãos evidentemente transformou a pegada em gol. a seguir um player do Internacional defende com a mão e como a primeira passou.
Punia somente as pequenas faltas no centro do campo, e deixava a vontade nas áreas.
Acreditamos na ; honestidade do Sr. Sanguinetti, porém, para refiar grandes Jogos, não está na altura.
Foi continuador do primíeiro árbitro, o Sr. Ernesto Fortes, do S. José , como acima anotamos, juiz oficial da APAD.
Este fato tem sido, muito comentado nas rodas desportivas, pois a Amgea, possuindo um quadro de júizos não encontrou um que pudesse arbitrar o restante do tempo!
Nos , terceiros quadros venceu o Americano por 3 a 2.
Fonte: A Federação (RS), 29/07/1929, ano 1929, n. 176, p. 3. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/388653/67072. Acesso em: 28 jul. 2023. 

14/07/1929 - Citadino 1929 - 1º turno - Internacional 4 x 2 Grêmio

O GRANDE JOGO DE DOMINGO - INTERNACIONAL X GRÊMIO
O nosso mundo desportivo terá o ensejo de assistir domingo próximo ao sensacional embate entre as turmas representativas dos valorosos clubes "Sport Club Internacional" e "Grêmio Porto-Alegrense", em prosseguimento do campeonato da divisão principal da "Associação Metropolitana Gaúcha de Esportes  Atléticos".
Como se sabe, os partidos entre esses dois leais adversários chamou a atenção não só do nosso meio desportivo como o de todo o Estado, onde os resultados são aguardados com o máximo interesse.
A peleja de domingo próximo, onde se vão encontrar no campo da liça os expoentes do foot-ball da capital, promete como sempre ser sensacional, dado o entusiasmo com que se vem preparando:
O valoroso tricolor da cidade este ano já sofreu dois revezes, perdendo para o "Americano" e empatando com "Concórdia". O seu forte adversário, pelo contrário, não encontrou nenhum obstáculo, formando com os grenás a vanguarda do atual campeonato. Aqueles, naturalmente, farão o possível para vencer, e estes envidarão esforços para se sustentarem na posição que ocupam. Por tudo isso, o jogo do próximo domingo vai entusiasmando extraordinariamente os nossos meios desportivos, fazendo prever que a velha Chácara dos Eucaliptos afluirá uma enorme assistência.
Segundo ouvimos, o quadro do Internacional será o seguinte: Bagre; Miro e Luizelli; Risada, Magno e Moreno; Nenê, Javel, Marroni, Ribeiro e Lourival. No quadro do Grêmio estreará o extrema direita Brenal, que, segundo se diz, é um excelente player.
Fonte: A Federação (RS), 10/07/1929, ano 1929, n. 160, p. 2. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/66943. Acesso em: 01 out. 2024.

INTERNACIONAL X GRÊMIO
A grande pugna entre colorados e gremistas anunciada para amanhã constituiu a palestra obridada de todas as rodas desportivas durante a semana que hoje finda.
Assim sempre sucede quando vão encontrar no campo da luta os dois fortíssimos esteios do foot-ball gaúcho.
E não se diga que o interesse só se resume à capital: estende-se por todo Estado, onde o desfecho desses jogos são aguardados com o mesmo anseio e o mesmo entusiasmo.
Ambos os clubes estão preparados para o embate, contando em seus quadros com elementos de real valor.
Por tudo isso, a grande partida entre os tradicionais rivais arrastará, certamente, ao campo da Chácara dos Eucaliptos, uma enorme assistência.
Fechando esta rápida notícia, fazemos os melhores votos pelo completo êxito da tarde desportiva de amanhã, esperando que os partidários de ambos os clubes, pondo de Iado a paixão pelas suas cores, se conduzam como verdadeiros desportistas, seja qual for o resultado.
Fonte: A Federação (RS), 13/07/1929, ano 1929, n. 163, p. 6. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/66971. Acesso em: 01 out. 2024.

CITADINO 1929 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 4 X 2 GRÊMIO
Data: 14/07/1929
Local: Chácara dos Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: Celeste Aleixo
Gols: Nenê, Ribeiro, Lourival [2] (I); Coró e Telêmaco (G).
INTERNACIONAL: Bagre; Miro Vasques e Risada; Ryff, Felix Magno e Moreno; Nenê, Javel, Ribeiro, Lourival e Dante Marroni.
GRÊMIO: Lara; Dario e Eurides Sardinha; Macarrão, Telêmaco e Brenol; Nenê, Poroto, Coró, Bate-bate e Esperança.

30/06/1929 - Citadino 1929 - 1º turno - Ypiranga-POA 1 x 5 Internacional

YPIRANGA X INTERNACIONAL
O segundo jogo da primeira divisão será realizado no campo da Rua Veador Porto, no Parthenon, entre os valentes quadros do Ypiranga Foot Ball Club e os do Sport Club Internacional.
Essa partida, como a primeira, promete oferecer bons lances, pois para isso os ypiranguistas se prepararam convenientemente e se apresentarão em campo com novos e valiosos elementos, enquanto o seu forte adversario se ressentirá da falta de um dos seus melhores que é, indubitavelmente, o centro-atacante Ross.
Por isso, o jogo entre ypiranguistas e alvi-rubros está sendo aguardado com muito interesse.
(...)
Donaldo Ross
Para Montevidéu, onde vai residir, embarcou hoje o conhecido centro-atacante "colorado" Donaldo Ross.
Com a retirada desse exímio jogador, perde o Internacional um dos seus mais perfeitos players, e cuja lacuna será difícil de preencher.
Fonte: A Federação (RS), 29/06/1929, ano 1929, n. 151, p. 2. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/66869. Acesso em: 01 out. 2024.

CITADINO 1929 - 1º TURNO - YPIRANGA-POA 1 X 5 INTERNACIONAL
Data: 30/06/1929
Local: Campo da Rua Veador Porto - Porto Alegre (RS)
Juiz: João Lima
Gols do Inter: Ryff, Felix Magno, Moreno, Lourival e Dante Marroni.
YPIRANGA-POA: Zeca; Souza e Juvenal; Tigre, Antonello e Costinha; Machado, Armando, Floriano, Arlindo e Braz.
INTERNACIONAL: Bagre; Miro Vasques e Risada; Ryff, Felix Magno e Moreno; Nenê, Javel, Ribeiro, Dante Marroni e Lourival.

CAMPEONATO DA AMGEA
Apesar da chuva impertinente que caiu ontem após ao meio-dia, realizou-se todos os jogos marcados pela Associação Metropolitana.
Todos os campos transformaram-se num lamaçal, evitando, desta forma, que os quadros disputantes apresentassem bom jogo e afugentando dos grounds a assistência.
Damos abaixo os resultados:
(...)
Ypiranga x Internacional
1ºs quadros — Internacional, 5; Ypiranga, 1.
2ºs quadros — Internacional, 6; Ypiranga, 1.
3ºs quadros — Internacional, 4; Ypiranga, 1.
Fonte: A Federação (RS), 01/07/1929, ano 1929, n. 152, p. 2. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/66877. Acesso em: 01 out. 2024.

23/06/1929 - Citadino 1929 - 1º turno - Internacional 0 x 0 Concórdia-POA

INTERNACIONAL X CONCÓRDIA
Em obediência ao "carnet" da primeira divisão da Associação Metropolitana Gaúcha de Esportes Atléticos, defrontar-se-ão, amanhã, os valorosos conjuntos do Sport Club Internacional e Concórdia F. B. C.
Esse jogo, que está sendo esperado com muito interesse pelo mundo desportivo, levará certamente ao local do embate uma grande assistência.
Pelo preparo e pelo valor dos concorrentes, a partida entre alvi-rubros e concordianos será a melhor da tarde.
Campo: da Rua José de Alencar.
Juízes: João Lacchini, Francisco Marroni e Vicente Capulo. Fiscal, Humberto Melecchi.
Entradas: 3$000 e 2$000 (menores e fardados).
Fonte: A Federação (RS), 22/06/1929, ano 1929, n. 145, p. 2. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/66821. Acesso em: 01 out. 2024.

CITADINO 1929 - 1º TURNO - INTERNACIONAL 0 X 0 CONCÓRDIA-POA
Data: 23/06/1929
Local: Chácara dos Eucaliptos - Porto Alegre (RS)
Juiz: João Lacchini
INTERNACIONAL: Bagre; Miro Vasques e Risada; Ribeiro, Felix Magno e Moreno; Nenê, Javel, Donaldo Ross, Paulista e Lourival.
CONCÓRDIA-POA: Léo; Astrogildo e Pereira; Pitchi, Andrade e Darcy; Tupan, Mingo, Barulho, Duarte e Lopes.

O MATCH ENTRE INTERNACIONAL E O CONCÓRDIA - UM SÉRIO INCIDENTE PERTURBOU O BRILHO DA TARDE ESPORTIVA DE ONTEM
Foram simplesmente lamentáveis e degradantes as cenas desenroladas, ontem, no Campo do Sport Club Internacional, por ocasião do match entre este e o Concórdia.
Corria parelha a partida, e no mais aceso da luta, quase ao finalizar o primeiro tempo, o juiz puniu justamente um off-side de um azul e branco, isto é, de Mingo. Não obstante o apito interceptativo do prosseguimento do embate, o jogador punido atuou, fazendo gol, que não foi mandado marcar por ilegitimamente conseguido.
Tanto bastou para que o jogador concordiano, de nome Barulho, useiro e vezeiro, como o próprio apelido já o está apontando, em desatinos, brutalidade e desaforo, em pleno campo de foot-ball, agredisse fisicamente o juiz.
Os assistentes agitaram-se e aos gritos de "para fora, para fora", entraram em campo pessoas representantes da AMGEA e dos clubes degladiantes, acompanhadas de dois policiais. Intimado a retirar-se do gramado, o jogador criminoso rebelou-se, tendo então os dois policiais o prendido, procurando ele, porém, resistir-lhes.
Ia ele sendo retirado de campo, quando Tupan, outro jogador do Concórdia, agrediu um dos policiais que iam conduzindo Barulho. A policia reagiu contra tão insólita e criminosa agressão, prendendo tambem a Tupan.
Ambos os presos foram, por ordem do sub-intendente do 2º distrito, que estava dirigindo o policiamento do match, levados para o segundo posto, sendo, depois das explicações necessárias, postos em liberdade.
Certamente o público e especialimente os amantes do foot-ball que têm acompanhado a AMGEA em sua prometida campanha moralizadora desse desporto, já agora tão decaído e desprestigiado, aguardam as suas providências sobre a continuacão desses dois elementos verdadeiramente indesejáveis no rol dos seus jogadores.
Um deles, Barulho, tem se celebrizado pela sua atitude selvagem e mesmo imoral, pois até numa feita, dirigiu gestos atentatórios do pudor à assistência, onde se contavam senhoras. E não foi punido! Daí agravar-se cada vez mais a sua arrogância e o seu procedimento atribiliário, culminado pelo fato de ontem, cuja gravidade se salienta ,evidentemente, por si mesma.
E tipicamente em casos como este que deve acentuar-se a prometida campanha da novel agureminção, se ela não quiser ter o seu futuro comprometido e fracassado.
— No jogo dos segundos teams, o centro-médio do Concórdia, Machado, foi, pelo juiz, posto para fora de campo devido o seu procedimento faltoso e desrespeitoso. Esse também quis revoltar-se, mas não houve cancha para as suas pretensões e ele saiu mesmo,
prosseguindo a partida, daí por diante, sem novidade e com todo o acatamento ao juiz.
A saída foi dada pelo centro Ross, passando a bola a Javel e este manda a bola à Nenê; Astro intervém para rechaçar o primeiro ataque dos alvi-rubros e respondido imediatamente pelos rapazes do Concórdia, onde Miro conjura o perigo.
A luta prossegue animada, notando-se boa atuação das linhas médias e dos zagueiros Miro, do Internacional, e Astro, do Concórdia.
A linha alvi-rubra com a falta de Marroni, substituído por Paulista, do segundo quadro, faz a maioria dos ataques pela ala direita, formada de Javel e Nenê, porém, seus violentos arremessos eram conjurados ora pelos backs, ora pelo goleiro Léo, que atacou bolas difíceis.
O Concórdia ataca e Mingo desfere violento tiro; Bagre num grande esforço consegue salvar o seu arco quando a bola ia transpôr a linha.
Os alvi-rubros contra-atacam e Astro salva um fortíssimo balaço de Ross.
Aos 30 minutos, o jogo prosseguia renhidíssimo e a contagem continuava 0 a 0. O Concórdia leva um ataque pela esquerda e Mingo coloca-se off-side.
O juiz apita, mas aquele shoota e faz gol.
Foi aí que surgiu os lamentáveis fatos o que acima nos referimos.
Arbitraram os primeiros e segundos jogos os srs. João Lacchini e Francisco Marroni (Turco).
— Nos segundos quadros houve empate de 3 contra 3.
— O jogo dos terceiros teams foi vencido pelo Internacional por 5 a 0.
Fonte: A Federação (RS), 24/06/1929, ano 1929, n. 146, p. 3. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/66830. Acesso em: 01 out. 2024.

FOI CONFIRMADA A PENA IMPOSTA AO PLAYER BARULHO
Devido aos fatos desenrolados no campo, quando o jogo Internacional — Concórdia, conforme então noticiamos, e dos quais foi principal protagonista o contra-atacante Barulho, a  diretoria da Associação Metropolitana suspende esse jogador por 6 jogos e por 2 o player Machado, também do “Concórdia”, este por ter dirigido ofensas ao juiz.
Não se conformando com essas penalidades, o “Concórdia” recorreu para o Conselho Superior da "Amgea".
Em sua última reunião, tomando conhecimento desse recurso, resolveu o referido Conselho, confirmar o ato da diretoria quanto ao primeiro e transformar a suspensão do segundo em severa repreensão.
Fonte: A Federação (RS), 10/07/1929, ano 1929, n. 160, p. 2. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/docreader/388653/66943. Acesso em: 01 out. 2024.