Paulinho McLaren

PAULINHO MACLAREN
(atacante)


Artilheiro nato. Essa é a definição perfeita para o centroavante Paulinho MacLaren. Esse errante do futebol é uma das maiores demonstrações de quem tem faro de gol.

Paulinho iniciou a carreira no Bandeirante de Birigüi, em 1981, onde ficou até se transferir para o Serra Negra, em 1985. Jogou em vários clubes do interior paulista, sempre marcando muitos gols, até chegar no Atlético-PR, em 1989. Lá, não teve muitas oportunidades e se transferiu para o Figueirense. Dirigentes santistas, atentos, levaram o atacante para a Vila Belmiro, no ano de 1989.

No Santos, viveu seu primeiro grande momento. Mesmo não conquistando nenhum título, foi artilheiro do Paulistão de 90, da Copa do Brasil e do Brasileirão em 1991. No final de 1992, foi se aventurar no Porto, de Portugal. Conquistou o Campeonato Português, na temporada 1992/1993. No início de 1993, foi trazido pela direção colorada.

O MacLaren esteve presente no time que fez a pior campanha colorada na Libertadores, mas conquistou a torcida com a sua raça e dedicação. A má fase do time não contribuiu com o desempenho do atacante. Em sua passagem pelo Internacional, marcou gols e venceu o Gauchão.

Como o jogador custava caro e a situação financeira do clube era alarmante, Paulinho foi para a Portuguesa, onde foi artilheiro do Paulistão de 1995. No mesmo ano, foi para o Cruzeiro, onde ganhou a torcida azul fazendo gols em clássicos contra o Galo. Em um deles, fez um gol e saiu comemorando como um galo.

Ainda jogou no Japão, nos EUA, no Fluminense, no Atlético-MG e encerrou a carreira no Santa Cruz, em 1999.

Dinei

DINEI (atacante)


Dinei começou a carreira no Corinthians, no segundo semestre de 1990. Filho de outro ex-atacante corinthiano da década de 60, Nei, não tinha como não ter uma paixão pelo clube do Parque São Jorge. Em seu primeiro ano como profissional, o Corinthians conquistou o Brasileirão em cima do São Paulo.

Em 1992, foi emprestado ao Grasshoppers, da Suíça, para pegar experiência, mas ficou apenas 6 meses. Voltou a São Paulo, mas dessa vez, para o Guarani. E em 93, foi para a Portuguesa.

No ano de 1994, foi contratado pelo Internacional para substituir o centroavante Paulinho MacLaren. Com a fama de não se firmar em nenhum clube que passou, foi tratado como uma boa aposta pela direção.

Jogou 17 partidas e fez 5 gols, e conquistou o Gauchão, fazendo o gol decisivo contra o Veranópolis. Com o problema de salários atrasados, Dinei pediu as contas e foi embora junto com mais um grupo de jogadores no final do ano.

Partiu para Belo Horizonte, para jogar no Cruzeiro. Foi reserva de Paulinho MacLaren e Roberto Gaúcho. Ainda ficava atrás de Marcelo Ramos. Mesmo assim, conquistou o Campeonato Mineiro em 1996.

Na sua passagem pelo Coritiba, foi pêgo no antidoping por uso de cocaína. A pena foi de 240 dias. Dinei voltou a jogar apenas na metade de 1997, quando retornou ao Guarani.

Sua grande fase foi nos anos de 98, 99 e 2000, quando conquistou dois Brasileirões e o Mundial da FIFA. Mesmo não sendo titular, Dinei era muito querido pela Fiel, por ter sido decisivo quando exigido e pela identificação com o Corinthians.

Em 2001, a má fase do time e problemas internos fizeram com que Dinei se decepcionasse com seu clube de coração. Deixou o Corinthians e ficou meio ano sem jogar. Voltou à ativa em 2002, pelo Santo André.

Encerrou a carreira jogando pela Portuguesa Santista, em 2004.

Silvan

SILVAN
(lateral-esquerdo)

Nome completo: Silvan Lopes Lichtenecker
Data de nascimento: 20/7/1973
Local: São Vicente do Sul (SP)

CARREIRA:
1991 - Internacional
1992 - Ypiranga-RS
1992-1994 - Internacional
1994-1995 - Pohang Steelers-KOR
1996 - Internacional
1997 - Matonense
1997 - Guarani
1998 - Brasil-PEL
1998 - Juventude
1999 - Figueirense
1999-2000 - Brasil-PEL
2001 - Santo Ângelo
2001 - Fortaleza
2002 - Juventude-MT
2002 - Marathón-HON
2003 - Harbin Yiteng-CHN
2003 - São Luiz-RS
2003 - Inter de Limeira
2004 - Vila Aurora-MT


Sem dúvida, colorados mais antigos lembrarão que Silvan foi um dos piores laterais que já vestiu a camisa 6 do Internacional. Convenhamos que o coitado atuou em uma das fases mais bizarras do nosso querido e amado Sport Club Internacional.

Silvan começou a carreira profissional no Inter em 1991, aos 18 anos. Cria das catergorias de base do Colorado, Silvan foi esquenta banco no Inter de 91 a 94, tendo uma rápida passagem pelo Ypiranga de Erechim em 1992.

Teve sua primeira experiência internacional jogando pelo Pohang Steelers, da Coréia do Sul, por empréstimo. Na Ásia, jogou ao lado de Hong Myung-Bo, um dos maiores ídolos do futebol sul-coreano. Ficou até o final de 95. O Pohang queria comprar o passe do jogador, mas a proposta de R$ 1 milhão feita pela direção do Inter travou a negociação.

Após ficar o ano de 1996 parado, sem ter oportunidades no Internacional, Silvan foi para o Guarani-SP em 1997, também por empréstimo. Acabou o ano jogando pelo Passo Fundo. Em 1998 teve seu grande ano. Depois de passar pela Matonense, onde fraturou o nariz, jogou no Brasil de Pelotas, onde foi semifinalista do Gauchão após eliminar o Grêmio em pleno Olímpico. Fechou o ano disputando o Brasileirão pelo Juventude.

Disputou a Série C pelo Figueirense em 1999. Em 2000, retornou ao Brasil, mas não teve o mesmo sucesso. No ano seguinte, disputou o Gauchão pelo Santo Ângelo e a Série B pelo Fortaleza. Também jogou pelo Juventude-MT em 2002, onde foi vice-campeão estadual.

Partiu para o exterior no segundo semestre de 2002, quando foi para Honduras jogar pelo Marathón. Retornou ao Brasil para jogar pela Inter de Limeira. Em 2003, depois de uma passagem pelo futebol chinês, voltou ao Rio Grande do Sul para defender o São Luiz de Ijuí.

Pendurou as chuteiras aos 30 anos, em virtude de constantes lesões. Seu último clube foi o Vila Aurora-MT.

Claiton

CLAITON
(volante)

Nome completo: Claiton Alberto Fontoura Santos
Data de nascimento: 21/1/1978
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1996-1999 - Internacional
2000 - Vitória
2001 - Internacional
2001 - Bahia
2001 - Servette-SUI
2002-2003 - Internacional
2004 - Santos
2004-2005 - Nagoya Grampus Eight-JAP
2006 - Botafogo
2007 - Flamengo
2007-2008 - Atlético-PR
2008-2009 - Consadole Sapporo-JAP
2010-2011 - Atlético-PR
2012 - Pelotas
2012 - Novo Hamburgo
2012-2013 - Passo Fundo
2013 - Alecrim-RN


Ele viveu uma relação de amor e ódio com a torcida colorada. Quando atuava bem, era saudado pela sua identificação com o Internacional. Em compensação, quando atuava mal, era vítima de vaias constantes.

Duvido que não haja um torcedor colorado dos anos 90 não recorde dele. Principalmente antes dos Gre-Nais, onde aconteciam as maiores mostras de sua garra. Impossível não dizer que Claiton foi um dos símbolos da era das vacas magras no Beira-Rio, pois ele carregava a 10 às costas. Sim, um volante camisa 10.

Oriundo dos juniores do Internacional, profissionalizou-se em 1996. Mas emplacou somente em 1998, colocando no banco um dos meias que estava em boa fase no Inter em 1997, Marcelo Rosa. Em 1999 vieram os primeiros grandes choques de sua carreira: a eliminação para o Juventude na Copa do Brasil e a ameaça de rebaixamento no Brasileirão.

Depois de rápidas passagens por Vitória, Servette e Bahia, Claiton retornou ao Inter em 2002. E mais uma vez, o ano foi sufocante para o jogador. Mesmo com a conquista do Gauchão depois de 4 anos de jejum, a queda no Brasileirão parecia inevitável. No fim, Fernando Baiano e (o saudoso) Librelato garatiram o Inter na Série A. Inesquecível as lágrimas do volante, gritando "acabou" depois de todo sufoco.

2003 tinha tudo para ser a grande volta do Colorado à Libertadores. Com uma reformulação em toda a instituição, o Colorado fazia um ótimo Brasileirão. Bastava uma vitória simples contra o São Caetano e o clube estava garantido entre os melhores da América. Porém, uma sonora goleada de 5 x 0 para o Azulão acabou com o sonho do Internacional.

Ano novo, vida nova para Claiton, que rumou a Santos. A partir daí, virou um cigano da bola. Passou por Japão, Rio de Janeiro e interior do estado. Criou uma forte identificação com o Atlético-PR, tanto que se envolveu em uma briga tensa com Tcheco, então no Grêmio. Encerrou a carreira no Alecrim, de Natal, em 2013. As pernas já não aguentavam e o cansaço superou a paixão.

Mesmo contestado, Claiton será sempre lembrado pela sua paixão pelo Internacional e pelos gritos de "ah, é Nêgo Claiton" antes dos jogos.

Paulo Diniz

PAULO DINIZ
(meia)

Nome completo: Paulo César da Silva Diniz
Data de nascimento: 2/1/1976
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1994-1998 - Internacional
1998 - Braga-POR
1999 - Atlético-PR
2000 - Rio Branco-SP
2000 - Avaí
2001 - Santa Cruz-RS
2001 - Deportivo Pasto-COL
2003 - Independiente Medellín-COL
2005 - Canoas

Das categorias de base do Internacional saíram grandes craques do futebol gaúcho, brasileiro e mundial. E a tradição do Celeiro de Ases é incontestável quando se trata em revelar joias.

Em 1994, Paulo Diniz teve a primeira oportunidade nos profissionais do Inter. Era um jovem driblador e rápido, que dava velocidade e objetividade ao time. Ainda jovem, foi emprestado ao Mogi Mirim, em 1995. No ano seguinte, retornou ao Beira-Rio, permanecendo até 1999.

Sua grande fase no Internacional foi entre o segundo semestre de 1997 até o primeiro semestre de 1998. No Brasileirão de 97, entrou em várias partidas ao longo do campeonato, sendo naquele ano, o melhor desempenho do Colorado na década.

Em 98, o ano estava sendo bom para Paulo, mas uma rusga com o então técnico Cassiá Carpes foi determinante para que o meia buscasse oportunidades fora do Internacional. Partiu para Portugal, para jogar pelo Braga.

Não demorou muito e ele estava de volta ao Brasil, em 1999, jogando pelo Atlético-PR. Após passagens por Rio Branco-SP, Avaí e Santa Cruz-RS, migrou para a Colômbia. Seu primeiro destino foi o Deportivo Pasto. Depois, foi para o Independiente Medellín.

Na Colômbia, Paulo Diniz foi vitimado por constantes lesões. Além disso, sua auto-estima foi decaindo pela falta de ritmo de jogo e salários atrasados. Mesmo quase acertado com o Santa Fé, de Bogotá, decidiu voltar ao Brasil. Encerrou a carreira no Canoas, em 2005.

Denílson (1998)

DENÍLSON
(lateral-direito)


Nome completo: Denílson Antônio Paludo
Data de nascimento: 8/10/1972
Local: Dois Vizinhos (PR)

CARREIRA:
1992-1993 - Cascavel
1993-1996 - Paraná
1996 - Yokohama Flügels-JAP
1997-1998 - Paraná
1998-2000 - Internacional
2000 - Portuguesa
2001 - Internacional
2001 - Bahia
2002 - Avaí


Ele era um jogador discreto, passava quase despercebido quando a escalação era anunciada nos auto-falantes do Beira-Rio. Mas ele era bastante eficiente, comparado ao padrão de qualidade do futebol colorado na época.

Denílson se tornou profissional jogando pelo Francisco Beltrão, depois jogou por 5 anos no Cascavel. Foi para o Paraná Clube em 1994, onde se destacou, marcando o gol do título paranaense de 1995. Em 1996 migrou para o Japão, para jogar no Yokohama Flügels. No ano seguinte, retornou ao Paraná.

No ano de 1998, o lateral carequinha recebeu propostas de Internacional e Vitória. O fator proximidade pesou na escolha e Denílson veio para o Inter. Depois de muitos improvisos na posição, ter um lateral-direito foi um alívio para o time.

Em um jogo entre Inter x Paraná, válido pela Copa Sul de 1999, Denílson marcou um gol contra e a torcida do Paraná começou a gritar o nome dele carinhosamente. Felizmente, o colorado venceu a partida por 4 a 3.
Denílson ficou no Inter até o final do primeiro semestre de 2001. No segundo semestre foi para o Bahia jogar o Brasileirão. Encerrou a carreira no Avaí em 2002, aos 30 anos de idade.

Sandoval

SANDOVAL
(meia)


A carreira profissional do baixinho meio-campo Sandoval começou em 1988, no Sergipe. O meia é um dos maiores ídolos do clube sergipano, o qual defendeu até o ano de 1993. Sua habilidade e técnica, além de um passe preciso, eram evidentes.

O primeiro clube fora do Sergipe foi o Rio Branco-SP, em 1994. No clube de Americana, Sandoval foi um dos destaques do time no Paulistão, sendo emprestado ao Guarani para a disputa do Brasileirão. O Bugre terminou o Brasileirão numa festejada 3ª posição.

Sandoval retornou ao Rio Branco e, novamente, foi emprestado, dessa vez ao Goiás. Mesmo o time esmeraldino terminando o campeonato numa colocação razoável, Sandoval ganhava mais destaque.

Em 96, foi contratado pelo São Paulo. O time paulista, multicampeão no início da década, não fez boas campanhas ao longo do ano, o que ofuscou o desempenho de Sandoval. No ano seguinte, veio para o Internacional por empréstimo.

O começo do ano foi muito bom para Sandoval, sendo peça fundamental na conquista do Gauchão, quebrando um tabu de dois anos sem levantar o caneco estadual. Da mesma forma, Sandoval conquistou a torcida com as suas atuações no Brasileirão, que terminou com uma honrosa 3ª colocação, com o Colorado caindo na fase semifinal.

Sem dinheiro para contratar o meia em definitivo, o Inter teve de devolver Sandoval ao São Paulo. Na metade de 98, se transferiu para o Coritiba, onde fez uma boa camapanha no Brasileirão, parando nas quartas-de-final.

Em 99, foi para o Atlético Paranaense. Sua passagem pelo Furacão foi marcada pela conquista da Seletiva da Libertadores, disputada somente naquele ano. Em 2000, retornou ao Guarani, dessa vez, com mais discrição. Jogou ainda no Vitória, no América-SP e encerrou a carreira pelo Guarany de Sobral-SE, em 2005.

Odair

ODAIR
(volante)

Nome completo: Odair Hellmann
Data de nascimento: 22/1/1977
Local: Salete (SC)

CARREIRA:
1997-1998 - Internacional
1999 - Fluminense
2000 - Internacional
2001 - Veranópolis
2001 - América-RN
2002 - Mamoré
2003 - Brasil-PEL
2003 - Enkopings-SUE
2004 - América-RJ
2005-2006 - Remo
2007 - CRB-AL
2008 - Eastern-HKG
2009 - Brasil-PEL

Um jovem líder em campo, com um futebol técnico e eficaz, capitão das seleções de bases. Essa é uma sina que faz o torcedor colorado se encher de esperança, ao esperar um novo Falcão ou Dunga. Tudo indicava que mais um jovem volante seguiria nesse caminho.

O volante Odair saiu de Santa Catarina e veio para o Beira-Rio jogar na base do clube. Se profissionalizou em 1997. No ano seguinte, foi o capitão na conquista da Taça São Paulo de Futebol Júnior e recebeu mais oportunidades no time de cima.



Em 99, foi emprestado ao Fluminense, onde levantou o caneco da Série C do Brasileirão. Após retornar de empréstimo, chegou ao Beira-Rio e foi dispensado através de um telefonema do supervisor do Inter na época, Edson Prates. O ocorrido abalou Odair, que ficou desempregado até seu passe ser comprado por apenas R$ 54 mil.

Depois disso, passou por Veranópolis e América-RN no mesmo ano. Em 2002, foi para o Mamoré, onde disputou a Sul-Minas, participação inédita para o clube. No mesmo ano, teve sua primeira expericência internacional, jogando no Enkopkins, da Suécia.

Retornou ao Brasil para jogar no América-RJ, em 2004. No ano seguinte, ajudou o Remo a subir da Série C para a B. No clube paraense, permaneceu até 2006. Jogou pelo CRB até a metade de 2007, quando se transferiu para o Eastern, de Hong Kong.

Seu último clube foi o Brasil de Pelotas, em 2009. Naquele ano, o ônibus que levava o Brasil de volta à sua cidade, após um amistoso contra o Santa Cruz, capotou no caminho de volta. O zagueiro Régis, o atacante Claudio Milar e o preparador de goleiros Giovani Guimarães.

No final do ano, Odair pendurou as chuteiras, retornando ao Beira-Rio para se dedicar às categorias de base do clube que o formou, e onde foi dispensado injustamente quando sua carreira parecia promissora.

Saraiva

SARAIVA
(meia)


Nome completo: Roberto Saraiva Fagundes
Data de nascimento: 5/2/1983
Local: Sapucaia do Sul (RS)

CARREIRA:
2001-2004 - Internacional
2005 - Grêmio
2005 - Flamengo
2005-2006 - CRB-AL
2007 - Al Qadisiya-SAU
2007-2009 - Herfølge Boldklub-DIN
2009-2010 - HB Køge-DIN
2010 - Porto Alegre
2011 - Grêmio Barueri
2011 - Aimoré
2012 - Tarxien Rainbows
2012 - Riopardense
2013 - São Paulo-RS


Jogadores que saem de um clube para jogar no maior rival são tachados de traidores. Poucos deram certo nos dois clubes, mas Saraiva é um caso muito diferente de Batista, Mário Sérgio, Luís Carlos Winck e Tinga.

Formado na base colorada, Saraiva era tido por parte da imprensa como um aspirante a craque, visto que se destacou nas seleções sub-15, sub-16 e sub-17. Fernando Carvalho era um grande admirador do futebol do jovem meio-campo. Porém, a torcida colorada não tinha paciência com Saraiva.

Depois de quatro temporadas sem ser aproveitado, Saraiva não teve seu contrato renovado e se transferiu para o tricolor gaúcho, em 2005. No Grêmio, seu clube de coração, também não teve muita sorte e foi para o Flamengo. Depois, rodou por Arábia Saudita, Dinamarca e clubes do interior do Rio Grande do Sul.

O maior desejo de Saraiva era jogar um Gre-Nal pelo lado tricolor. Entretanto, no ano de sua transferência, o Grêmio acabou eliminado nas semifinais do Gauchão pelo 15 de Novembro e a possibilidade de ter Gre-Nal em 2005 acabou por ali, pois o Grêmio buscava a ascensão à Série A.

Gustavo Papa

GUSTAVO PAPA
(atacante)


Nome completo: Gustavo Saibt Martins


Jogadores vindos do interior nem sempre são unanimidade quando vêm jogar na capital. E aqueles que começam na dupla Gre-Nal, vão para o interior do Estado e voltam após anos de Gauchão, a desconfiança é maior ainda.

Gustavo veio para o Internacional em abril de 2005, depois de fazer um Campeonato Gaúcho brilhante pelo Glória de Vacaria. O apelido foi dado por Tinga, por "ter cara de papa".

Mesmo com a fama de artilheiro, Gustavo Papa não vingou no Internacional. Fez poucos gols, mas conquistou a torcida colorada com seu carisma. Quando marcava, corria em direção à torcida e fazia um sinal da cruz, "abençoando" a nação vermelha.

Depois de duas passagens pelo Inter (2005-2006 e 2007), passou por clubes das séries A, B e C do Brasileirão, e clubes do interior do estado, se destacando nos Gauchões e sendo um dos jogadores mais folclóricos dos últimos anos no Rio Grande do Sul.

Venceu a Série B do Brasileirão pelo Coritiba em 2007, e foi campeão da segundona do Gauchão em 2013 pelo Brasil de Pelotas, clube que defende até o momento.

Martin Carvalho

MARTIN CARVALHO
(atacante)

Nome completo: Martin Andrade Weber Chagas Carvalho
Data de nascimento: 11/3/1985
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
2007 - Internacional
2007 - 15 de Novembro
2007 - Vasco
2008 - Palmeiras B
2008-2009 - Marítimo-POR


O "filho do homem". Assim era conhecido Martin Carvalho, conhecido por ser filho do ex-presidente colorado Fernando Carvalho. O fato de ser filho de uma das maiores personalidades coloradas gerava desconfiança por parte da torcida, cética quanto ao potencial do jovem.

Martin Carvalho conquistou a Copa Nike sub-15 em 2000, fazendo parte de um time que tinha Renan, Danny Moraes e os gêmeos Diego e Diogo.

Em 2007, teve suas primeiras oportunidades no time principal do Internacional, mas não foram suficientes para que o jogador conquistasse seu espaço. Seu futebol não correspondente e a má fase do time contribuíram para que o jogador fosse emprestado ao Vasco da Gama, onde também teve poucas chances e broncas com o então técnico vascaíno Celso Roth.

Depois foi para o Palmeiras e pela mesma razão de ser dispensado pelo Inter, encerrou a carreira aos 24 anos, jogando pelo Marítimo, de Portugal.

Mesmo distante dos gramados, a bola permaneceu sendo sua aliada. Saiu dos profissionais e fez um caminho inverso: foi para a várzea porto-alegrense, onde promoveu o time do Moinhos de Vento à Série A do campeonato municipal.

Também é scouting, fazendo análise de dados estatísticos de jogadores, contribuindo na manutenção do elenco de clubes como Corinthians, Fluminense e Coritiba

Scott

MARCELO SCOTT
(atacante)


Nome completo: Marcelo Scott
Data de nascimento: 22/2/1977
Local: Porto Alegre (RS)

CARREIRA:
1995-1998 - Internacional
1999 - Santa Cruz-RS
1999 - Remo
2000 - União Leiria-POR
2000 - Internacional
2003 - Al-Nadima-KSA
2004 - Guarani-VA
2005 - Once Lobos-ELS
2006 - Cruzeiro-RS

Marcelo Scott foi um dos exemplos de que nem tudo que reluz é ouro. Ainda mais quando se trata de apostas das pratas-da-casa. Scott veio de uma leva em que se destacaram o lateral Barão, o zagueiro Ronaldo, o volante Claiton e o meia Odair.

Estreou pelos profissionais aos 18 anos, em um Internacional 0 x 0 Brasil de Pelotas pelo Gauchão de 1995. Mesmo assim, não teve espaço entre os titulares. Os titulares da posição eram Leandro Machado e Mazinho Loyola. Scott era considerado lento para a posição de atacante, o que dificultou sua afirmação.

Em 1998 foi emprestado ao Remo, após vencer a Copa São Paulo de Futebol Júnior, onde se destacaram João Gabriel e Lúcio. Fabiano e Christian eram os titulares e, logicamente, Scott não teria vez no time titular.

Depois de passar por Santa Cruz-RS e Remo, foi contratado pelo União Leiria, de Portugal. Em sua chegada prometeu muitos gols, mas o que aconteceu foi que o treinador do Leiria, Manuel Alves, dispensou o jogador por "não ter as características esperadas". Scott voltou ao Inter dois meses depois e não emplacou. Ficou na eterna promessa.

Leonardo Manzi

LEONARDO MANZI
(atacante)

Nome completo: Leonardo Caetano Manzi
Data de nascimento: 28/4/1969
Local: Goiânia (GO)

CARREIRA:
1982-1988 - Vila Nova
1988-1989 - Santos
1989-1996 - Saint Pauli-ALE
1997 - Hannover-ALE
1998-1999 - Kloppenburg-ALE
2000 - Internacional
2001-2002 - Juventude
2003 - Gama
2003-2004 - Juventude
2005 - Gama
2005-2008 - Wilhelmshaven-ALE

Ano 2000, ano de mudanças. Fora das quatro linhas, o deputado federal Jarbas Lima, do PPB, que nunca havia sido dirigente de um clube, foi eleito presidente do Internacional às pressas. Curiosamente, teve o aval do governador Olívio Dutra, do PT, para assumir a presidência do seu clube do coração.

1999 foi caótico. Mesmo com Dunga salvando o clube do vergonhoso rebaixamento na última rodada, a perspectiva do torcedor para o ano seguinte não era das melhores. O ataque do time teve a baixa de Christian na metade do ano, e as constantes lesões de Fabiano deixavam o torcedor atordoado.

Para solucionar esse problema, o Colorado foi à busca de centroavantes goleadores. E como, na época, o Inter era conhecido por ser um clube de refugos, ao invés de ser lembrado por ser o tradicional celeiro de ases, trouxe da 3ª divisão alemã um reforço muito pouco conhecido para o Brasileirão: o atacante Leonardo Manzi.

Junto com Serginho Messias, fez uma das duplas de ataque mais bizarras da história do Internacional. Manzi era um veterano com futebol de aposentado. Fez poucos gols com a camisa colorada e, consequentemente, não teve seu contrato renovado.

Em 2001, se transferiu para o Juventude, a nossa touca dos anos 90. Fez história na Papada pela campanha no Brasileirão de 2002, classificando o Juventude para as quartas-de-final. Depois passou por Gama e Vila Nova. Encerrou a carreira nas divisões inferiores da Alemanha.

Marabá

MARABÁ
(volante)


Nome completo: Jozival Pinheiro
Data de nascimento: 24/7/1976
Local: Marabá (PA)

CARREIRA:
1998 - Maranhão
1999-2003 - Goiás
2004 - Internacional
2005 - Cruzeiro
2006-2007 - São Caetano
2007 - Juventude
2008 - Aparecidense-GO
2009-2010 - Águia de Marabá-PA
2010 - Santa Helena-GO
2010 - Goiânia
2011-2012 - Aparecidense-GO

Marabá é um desses jogadores que jamais esqueceremos, pois dificilmente será lembrado. Talvez o torcedor colorado lembre um pouco pelo seu aspecto fisionômico ser similar ao do comediante Hélio de La Peña, mas seu futebol, no máximo, o conduzia a uma nota 6 muito chorada.

Foi contratado junto ao Mirassol, mas começou a carreira profissional no Maranhão. Posteriormente, jogou no Goiás, ajudando o clube esmeraldino a subir para a Série A. Jogou com ninguém menos que Fernandão (para sempre nosso Eterno Capitão).

Sua passagem pelo Inter foi breve, apenas um ano. Mas com certeza, esse jogador com nome de cidade do Pará estará em nossa memória como um volante simplório, que fazia um feijão-com-arroz (sem tempero, na maioria das vezes) estilo operário/bóia-fria.

Após uma passagem pelo Colorado sem muitas lembranças, Marabá foi para o Cruzeiro, em 2005. Depois jogou no São Caetano e Juventude, onde iniciou uma fase de ostracismo, jogando em clubes de Goiás e Pará, sua terra natal.

Álvaro Búfalo

 
ÁLVARO BÚFALO
(volante)


Nome completo: Álvaro Henrique Alves Pires
Data de nascimento: 11/3/1985
Local: Jardinópolis (SP)

CARREIRA:
2004-2006 - Internacional
2007 - Joinville
2007-2008 - Spartak Nalchik-RUS
2008 - LA Galaxy-EUA
2009 - Fortaleza
2010-2011 - Luverdense
2012 - Nacional-AM
2012-2013 - Uberlândia
2013 - Palmas-TO
2013-2014 - Uberlândia
2015 - Aimoré
2015 - Manaus


No ano de 2004, o Inter vivia uma dura ressaca após o sonho de disputar a Libertadores ir por água abaixo, com 5 gols do São Caetano na última rodada. Restava ao Inter confiar cegamente em lampejos. Com Lori Sandri no comando do Internacional, a ano começou em polvorosa com a contratação do "bom baiano" Oseas. Mas não é dele que iremos falar.

Falaremos de Álvaro Búfalo, que é a prova viva de que o mundo do futebol dá muitas voltas. Esse apelido surgiu nas categorias de base do Inter, em virtude de seu vigor físico e sua ignorância ao enfrentar os adversários.

E um desses adversários foi o grande fenômeno sul-americano da época: Carlos Tévez. Pela Sul-americana, o Internacional chegou às semifinais contra o Boca Juniors, e nos dois jogos o nosso volante anulou, quase que impecavelmente Carlitos Tévez. A partida de ida foi 4 a 2 para os argentinos em La Bombonera. Na volta, o Boca fez uma retranca ao melhor estilo argentino de jogar fora de casa e o Inter foi eliminado após grande campanha.

Após passar por Joinville e Spartak Moscou, em 2008 Álvaro foi jogar no Los Angeles Galaxy com ninguém menos que David Beckham e Landon Donovan, estrelas do futebol mundial. Entretanto, depois do apogeu vem a queda. Álvaro Búfalo saiu da "grife" da MLS para voltar ao Brasil e jogar no Fortaleza. Em seguida, atuou pelo Luverdense, Nacional-AM e Palmas, Uberlândia e Aimoré. Atualmente, defende o Manaus FC.

Preto

PRETO
(goleiro)

Nome completo: Daniel Laerte Lahm
Data de nascimento: 11/4/1973
Local: Taquara (RS)

CARREIRA:
1993-1994 - Internacional
1995-1996 - Brasil-FA
1996-2000 - Internacional

Todo bom time começa com um bom goleiro. Não era o caso do nosso Colorado nos fatídicos anos 90, onde o co-irmão erguia canecos como se não houvesse amanhã, e nós, colorados, ficávamos cada vez mais viúvos do alemão André Döring.

Preto estava para os goleiros titulares do Inter assim como Roger Noronha estava para Rogério Ceni. Profissional desde 1993, amargou as reservas de Sérgio Guedes, César Silva e André. No intervalo de 95 e 96, Preto foi emprestado ao Brasil de Farroupilha junto com o lateral Celso Vieira e o atacante Paulo Henrique.

Até o ano de 1999, onde teve as primeiras oportunidades como titular. Quando a titularidade parecia absoluta para Preto, uma fratura no dedo anelar contra o Brasil de Farroupilha, no Gauchão, foi determinante para que ele perdesse de vez seu posto de camisa 1 colorado para João Gabriel.

Se raramente pudemos vê-lo nas fichas de jogos de jornais, Guias do Brasileirão e o álbum de figurinhas do Brasileirão 99 imortalizaram nosso eterno camisa 22.  O goleiro recebeu o título de Colorado Benemérito de Taquara em 2014.