Histórico de Internacional x Rosario Central-ARG

Internacional e Rosario Central protagonizaram três confrontos ao longo de sua história. O confronto entre os clubes é equilibrado, com uma vitória para cada lado e um empate.

O Rosario Central venceu o primeiro confronto, um amistoso realizado em 1962, na Argentina. O Internacional levou a melhor nos duelos de 2005, válidos pelas oitavas-de-final da Copa Sul-Americana. Venceu por 1 a 0 na Argentina e segurou o empate em Porto Alegre. Relembre os confrontos:

AMISTOSO
ROSARIO CENTRAL 1 X 0 INTERNACIONAL
Data: 6/5/1962
Local: La Ribera - Rosario (ARG)

COPA SUL-AMERICANA 2005 - OITAVAS-DE-FINAL - IDA
ROSÁRIO CENTRAL-ARG 0 X 1 INTERNACIONAL
Data: 15/9/2005
Local: Gigante de Arroyito - Rosario (ARG)
Juiz: Rubén Selman (CHI)
Cartões: Villa (R); Edinho e Tinga (I).
Gol: Rafael Sobis 24'/2 (I).
ROSARIO CENTRAL-ARG: Ojeda; Moreyra (Leonforte), Raldes, Fassi, Roman Diaz (Monges); Ferrari, Andrés Díaz, Calgaro, Emiliano Papa; Alemano (Ruben) e Villa. Técnico: Ariel Cuffaro.
INTERNACIONAL: Clemer; Bolívar, Wilson e Edinho; Élder Granja, Gavilán, Tinga (Wellington Katzor), Perdigão e Jorge Wagner; Fernandão (Gustavo Papa) e Rafael Sobis. Técnico: Muricy Ramalho.

COPA SUL-AMERICANA 2005 - OITAVAS-DE-FINAL - VOLTA
INTERNACIONAL 1 X 1 ROSARIO CENTRAL-ARG
Data: 29/9/2005
Público: Público: 27.807 (24.320 pagantes)
Renda: R$ 202.558,00
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Juiz: Martín Vázquez (URU), auxiliado por Olivier Viera (URU) e Edgardo Acosta (URU).
Cartões: Edinho, Tinga (I); Andrés Díaz, Ferrari, Fassi, Rivarola e Calgaro (R).
Gols: Jorge Wagner, pênalti 7'/2 (I); Rivarola 12'/2 (R).
INTERNACIONAL: Clemer; Bolívar, Edinho e Wilson; Élder Granja, Gavilán, Perdigão, Tinga (Wellington Katzor) e Jorge Wagner; Fernandão (Gustavo Papa) e Sobis. Técnico: Muricy Ramalho.
ROSARIO CENTRAL-ARG: Ojeda; Ferrari, Raldes, Fassi e Moreira (Leonforte); Calgaro, André Díaz, Papa e Roman Diaz (Monges); Alemanno (Ruben) e Villa. Técnico: Ariel Russo.

Na Argentina, Sobis deu a vitória ao Internacional, em chute de fora da área.

O empate em 1 a 1 garantiu a classificação às quartas-de-final.

Internacional 9 x 0 Juventude (Campeonato Gaúcho 1936)

Internacional e Juventude já protagonizaram encontros históricos e com grandes goleadas. Ao longo da história, a hegemonia do clássico Juve-Nal é colorada, mas ambas as torcidas têm bons motivos para lembrar desse duelo.

A torcida do Juventude recorda com fervor das goleadas dos anos 90: 5 a 1 no Gauchão de 1995, e 4 a 0 na semifinal da Copa do Brasil de 1999. Os colorados relembram dos massacres de 8 a 1 na decisão do Gauchão de 2008, e dos 7 a 0 no Gauchão de 2012.

Mas a maior goleada do clássico se deu em 1936, em partida valendo vaga no Campeonato Gaúcho daquele ano. Internacional, campeão da Zona Metropolitana, e Juventude, campeão da Zona Serra, se enfrentaram no estádio da Timbaúva, na tarde do dia 20 de dezembro.

O massacre colorado se deu com nove gols, sendo três gols de Sílvio Pirillo, três de Salvador, dois de Artigas, e um de Castilho. A vantagem colorada era tão ampla, que o goleiro Vanzelo, do Juventude fez o triplo de defesas a mais do que o goleiro do Inter, Penha. Com a vitória, o Internacional teve o direito de disputar o Estadual de 1936.

CAMPEONATO GAÚCHO 1936 - ZONA CENTRO
INTERNACIONAL 9 X 0 JUVENTUDE
Data: 20/12/1936
Local: Timbaúva - Porto Alegre (RS)
Juiz: Luis Eduardo Dolce
Gols: Pirillo 2’/1 (I); Salvador 21’/1 (I); Salvador 35’/1 (I); Pirillo 38’/1 (I); Castilho 39’/1 (I); Salvador 6’/2 (I); Pirillo 15’/2 (I); Artigas 22’/2 (I); Artigas 31’/2 (I).
INTERNACIONAL: Penha; Alfeu e Natal; Garnizé, Risada e Levi; Artigas, Salvador, Pirillo, Castilho e Tom Mix.
JUVENTUDE: Vanzelo; João (Bruno) e Décio; Rafael, Severo e Alfredinho; Bolacha, Bortogarai, Mário, Renato e Garbin.

Torneio Mohamed V 1980

O XVI Torneio Mohamed V foi disputado em agosto de 1980, tendo como destaques Internacional e Atletico de Madrid, que haviam diputado, na semana anterior, o Torneio Villa de Madrid.

Os competidores foram:
Internacional: que já não contava mais com Paulo Roberto Falcão;
Atletico de Madrid, da Espanha: time de maior destaque da competição e que contava com novo presidente e treinador;
MAS Fès, do Marrocos: anfitrião do torneio e campeão da Copa do Marrocos naquele ano;
Lokomotiv Sofia, da Bulgária: adversário do Atletico e modesto clube búlgaro.

SEMIFINAL
MAS Fès-MAR 0 X 7 INTERNACIONAL
Data: 23/8/1980
Local: Casablanca (MAR)
Gols: Jair, Jones [4] e Silvinho Paiva [2] (I).

FINAL
ATLETICO DE MADRID-ESP 1 X 1 INTERNACIONAL
Data: 24/8/1980
Local: Estádio de Honra - Casablanca (Marrocos)
Árbitro: Naziri (MAR)
Cartões: Jones (I); Arteche e Julio Alberto (A).
ATLETICO DE MADRID-ESP: Aguinaga; López (Marcelino), Arteche, Balbino e Julio Alberto; Bermejo, Dirceu e Quique; Angel (Marcos), Rubén Cano e Rubio.
INTERNACIONAL: Gasperín; Beretta, André Luís, Mauro Pastor e Cláudio Mineiro; Vânder (Carlos Alberto Barbosa), Jair (Valzinho) e Cléo Hickmann; Toninho, Jones e Silvinho Paiva.
Fonte: Peña Atleticano

"OS ALVIRRUBROS, NOS PÊNALTIS, GANHARAM O MOHAMED V
CASABLANCA (Marrocos). O Atletico de Madrid se proclamou campeão do troféu Mohamed V ao derrotar nos pênaltis, na final, o Internacional de Porto Alegre, do Brasil.
O tempo regulamentar acabou com empate, depois de ser jogada uma prorrogação de trinta minutos, dividida em dois tempos de quinze. Como, diante da prorrogação, persistiu o empate e foi levado à disputa de pênaltis. O Atletico converteu todas as suas cobranças. Bermejo, Quique, Rubio, Rúben Cano e Dirceu marcaram. Pelo Internacional, Cláudio Mineiro, André Luís, Jones e Beretta marcaram, e Valzinho falhou na última cobrança.
O árbitro marroquino Naziri apitou a partida, que prejudicou a equipe madrilenha e ignorou os carrinhos dentro da área carioca (sic): uma de Rubén Cano, no segundo tempo e outro em Rubio, no segundo tempo da prorrogação.
Também permitiu algumas jogadas bruscas aos jogadores americanos. Advertiu Jones, Arteche e Julio Alberto.
1 x 0, quarenta e quatro e meio da primeira etapa: falta no bico da área, que Bermejo cobrou na cabeça de Cano, para o arremate imparável à rede.1 x 1, trinta minutos da segunda etapa: lançamento do meio do campo para a esquerda do ataque brasileiro, para o centro da área, onde Jones arremata ao fundo da meta madrilenha.
A primeira parte do confronto foi claramente do Atletico de Madrid, que jogou rápido e criou algumas oportunidades na cara do gol de Gasperín, que foi sensacional ao longo de toda a partida. Porém, faltou precisão nos últimos metros e pontaria na conclusão. As melhores chances foram de Dirceu e Quique, que jogaram suas respectivas oportunidades por cima da goleira.
Na segunda parte, os brasileiros do Internacional saíram dispostos a enxugar a diferença que refletia no marcador e passaram a dominar territorialmente, mas sem criar chances de verdadeiro perigo.
O contra-ataque alvirrubro funcionava perfeitamente, e, aos dez minutos, Rubén Cano esteve a ponto de aumentar a vantagem; e dois minutos mais tarde, o centroavante do Atletico chutou no poste.
O Internacional seguiu pressionando, e foi Vânder quem conluiu no poste de Aguinaga, aos vinte e nove minutos. Um minuto depois, Jones conseguiu igualar o marcador em um chute precioso. 
A partir desse momento, as oportunidades foram alternando, mas mantendo a mesma tônica dos últimos quarenta e cinco minutos: um breve domínio carioca (sic), mas com um Atletico muito mais perigoso que seu rival".

Internacional 0 x 0 Grêmio (Amistoso 1969)

O lateral Laurício embolado com os jogadores tricolores.
Fonte: Colecionador Colorado
Clássico Gre-Nal é sinônimo de tensão, ânimos acirrados e qualquer faísca alastrada é capaz de causar uma catástrofe. E foi o que aconteceu no clássico Gre-Nal 189, no Torneio de Inauguração do estádio Beira-Rio. O lado azul guardava ressentimento da derrota histórica no primeiro clássico jogado em seu estádio. Além disso, as duas diretorias trocavam farpas através da imprensa. O clássico quase foi cancelado.

O Grêmio estava disposto a esculhambar as festividades de inauguração do Estádio Beira-Rio. A cereja do bolo era que o técnico gremista era Sérgio Moacir Torres Nunes, o goleiro que queria abandonar o primeiro Gre-Nal no Olímpico, puxado de volta pelo centroavante colorado Larry. Temendo pela integridade dos seus atletas, o técnico Daltro Menezes mandou 37 jogadores se fardar antes da partida.

O jogo começou com domínio colorado, que investia em jogadas de velocidade e de habilidade, enquanto o Grêmio descia o sarrafo, muito longe de ser o time hegemônico do estado na década de 60. O árbitro Orion Satter de Mello se mostrava perdido no meio de tanta canelada. Na virada do segundo tempo, o Internacional passou a responder com truculência e violência. Até que aos 38 minutos da segunda etapa, se iniciou o caos...

A bola estava segura nas mãos do goleiro Alberto, quando Urruzmendi atropelou Espinosa e Tupanzinho foi tirar satisfação. A partir daí, foi chute e soco pra todo lado. Alcindo foi correndo socorrer Tupanzinho, mas Sadi o bloqueou, acertando o jogador gremista. Os reservas de cada clube invadiram o gramado para ajudar seus respectivos colegas.
Sadi derruba Alcindo, em uma imagem que ilustra
a reviravolta colorada no final da década de 60.
Fonte: Placar
O ápice da briga foi a voadora de Gainete no meio dos jogadores tricolores. Ele que vivia em pé de guerra com o atacante Alcindo, acabou errando o chute e foi pontapeado por Volmir, Tupanzinho e Ari Ercílio... Ao fim da partida, apenas dois jogadores não foram expulsos: o goleiro gremista Alberto e o meia colorado Dorinho.
Gainete voa entre os gremistas. Na confusão, Valmir Louruz, Volmir,
Everaldo e Alcindo.
Fonte: Placar.
Gainete, que odiava o tricolor com todas as suas forças, foi profético quando abordado pelos repórteres: "aqui nós é que vamos cantar de galo!". E a partir da construção do Beira-Rio, o Internacional caminhava em direção ao octacampeonato gaúcho.

AMISTOSO 1969
INTERNACIONAL 0 x 0 GRÊMIO
Data: 20/4/1969
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Arbitro: Orion Satter de Mello
INTERNACIONAL: Gainete; Laurício, Pontes, Valmir Louruz e Sadi; Tovar e Dorinho; Valdomiro (Urruzmendi), Bráulio, Sérgio Galocha, Gílson Porto. Técnico: Daltro Menezes
GRÊMIO: Alberto; Valdir Espinosa, Ari Hercílio, Áureo e Everaldo; Jadir e Sérgio Lopes (Cléo); Hélio Pires, João Severiano, Alcindo e Volmir (Tupanzinho). Técnico: Sérgio Moacir.

Veja o vídeo do "Gre-Nal da Pauleira" (áudio bem ruim):

Internacional 3 x 2 Pelotas (Campeonato Gaúcho 2010)

Fonte: Valdir Friolin/Zero Hora
Internacional e Pelotas decidiram a Taça Fábio Koff de 2010, o 2º turno do Gauchão daquele ano. O Inter sequer chegou à decisão do 1º turno, sendo eliminado pelo Novo Hamburgo na semifinal.

Na Taça Fábio Koff, o Internacional terminou a fase de grupos na 3º colocação. Já o Pelotas, terminou em 4º. Ambos faziam parte do mesmo grupo no Gauchão. Na primeira fase, os times empataram em 2 a 2 no estádio Beira-Rio.

No dia 18 de abril, os times se encontraram, novamente, no Beira-Rio. Nas arquibancadas, as torcidas davam show. De um lado, o Internacional vinha embalado pela boa campanha na Libertadores. O Pelotas tinha um ataque formado por Clodoaldo e o experiente Alex Dias, além do folclórico Sandro Sotilli.

O jogo começou dramático para o Internacional, que se arriscava com chutes de fora da área, pois o Pelotas adotou uma postura retrancada, jogando nos contra-ataques. O Pelotas se aproveitava dos erros de passe do Internacional.

Aos 30 minutos do primeiro tempo, começava a brilhar a estrela de Clodoaldo. Em um lançamento primoroso, Alex Dias encontrou Clodoaldo, que saiu da marcação de Bolívar e mandou pro fundo da rede do goleiro Abbondanzieri.

Nove minutos mais tarde, a situação se agravou com o segundo gol do Pelotas. Mais uma vez, Clodoaldo. E, mais uma vez, grande jogada de Alex Dias, que tirou Abbondanzieri da jogada e lançou o companheiro com o gol livre à sua frente.

As vaias começaram antes mesmo do intervalo e os jogadores sentiram a cobrança. O resultado veio aos 43 minutos do primeiro tempo, quando Andrezinho cobrou escanteio e encontrou o zagueiro Bolívar livre, que arrematou de primeira, sem chances para o goleiro Jonatas. O gol renovou a esperança da torcida.

A partir de então, Jorge Fossati lançou o time ao ataque, trocando Giuliano por Walter, passando Fabiano Eller para a lateral e mandando Kléber para a meia-cancha. D'alessandro e Edu entraram em campo para tentar dominar a intermediária.

O empate veio com o gol do contestado Edu, aos 29 minutos do segundo tempo, depois de mais uma jogada de escanteio. O atacante venceu a disputa com o defensor pelotense e anotou para o Inter. O Pelotas ficou atordoado e o gol da vitória era apenas questão de tempo.

E a vitória finalmente aconteceu. Walter cruzou a bola pela direita, o goleiro Jonatas se antecipou a Alecsandro, mas o rebote caiu no pé direito de D'alessandro, que não desperdiçou a oportunidade, aos 36 minutos da etapa final. Vitória colorada por 3 a 2. Inter campeão da Taça Fábio Koff e classificado para a decisão do Gauchão.

CAMPEONATO GAÚCHO 2010
2º TURNO - FINAL
INTERNACIONAL 3 X 2 PELOTAS
Data: 18/4/2010
Local: Beira-Rio - Porto Alegre (RS)
Juiz: Carlos Simon, auxiliado por José Eduardo Calza e Vilmar Burini.
Cartões: Fabiano Eller (I); Jucemar e Bruno Salvador (P).
Gols: Clodoaldo 30'/1 (P); Clodoaldo 39'/1 (P); Bolívar 43'/1 (I); Edu 29'/2 (I); D'alessandro 36'/2 (I).
INTERNACIONAL: Abbondanzieri; Bolivar, Sorondo e Fabiano Eller; Glaydson, Sandro, Andrezinho (D'Alessandro), Giuliano (Walter) e Kléber; Taison (Edu) e Alecsandro. Técnico: Jorge Fossati.
PELOTAS: Jonatas; Jonas, Bruno Salvador e Jonatas Costa (Maurício); Maurinho, Gavião, Jucemar, Maicon Sapucaia (Jonatan) e Dick; Clodoaldo e Alex Dias (Sandro Sotilli). Técnico: Beto Almeida.

Veja os gols da vitória colorada:

Torneio Villa de Madrid 1980

Em 1980, o Internacional foi convidado pelo Atletico de Madrid para disputar o torneio Villa de Madrid, tradicional torneio de pré-temporada do futebol espanhol.

Os candidatos ao título do certame foram:
● Internacional: vice-campeão da Libertadores, o clube ainda contava com Falcão, já vendido para a Roma;
● Atletico de Madrid, da Espanha: tinha como principal destaque o brasileiro Dirceu, destaque do futebol carioca na metade da década de 70;
● Ajax, da Holanda: distante do time que conquistou o tricampeonato europeu, o clube vivia um momento bom no futebol holandês, mas longe dos demais clubes da Europa;
● CSKA, da Bulgária: clube de maior expressão da Bulgária, ainda assim estava abaixo da média no aspecto técnico, em relação aos adversários.
Fonte: Mundo Deportivo, 20/8/1980
SEMIFINAL
AJAX-HOL 3 X 1 INTERNACIONAL
Data: 19/8/1980
Local: Vicente Calderón - Madri (ESP)
Árbitro: Antonio Jiménez Sánchez (ESP)
GolS: Kieft 2'/1 (A); Cleo 31'/1 (I); Hamberg 36'/1 (A); Zwamborn 27'/2 (A)
AJAX-HOL: Schrijvers; Molenaar, Ziegler, Zwamborn e Ophof (Boeve); Schoenaker, Arnesen e Lerby; Hamberg (Van Geel), Kieft e Jensen.
INTERNACIONAL: Benítez; Carlos Alberto, Mauro Pastor, André Luís e Cláudio Mineiro; Falcão, Cléo Hickmann (Vânder) e Batista; Jair, Adílson Miranda e Silvinho Paiva.

"3 X 1: AJAX, RIVAL DO ATLETICO 
Madri, 19. (Do nosso colaborador, Luis GOMEZ) - Ao vencer o Internacional de Porto Alegre por 3 x 1, o Ajax se classificou para a final do "Villa de Madrid, que disputará com o Atletico. 
GOLS: 2'/1 - Kieft, de cabeça, no cruzamento do lateral. 1 x 0;31'/1 - Passe em profundidade e Cleo se infiltra na área e põe a bola por debaixo do goleiro. 1 x 1;36'/1 - Passe longo de Jansen, que encontra Hamberg, que chuta forte e o goleiro rebate. No rebote, o mesmo marca. 2 x 1;27'/2 - Zwamborn se adianta no cruzamento de Jensen. 3 x 1. 
Haverá a final Atletico x Ajax, que era o que queriam os organizadores, embora, talvez nem assim se salve o colapso econômico que pode comprometer esta oitava edição do torneio. O encontro entre os dois estrangeiros tenha sido bonito, de claro propósito ofensivo, mas de pouco brilho individual. Então, o famoso Falcão, já propriedade da Roma, veio apenas a passeio. Ajax, compactado e mais rápido, se impôs merecidamente. Sua linha de impedimento será um problema para o Atletico".

DISPUTA DO 3º LUGAR
CSKA SOFIA-BUL 2 (6) X (5) 2 INTERNACIONAL
Data: 20/8/1980
Local: Vicente Calderón - Madri (ESP)
Gols: Djelvisov, Illíev (C) ; Silvinho e Jair (I)
CSKA SOFIA-BUL: Velinov; Safirov, D. Dimitrov , Kalgurov e G. Dimitrov (Rangelov); Piev, Ionchev (Volkov) e Kerimov; Djevisov, Markov e Kelkov.
INTERNACIONAL: Benítez; Carlos Alberto (Beretta), Mauro Pastor, André Luís e Cláudio Mineiro; Falcão (Vânder), Toninho e Batista; Jair, Adílson Miranda (Jones) e Silvinho Paiva.
Fonte: Mundo Deportivo, 21/8/1980
"CSKA TERCEIRO
A final de consolação foi para o CSKA de Sofia, que bateu nos pênaltis o porto-alegrense brasileiro. No tempo regulamentar terminou com empate de dois gols. Djelvisov e Iliev marcaram para os búlgaros, e Silvinho e Jair, para os porto-alegrenses".

Edinho Bagé

EDINHO BAGÉ
(lateral-direito)

Nome completo: Édson Ricardo Xavier Olmedo
Data de nascimento: 27/12/1972
Local: Bagé (RS)

CARREIRA:
1991-1994 - Bagé
1995 - Internacional
1996 - Esportivo
1996 - Bagé
1997 - São José-RS
1998 - Comercial-SP
1998 - Avaí
1999 - Figueirense
1999 - Bagé
2000-2001 - São José-RS
2001 - Juventude
2002-2004 - América-RN
2004 - 15 de Novembro
2004 - América-RN
2005 - Botafogo-PB
2006 - Guarani-VA
2006-2008 - Guarany-BG
2010-2011 - Guarany-BG

*Agradecemos à esposa de Edinho, Patrícia da Silva Alano, pela imagem e pelas informações cedidas.

Edinho Bagé é um jogador que pode ser considerado um "rei do acesso". Ao longo de sua carreira, o lateral-direito conquistou vários títulos de divisões intermediárias no sul do país. Bom apoiador, se diferenciava por ter um chute potente e certeiro.

No início da carreira, ajudou o Bagé a se sagrar vice-campeão da Segundona Gaúcha em 1993. Embora a campanha do Bagé fosse ruim em 94, Edinho foi um dos grandes destaques do time, chamando a atenção do Internacional.

A passagem de Edinho pelo Internacional é detalhada pela esposa do jogador, em entrevista feita pelo facebook:
"Edinho chegou ao internacional em 1995, vindo de Bagé após anos sem contratar um jogador do interior. Logo no primeiro coletivo, ganhou a titularidade com Cláudio Duarte, mas teve sua passagem atrapalhada no clube por uma suspensão de 120 dias, decorrente do time do Bagé. O jurídico do Inter bem que tentou mas não conseguiu transformar a pena em multa, pois não haviam imagens do jogo onde o atleta disse ter sido acusado injustamente e confundido com colega. Só veio saber da súmula onde foi citado quando já havia sido contratado pelo Inter, que ameaçou rescindir seu contrato. O interesse do rival grêmio pela sua contratação foi o que bastou para o Inter permanecer mesmo assim com o atleta, só treinando nesse período de 120 dias, voltando ao time até final da temporada".
Defendendo o Avaí, conquistou a Série C do Campeonato Brasileiro em 1998. Edinho é considerado pela torcida avaiana um dos destaques daquele time. No entanto, virou a casaca e foi para o rival Figueirense em 1999, onde se sagrou campeão catarinense.

No Zequinha, novamente, jogou ao lado de César Silva, seu companheiro dos tempos de Internacional e Avaí. No segundo semestre de 2001, o jogador defendeu o Juventude no Campeonato Brasileiro.

Participou da grande campanha do 15 de Novembro na Copa do Brasil de 2004, sob o comando do técnico Mano Menezes. Campeão da Segundona Gaúcha em 2006, pelo Guarany-BG. Ainda pelo Guarany, assumiu o comando técnico em 2008 como interino. Pendurou as chuteiras em 2011.

Norberto

NORBERTO
(volante)

Nome completo: Norberto Arruda Lemos
Data de nascimento: 18/2/1964
Local: Umuarama (PR)

CARREIRA:
1978 - Londrina
1979-1985 - Pinheiros-PR
1986-1990 - Internacional
1990-1991 - Coritiba
1991 - Grêmio
1992 - Coritiba
1993 - Al-Arabi-SAU
1994 - Portuguesa
1995 - Fluminense
1996 - Rio Branco-SP
1996 - Goiás
1997 - Bragantino

Norberto é protagonista de uma troca um tanto inusitada no esporte. Trocou o pugilismo pelo futebol ainda na adolescência. E não foi por deficiência técnica. Norberto foi campeão londrinense na categoria peso mosca.

O meia começou a carreira no Londrina, mas logo se transferiu para o Pinheiros, um dos times que originaram o Paraná clube. Àquela altura, já era considerado o melhor jogador do estado do Paraná.

Veio para o Internacional no início de 86. Depois de um ano instável, Norberto começou 87 com a fama de jogador violento e truculento, já que Ênio Andrade recuou o meia e o designou a função de volante.

A partir de então, a carreira de Norberto engrenou, depois de administrar melhor os fatores extracampo que incomodavam o jogador. Nem mesmo a contusão que sofreu em 88 o fez perder a vaga de titular para Leomir.

Colaborou diretamente nas grandes campanhas dos Brasileiros de 87 e 88, além da semifinal da Libertadores de 89. Mas, se o volante escapou do rebaixamento com o Internacional em 1990, não teve a mesma sorte jogando no Grêmio. Caiu para a segundona em 1991.

Outro grande momento de sua carreira foi jogando pelo Fluminense, onde chegou às semifinais do Campeonato Brasileiro de 95. Porém, uma virada sensacional do Santos acabou com o sonho do volante.

Norberto sempre foi um exemplo de dedicação nos treinos e colocou nomes como Bonamigo, Bernardo e Jandir na reserva de Internacional e Grêmio. Parou de jogar aos 33 anos, no Bragantino.

Bonamigo

BONAMIGO
(volante)

Nome completo: Paulo Afonso Bonamigo
Data de nascimento: 23/9/1960
Local: Ijuí (RS)

CARREIRA:
1979-1989 - Grêmio
1989-1992 - Internacional
1992 - Inter de Limeira
1993 - Felgueiras-POR
1994 - Botafogo
1995 - Rio Branco-SP
1995 - Bahia
1996 - Madureira

Bonamigo é mais um daqueles gaúchos que trocaram o azul pelo vermelho. Um dos pilares do tricolor nos anos 80, o volante se destacava pela boa marcação, mesmo não sendo dotado de grande capacidade técnica. Integrou o elenco gremista em suas maiores conquistas da década de 80, ficando de fora apenas do título da Copa do Brasil.

Colorado na infância, Bonamigo recebeu proposta do Internacional em abril de 1989, enquanto o time disputava a Libertadores da América. A transferência foi um tapa na cara da direção gremista, que colocou o passe do volante na Federação Gaúcha. O jogador deixou o Olímpico magoado.

No Internacional, Bonamigo não teve o mesmo destaque do seus tempos no co-irmão, mas fez parte da conquista do estadual de 1991 e, mais uma vez, deixou de ganhar uma Copa do Brasil, pois deixou o Internacional na metade do ano, quando foi para a Inter de Limeira.

Bonamigo ainda passou por Felgueiras-POR, Botafogo, Rio Branco-SP, Bahia e Madureira. A carreira de treinador do ex-volante começou no Madureira, em 1998.

Beto Cruz

BETO CRUZ
(lateral-direito)

Nome completo: José Roberto Francisco da Cruz
Data de nascimento: 30/12/1968
Local: Recife (PE)

CARREIRA
1986-1988 - Náutico
1988 - Maranhão
1989-1991 - Ceará
1991-1992 - Moto Club
1992 - América-MEX
1992-1993 - Internacional
1994 - Club Acapulco-MEX
1995 - Real Cartagena-COL
1996 - Aurora-GUA
1997 - Icasa
1997 - Botafogo-PB
1998 - Aurora-GUA
1999 - Deportivo Zacapá-GUA
1999 - Lawn Tennis-PER


Beto Cruz começou a carreira jogando nas categorias de base do Sport, mas trocou o Leão pelo Náutico ainda nos juniores. Se profissionalizou no clube em 1986.

Depois de passar sem sucesso pelo Maranhão, que vivia uma fase ruim na década de 80, Beto Cruz viveu bons momentos no Ceará e no Moto Club.

Os mexicanos do América se interessaram pelo futebol do lateral e o contrataram. Os seis meses de Beto Cruz foram de sucesso, conquistando a Copa Concacaf da temporada 1991-1992. Entretanto, uma lesão no menisco deixou o jogador no estaleiro por quase um ano.

Veio ao Internacional ainda em 92, porém, passou quase uma temporada no departamento médico. Não teve boas atuações no Brasileiro de 1993, assim como todo o time colorado. Retornou ao México no início de 1994, para defender o Club Acapulco.

Depois disso se aventurou pelo futebol gualtemalteco, colombiano e do nordeste brasileiro, encerrando a carreira no modestíssimo Lawn Tennis, do Peru.

Os Anônimos - Diego Londero (Canoas)

Salve, coloradagem! Esse é o primeiro post da série "Os Anônimos".
Nesse espaço, você conta sua história de colorado, suas maiores emoções com o clube, decepções, expectativas, perspectivas... Enfim, é a sua voz ganhando uma amplitude bem maior.

O primeiro dos nossos anônimos é o canoense Diego Londero. Conselheiro do clube desde 2015, Diego faz parte do movimento "O Povo do Clube" e deixa aqui a sua história. Boa leitura!
Krig-ha, Bandolo!

Nascer numa família humilde no final da década de 80 tendo um pai louco por futebol e não ser colorado é quase que descabível, absurdo, inimaginável. E comigo não foi diferente. E tinha como ser?  Num bairro cheio de piá de joelho ralado jogando bola em campo de urtiga e rua de pedras, e com um pai dentro de casa corneteiro, xingão, bobo e apaixonado pelo Inter tornar-se colorado fica fácil por demais.

E assim foi, e assim é. Aprendi a amar o Inter numa época desgraçada, muquirana  e sofrível, onde qualquer adjetivo que expresse descontentamento com o  futebol  alvi-rubro é justo e entendível.  Apenas nós, colorados dessa  “estação” sabíamos o que era ir para o colégio e ter mais um, dois, às vezes três colorados pra dividir as cornetas azuis contigo. Na rua era a mesma coisa, tu contava nos dedos os vermelhos. E eram os mais cascudos, os mais chatos, os mais orgulhosos. Aquele bando de gremistas jamais nos entenderiam.

Tenho uma certa convicção que quanto mais sofrida é a fase de um time de futebol mais fanática, espontânea e verdadeira será sua torcida. Talvez porque seja na doença que surgem os grandes amores. E nisso tenho que agradecer ao meu pai, mesmo hoje ele estando afastado.

Meu pai nunca foi de ir ao Beira-Rio, talvez nunca tenha ido. Ele era o “torcedor de radinho” mesmo, e meu Senhor, como aquele véio se grudava com o radinho.  Até quando éramos premiados com o jogo na TV lá estava ele com a orelha colada no alto-falante do radio só pra ouvir o Haroldo de Souza gritar "adivinheee"... Tá, ok, a narração do Haroldo era inigualável mesmo. Eu vendo e ouvindo tudo aquilo somado às camisas que ele me dava do Inter (tudo camelô) ia ficando mais louco, mais vermelho, mais apaixonado ainda.  E era uma época maravilhosa, mesmo o Inter não ganhando quase nada, eu me sentia feliz acompanhando o Inter com meu pai no rádio, e entre um jogo e outro, sempre tocava o disco Krig-ha, Bandolo! do Raulzito, outra paixão que meu coroa deixou.

Como o velho Orion não ia a jogos eu demorei pra ir ao gigante da Beira-Rio. Só fui conhecer ele em 2003 num Inter x "curinthia" no qual ganhamos de virada de 2 a 1, público 18.665 e eu é claro fui de coreia. Lembro que fui com 17 pilas pro jogo. Comi, bebi e ainda cheguei com troco em casa. Que tarde, *uta que pariu! Lembro como se fosse ontem, desde a entrada por aquele túnel baixo do antigo Beira-Rio até a festa que presenciei no setor mais punk e democrático que esse gigante de concreto já teve.

Conforme os anos iam passando e eu conseguia catar um pouco de dinheiro com a mãe eu sempre dava um jeito de ir aos jogos, até o dia que comecei a trabalhar e ter meu próprio dinheiro, aí meu velho...aí não parei mais. Podia ser Inter C num gauchão ou libertadores eu estaria lá igual. Aquela arquibancada, aquele cimento, aquelas pessoas te tiravam de casa naturalmente. Era uma maravilha!

Não era só de Beira-Rio que eu vivia o futebol, aqueles muitos Gre-Nais que fui no Olímpico me marcaram pra sempre. O primeiro em 2004, acompanhado pelo meu irmão Rafael Malaquias. Pela manhã um jogo entre professores e alunos no colégio onde estudávamos resultou num nariz quebrado do Malaquias, juntamos os cacos e fomos ao Olímpico naquela tarde chuvosa acompanhar nosso glorioso meter 3 a 1 nos azuis, gols de Diego, Rodrigo Paulista e FernanDeus. Não posso descrever, nem que resumidamente, jogos inesquecíveis que fui. Afinal foram muitos que nem eu mesmo sei a quantidade ou os mais intensos, felizes e loucos.

Hoje, estou com 26 anos, continuo indo a todos os jogos do colorado, faço parte e sou apaixonado pela Camisa 12 e em 2015 me tornei conselheiro pelo movimento "O Povo do Clube" que, como muitos já sabem, defende a volta da identidade popular do nosso S.C. Internacional.

Confesso que ir a jogos de futebol  hoje não é mais tão excitante. O futebol como um todo virou um negócio, um jogo de intere$$es onde quem mais perde é justamente quem o faz, o torcedor. Ingressos caros, estádios recheados de cadeiras, criminalização das torcidas e da nossa maneira de torcer estão esvaziando cada vez mais todos os estádios de nosso país, principalmente aqui, onde até pouco tempo enchíamos o peito pra gritar Clube do Povo. Hoje quem controla nosso colorado parece que tem vergonha da palavra “povo”. O inimigo do futebol usa terno e gravata. Mas isso é papo pra outrora.

No mais, sigo ao lado do clube que meu pai me ensinou a amar, com a esperança de um dia ver de volta ao Beira-Rio os coreanos, o pessoal do radinho, o preto, o pobre. O Povo.
Saudações alvirrubras de um louco pelo S.C. Internacional e toda sua história. 

SALVE TODA CHINELAGEM DO INTER!

Paulinho Wissmann

PAULINHO WISSMANN
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Paulo Roberto Vontobel Wissmann
Data de nascimento: 21/9/1962
Local: Ijuí (RS)

CARREIRA:
1983-1984 - Cruzeiro-RS
1985 - Caxias
1985-1986 - São José-RS
1987 - Caxias
1987 - Internacional
1988 - Caxias
1989 - Esportivo
1989 - Avaí
1990 - Pelotas
1991 - São José-RS

*Um agradecimento especial ao Paulinho pelas informações cedidas via Facebook.

Paulinho foi um lateral-esquerdo que defendeu o Internacional na Copa União de 1987, quando o Internacional chegou à final contra o poderoso Flamengo de Leandro, Zico, Bebeto e cia.

Começou na escolinha de futebol do Gaúcho de Ijuí e se profissionalizou no Cruzeiro-RS em 1983, permanecendo no clube até o ano seguinte. Sua primeira passagem pelo Caxias foi em 1985. No mesmo ano, voltou a Porto Alegre, para jogar pelo São José.

Depois de um bom primeiro semestre jogando no Caxias, terminando o estadual na 4ª colocação, foi contratado para a disputa da Copa União, a pedido do técnico Ênio Andrade. Paulinho assumiu a titularidade na reta final do Campeonato Brasileiro. Teve boas atuações, sendo um dos jogadores mais regulares do Internacional na competição.

Retornou ao Caxias em 88, sendo campeão do primeiro turno do estadual e convocado para a Seleção Gaúcha na disputa do Campeonato Brasileiro de Seleções. A Seleção Gaúcha era formada apenas por jogadores que defendiam times do interior do estado.

Em 1989, jogou no Esportivo ao lado de Tite (o próprio) e disputou a Série B pelo Avaí. Ainda passou por Pelotas e retornou ao São José para encerrar a carreira, em 1991. Atualmente, Paulinho trabalha no desenvolvimento de jovens atletas em Ijuí, sua terra natal.